domingo, 29 de abril de 2018


Mais uma pérola do surpreendente cinema sul-coreano: “A REDE” (“GEUMUL”), 2016, roteiro e direção de Kim Ki-Duk, o mesmo do sensacional “Pieta”. Como faz diariamente, o pescador norte-coreano Nam Chul-Woo (Ryoo Seung-bum) sai para pescar próximo à fronteira com a Coréia do Sul. Quando recolhe a rede para voltar, esta se enrosca no motor, deixando o barco à deriva, ultrapassando as águas territoriais da Coréia do Sul. Ao chegar à margem, ele é imediatamente detido e levado pela polícia sul-coreana para interrogatório. As autoridades acreditam que ele é um espião a serviço da Coréia do Norte. E dá-lhe interrogatório, com direito a torturas físicas e psicológicas. Os sul-coreanos, além de forçarem Chul-Woo a confessar que é um espião, querem obrigá-lo a se exilar na Coréia do Sul, tentando fazer uma lavagem cerebral no coitado com o slogan “É impossível viver numa ditadura. Venha morar num país livre”. As autoridades, tentando cooptá-lo para o seu lado, levam-no a conhecer Seul, um paraíso capitalista e repleto de oportunidades, mas Chul-Woo continua insistindo que é inocente e que quer voltar para sua esposa na Coréia do Norte. O caso chega à imprensa internacional, o que faz com que o pescador seja libertado e devolvido para o seu país de origem. Chul-Woo chega à Coréia do Norte como herói, com direito a recepção com bandeirolas e banda de música. A comemoração, porém, esconde uma terrível intenção por parte das autoridades norte-coreanas. Junto com o pobre e inocente pescador, o espectador irá viver momentos bastante angustiantes. O filme foi exibido por aqui durante a 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Filmaço!

Nenhum comentário: