Mais uma pérola do
surpreendente cinema sul-coreano: “A
REDE” (“GEUMUL”), 2016, roteiro e direção de Kim Ki-Duk, o mesmo do sensacional
“Pieta”. Como faz diariamente, o pescador norte-coreano Nam Chul-Woo (Ryoo Seung-bum)
sai para pescar próximo à fronteira com a Coréia do Sul. Quando recolhe a rede
para voltar, esta se enrosca no motor, deixando o barco à deriva, ultrapassando as águas territoriais da Coréia do Sul. Ao chegar à
margem, ele é imediatamente detido e levado pela polícia sul-coreana para
interrogatório. As autoridades acreditam que ele é um espião a serviço da
Coréia do Norte. E dá-lhe interrogatório, com direito a torturas físicas e
psicológicas. Os sul-coreanos, além de forçarem Chul-Woo a confessar que é um
espião, querem obrigá-lo a se exilar na Coréia do Sul, tentando fazer uma
lavagem cerebral no coitado com o slogan “É impossível viver numa ditadura. Venha morar num país livre”. As
autoridades, tentando cooptá-lo para o seu lado, levam-no a conhecer Seul, um
paraíso capitalista e repleto de oportunidades, mas Chul-Woo
continua insistindo que é inocente e que quer voltar para sua esposa na Coréia
do Norte. O caso chega à imprensa internacional, o que faz com que o pescador
seja libertado e devolvido para o seu país de origem. Chul-Woo chega à Coréia
do Norte como herói, com direito a recepção com bandeirolas e banda de música. A
comemoração, porém, esconde uma terrível intenção por parte das autoridades
norte-coreanas. Junto com o pobre e inocente pescador, o espectador irá viver
momentos bastante angustiantes. O filme foi
exibido por aqui durante a 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Filmaço!
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