Errol
Flynn foi um dos mais importantes atores de Hollywood nas décadas de 30, 40 e
50. Fazia filmes de capa e espada, além de ter protagonizado o Robin Hood mais
famoso do cinema. Na vida real, porém, além de alcóolatra, era um mulherengo de
marca maior. Nos bastidores, costumavam chamá-lo de “Pênis ambulante”. Ele dava
preferência a meninas bem mais jovens. A última delas, Beverly Hadland, tinha
15 anos quando Flynn a levou para a cama. E foi nos braços dela que o ator
morreria, em 1959, aos 50 anos de idade. A história do romance de Flynn e
Beverly é contada no filme “A ÚLTIMA AVENTURA DE ROBIN HOOD” (“The Last of Hobin Hood”), 2013, direção de Richard Glatzer e Wash Westmoreland. O papel de Flynn
ficou para Kevin Kline, que, além de viver o ator com muita competência, ainda
se parece muito com o próprio. Dakota Fanning, ótima, faz Beverly Hadland, e Susan
Sarandon sua mãe, Florence. Beverly sempre quis ser atriz, no que foi
incentivada pela mãe desde criança. Aos 15 anos, com certidão de nascimento
falsa de 18, Beverly tentou ingressar no elenco da Warner Brothers, onde
conheceu o já consagrado ator. Na esperança de que Flynn ajudasse Beverly,
Florence fez vistas grossas para o romance, na verdade um caso que poderia
acabar na polícia. Com a morte de Flynn, o romance proibido veio à tona e virou
escândalo mundial. Vale pela história, pelos ótimos atores e pela reconstituição de época - repare a de Nova Iorque, um primor.
quinta-feira, 21 de maio de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
“VÍCIO INERENTE” (“Inherent Vice”), 2014, EUA, é um drama bem-humorado baseado
em livro de Thomas Pynchon. A história, ambientada em 1970 na cidade de Los
Angeles, é centrada no detetive particular Larry “Doc” Sportello (Joaquin
Phoenix), que, a pedido da ex-namorada Shasta Fay Hepworth (Katherine
Waterston), começa a investigar o desaparecimento do atual namorado dela, um
empresário do ramo imobiliário. Em meio ao seu trabalho, “Doc” acaba se
desentendendo com o detetive Christian “Bigfood” Bjorsen (Josh Brolin), encarregado
oficial do caso. “Doc” passa o filme inteiro totalmente chapado, maconha como
combustível – de vez em quando, cocaína. É um personagem asqueroso, sujo e
maltrapilho, enfim, um hippie da pior qualidade. Seu único fator positivo é ficar igualzinho a John Lennon quando coloca aqueles óculos escuros redondinho. Joaquin Phoenix está ótimo no
papel, provando que é um ator bastante versátil. A trama é meio complicada e pode confundir o espectador, principalmente
pelos inúmeros personagens que aparecem no meio da história. Para complementar
o quadro geral meio estranho, o escritório de “Doc” fica dentro de uma clínica médica. Tem até uma cena onde um grupo de rock aparece comendo pizza ao estilo do quadro da Santa Ceia. É
claro que todo esse cenário é obra do diretor Paul Thomas Anderson (“Sangue
Negro”, “O Mestre”, “Magnólia”), acostumado em não economizar esquisitices. Vale pelo humor, ambientação de época e, principalmente, pelo ótimo elenco, que conta também com
Reese Witherspoon, Benício Del Toro, Martin Short, Owen
Wilson e Eric Roberts (o irmão da Júlia). Não chega a ser bom, mas um filme bastante interessante.
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