sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

“MEADOWLAND” (ainda sem tradução por aqui), EUA, 2015. Drama independente com Olivia Wilde e Luke Wilson (irmão de Owen), Giovanni Ribisi, Juno Temple, Elizabeth Moss e John Leguizamo. O desaparecimento misterioso de Jessie, filho do casal Sarah (Olivia), professora, e Phil (Luke), policial, num posto à beira de uma estrada, desencadeia uma grave crise no casamento. A situação chega a um ponto em que Sarah perde a noção e acaba surtando, o que vai levá-la a se envolver com a família de um garoto problemático da escola. Em sua estreia como diretora, Reed Morano constrói um drama com sabor de suspense, conduzindo o espectador a criar uma grande expectativa para o final. O que vai acontecer? Será que vão encontrar o garoto? A história se arrasta de forma monótona, sobressaindo-se o lado psicológico dos personagens em detrimento de qualquer tipo de ação. Embora boa atriz, como já demonstrou em outros filmes, Olivia Wilde aparece aqui de cara “lavada”, sem nenhuma maquiagem, chegando a parecer feia na maioria das cenas. Uma decepção para os fãs dessa bela atriz, embora seu desempenho seja muito bom. O filme estreou no Festival de Tribeca (EUA) em abril de 2015, sem muitos elogios. E com razão. É apenas assistível, nada mais.                      

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

“SEDE DE VINGANÇA” (“Return to Sender”), EUA, 2015, roteiro e direção de Fouad Mikati – este é seu segundo filme; o primeiro foi “Operação Fim de Jogo”. A história é centrada em Miranda Wells (Rosamund Pike), enfermeira de alto padrão de um hospital de uma pequena cidade norte-americana. Seu grande sonho é trabalhar no centro cirúrgico. O destino, porém, reserva-lhe uma surpresa cruel. Ela é espancada e estuprada por um jovem que se faz passar por alguém com o qual Miranda tinha um encontro “às escuras”. Por causa dessa violência, além do trauma psicológico, ela acaba sofrendo uma terrível sequela: um tremor crônico na mão direita, o que a impede de ser admitida no centro cirúrgico. Sonho desfeito. O autor do estupro, William Finn (Shiloh Fernandez), é preso e condenado a 10 anos de cadeia. Como se tivesse adquirido a Síndrome de Estocolmo (a vítima acaba gostando do vilão), Miranda resolve escrever cartas e visitar o seu estuprador na prisão, dando a entender que pretende perdoá-lo. O comportamento dela até pressupõe o desejo de uma amizade. Será que ela está sendo sincera? Só vendo o filme para você descobrir. Nem os bons desempenhos da atriz inglesa Rosamund Pike (indicada ao Oscar 2015 por “Garota Exemplar”) e do ator Shiloh Fernandez – este, em especial - conseguem segurar esse suspense, cujo maior defeito é o roteiro tão previsível. Se você não esperar muito, dá para assistir numa boa.  

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O drama independente “BLEEDING HEART” (ainda não estreou por aqui e, portanto, ainda não tem tradução, mas a literal é “Coração Sangrando”), foi exibido pela primeira vez no Festival de Tribeca/2015 (EUA). Roteiro e direção da escocesa Diane Bell, contando a história de duas irmãs – May (Jessica Biel) e Shiva (a feiosa Zosia Mamet) -, filhas de pai biológico, e que nunca se conheceram. Um dia qualquer, May resolve procurar a irmã (não fica bem claro como a achou). May é professora de Ioga. Shiva é prostituta, disfarçada de massagista. As duas acabam se conhecendo melhor e May, a mais velha, vai tentar tirar Shiva da vida que leva. Só que encontra a resistência feroz e violenta do cafetão e namorado da moça, Cody (o ator inglês Joe Anderson). A forte ligação entre as irmãs será a única defesa contra Cody. Há um bom clima de suspense no filme, principalmente nas cenas em que Cody vai atrás de Shiva. Mas não é suficiente para garantir uma recomendação entusiasmada, a não ser pela presença sempre marcante da bela e competente Jessica Biel. Na verdade, trata-se de um filme descartável: você vê hoje e no dia seguinte já esqueceu.    
O drama “VIVER SEM ENDEREÇO” (“Shelter”), 2014, EUA, marca a estreia na direção do ator inglês Paul Bettany, que escalou para o papel principal a bela atriz Jennifer Connelly, sua esposa na vida real. Ela interpreta Hannah, uma mulher que vive como moradora de rua em Nova Iorque. Pior, viciada em heroína. Em suas andanças, Hannah conhece Tahir (Anthony Mackie), um refugiado nigeriano que possui um passado tenebroso. Um vai ajudar o outro a sobreviver nas ruas da cidade, no que vai resultar numa grande amizade e, aos poucos, numa grande paixão. Merece destaque a corajosa atuação de Jennifer, que deve ter perdido muitos quilos para representar a viciada. Ela aparece esquelética, pele e osso, além de enfrentar cenas um tanto fortes e chocantes, tais como uma com nu frontal onde injeta heroína na virilha. Poucas atrizes do nível de Jennifer teriam a coragem de se expor tanto. Bettany também escreveu o roteiro, que disse ter sido inspirado num casal de moradores de rua que vivia próximo ao seu edifício. Ele dedica o filme justamente a esse casal – veja os créditos finais. Quem assistir vai perceber que Bettany também é bastante criativo com a câmera na mão e na elaboração estética das cenas. Enfim, uma boa e promissora estreia num filme bastante dramático e, ao mesmo tempo, comovente.