sábado, 4 de fevereiro de 2023

 

“NARVIK” (“KAMPEN OM NARVIK – HITLERS FØRSTE NEDERLAG”), 2022, Noruega, 1h48m, em cartaz na Netflix, direção de Erik Skjoldbjaerg, que também assina o roteiro com Christopher Grondahl. Mais um incrível e trágico episódio, baseado em fatos reais, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial. Narvik é uma cidade portuária localizada no extremo norte da Noruega, perto da fronteira com a Suécia. Antes e no início do conflito, Narvik era o principal porto por onde era embarcado minério de ferro sueco com destino à Alemanha para utilização na fabricação de armamentos. Portanto, era uma cidade estratégica, principalmente para os nazistas, que invadiram e ocuparam a cidade. Logo depois aconteceria a resistência, reunindo soldados noruegueses, ingleses e franceses. Dessa forma, de abril a junho de 1940, ocorreu a famosa "Batalha de Narvik", depois da qual a cidade foi retomada e os alemães expulsos. Em 62 dias, 64 navios foram afundados e 86 aeronaves abatidas, resultando na morte de 8.500 soldados. Durante esse período, a população civil de Narvik sofreu as consequências. É dentro desse contexto que se desenrola o roteiro do filme, destacando como personagem principal - fictícia - a família Tofte, formada pelo casal Gunnar (Carl Martin Eggesbø) e Ingrid (Kristine Hartgen) e o filho Ole (Christoph Gelfert Mathiesen). Gunnar atua como soldado no front de batalha, enquanto Ingrid, funcionária do principal hotel da cidade, como fala alemão, é recrutada para servir de intérprete de um oficial nazista. Porém, para salvar a vida do filho, é obrigada a cometer uma traição. De forma bastante realista, o filme acompanha o sofrimento da população civil da cidade e os esforços para expulsar os alemães. As cenas de batalha são muito bem realizadas, utilizando cenários que parecem reais. Por isso tudo, e também pelo fato histórico de grande importância, já que foi considerada a primeira derrota de Hitler na Segunda Guerra, “Narvik” é, sem dúvida, um dos melhores lançamentos do ano da Netflix. Imperdível!                         

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

 

“CAÇA IMPLACÁVEL” ("LAST SEEN ALIVE”), 2022, Estados Unidos, 1h36m, em cartaz na Amazon Prime Video, direção de Brian Goodman, seguindo roteiro assinado por Marc Frydman. Depois de ganhar fama como galã fortão no épico “300”, em 2006, o ator escocês Gerard Butler virou atração em vários filmes de ação, tais como “Invasão a Londres”, “Invasão ao Serviço Secreto”, “Fogo Cruzado” e tantos outros. Sua mais recente atuação foi neste “Caça Implacável”, no qual ele interpreta Will Spann, um rico empresário do setor imobiliário. Começa o filme e ele está no carro com a esposa Lisa (Jaimie Alexander), levando-a para a casa dos pais dela. Em crise conjugal, ela pede um tempo para pensar na vida. No meio do caminho, Will estaciona o carro em um posto para abastecer e Lisa vai até à loja de conveniência comprar uma garrafa de água. Num piscar de olhos e ela simplesmente desaparece. Will fica aflito e, mesmo sem a ajuda mais efetiva da polícia, sai na “caça implacável” da mulher. Muito suspense até ele conseguir uma pista. E, depois, muita violência, pancadaria, tiros e explosões. O filme termina e você não entende como um corretor imobiliário pode ser tão bom de briga e de pontaria. Enfim, é Gerard Butler, novamente no papel de herói macho. Também estão no elenco Ethan Embry, Russell Hornsby, Bruce Altman, Michael Irby, Dani Deetté, David Kallaway e Cindy Hogan. Dá pra ver numa sessão da tarde com pipoca, não ofende nossa inteligência e nem exige muito dos neurônios.     

domingo, 29 de janeiro de 2023

 

“A BABÁ” (NANNY”), 2022, Estados Unidos, 1h39m, produção original e distribuição Amazon Prime Video, roteiro e direção de Nikyatu Jusu (seu longa-metragem de estreia). Trata-se de um suspense/terror de poucos sustos e sem muita ação. É mais um suspense psicológico. Aisha (Anna Diop, da série “Titãs”) é uma imigrante ilegal do Senegal que chega aos Estados Unidos (Nova Iorque) para tentar ganhar dinheiro, ajudar a família no país africano e pagar a passagem para o filho vir morar com ela. Aisha trabalha como babá de Rose (Rose Decker), filha de um casal de classe média alta, protagonizado por Amy (Michelle Monaghan) e Adam (Morgan Spector), cujo casamento vive uma crise - financeira e conjugal. Aisha vive tendo pesadelos e alucinações, vê aranhas subindo a parede, sonha com um monstro marinho. Pelo que eu entendi, tudo isso causado por um tal de “Anansi” – o homem-aranha da cultura africana. Além dessa situação sofrida, mais a saudade que sente do filho, Aisha vira uma pessoa desagradável, depressiva, baixo astral. E por aí segue a história, a gente esperando acontecer algo de importante, mas nada, a não ser no desfecho, quando Aisha fica sabendo de um fato trágico. O filme é de uma lentidão incômoda, prejudicada ainda mais pela história fraca. Com exceção da presença da bela morena e boa atriz Anna Diop e das rápidas aparições de Michelle Monaghan, o filme não apresenta nenhum outro atrativo que motive uma indicação. Fiquei surpreso ao saber que ganhou o Grande Prêmio do Júri na categoria Drama no Festival de Sundance 2022. Se eu fosse jurado, não teria meu voto.