sexta-feira, 6 de julho de 2018
quarta-feira, 4 de julho de 2018
“O
PASSAGEIRO” (“THE COMMUTER”),
2018, EUA. Mais um filme de ação com o astro irlandês Liam Neeson, o quarto em
parceria com o diretor espanhol Jaume Collet-Serra (já tinham feito juntos “Sem
Escalas”, “Noite sem Fim” e “Desconhecido”). Liam é Michael MacCauley um
ex-policial que trabalha numa empresa de seguros. Depois de receber a notícia
de sua demissão, ele volta para casa remoendo a dúvida se conta ou não a
verdade à esposa (Elizabeth McGovern). No trem que costuma pegar todos os dias para ir ao trabalho e
depois voltar para casa, MacCauley é abordado por uma mulher misteriosa que diz
se chamar Joanna (a sempre bonita e charmosa Vera Farmiga), que lhe oferece 100
mil dólares para localizar um passageiro que está num dos vagões. Joanna só
fornece uma referência: o tal passageiro está utilizando uma mochila. De início,
MacCauley não topa a parada, mas a grana é muito boa para ser recusada,
principalmente depois de perder o emprego, e então ele passa a percorrer os
vagões tentando localizar o desconhecido – a razão para a oferta só será
revelada no final. E dá-lhe ação, muito suspense, telefonemas ameaçadores, correrias,
socos, assassinatos, enfim, um teste e tanto para o sexagenário ator, de 65
anos. Há excelentes sequências de ação, daquelas de derrubar o saquinho de pipoca
ou amassar o braço da poltrona. O diretor Collet-Serra é especialista no assunto,
como comprovam seus filmes com Neeson e também os ótimos “A Órfã” e “Águas Rasas”. Também estão no elenco Sam Neil, Patrick Wilson, Ella Rae Smith e Clara Lago. Se Neeson já foi herói num avião (“Sem Escalas”) e agora num trem, sugiro ao
diretor espanhol que, em seu próximo filme, coloque o ator irlandês para salvar vidas num morro do Rio de Janeiro. Aí é
que eu quero ver!
segunda-feira, 2 de julho de 2018
“AS
MARAVILHAS” (“LE MARAVIGLIE”),
2014, Itália, roteiro e direção de Alice Rohrwacher. A história se concentra numa
família que mora na zona rural da Úmbria, região da Toscana. Wolfgang (Sam
Louwyck) e Angélica (Alba Rohrwacher, irmã da diretora) e mais as quatro filhas
se sustentam como apicultores, na produção artesanal de mel. O filme é centrado
basicamente na figura de Gelsomina (a ótima atriz estreante Maria Alexandra Lungu), a filha mais velha
e, por isso mesmo, mais cobrada pelo pai autoritário. Wolfgang, aliás, embora
trabalhe bastante, de vez em quando tenta um negócio diferente, sempre perdendo
dinheiro. Sua última empreitada esquisita foi a compra de um camelo. O filme
mostra basicamente a rotina diária da família, tanto no trabalho como nas horas
de lazer. Em meio a esse contexto surge a equipe de produção de um programa
televisivo chamado “Ilha das Maravilhas”, cuja apresentadora é chamada de Milly
Catena (ninguém menos do que a diva Monica Bellucci!). O programa promove um
concurso para premiar famílias empreendedoras e Gelsomina inscreve a sua, a
contragosto do pai. Este foi o segundo longa-metragem escrito e dirigido por
Alice Rohrwacher, que se inspirou na história da própria família, que morou naquela
região e cujo pai também era apicultor. Para definir o que achei do filme, vou
reproduzir uma frase do crítico Lucas Salgado, do site Adoro Cinema: “É difícil
se empolgar, mas também é difícil não se envolver”. Para ilustrar ainda mais
meu comentário, acrescento que o filme foi premiado em vários festivais pelo
mundo afora, incluindo o de Sevilha e de Munique. No Festival de Cannes, ganhou
o Grande Prêmio do Júri. Não digo que seja imperdível, mas é muito bom.
domingo, 1 de julho de 2018
“A
FILHA DO PATRÃO” (“La Fille du Patron”), 2015, França, longa-metragem de estreia como roteirista e diretor do ator
Olivier Loustau, que também atua nesta comédia dramática romanceada. Vital
(Loustau) é funcionário de uma empresa têxtil de médio porte. Um dia, o
empresário Baretti resolve encomendar um estudo de ergonomia com o objetivo de
melhor as condições de trabalho na sua indústria, promovendo a interação entre
o homem e a máquina e, assim, aumentar o nível de segurança dos trabalhadores. Esse
trabalho será desenvolvido pela jovem e bonita Alix (Christa Theret),
especialista no assunto. A primeira etapa do seu trabalho é conhecer o funcionamento
das máquinas e escolher, entre os funcionários, aquele que servirá à sua
pesquisa como cobaia. É justamente Vital o escolhido. Vai demorar para o pessoal
da fábrica, inclusive Vital, descobrir que Alix é, na verdade, nada mais nada menos que a filha de Baretti,
ou seja, a filha do patrão. Além de um previsível romance entre Vital e Alix –
embora Vital seja casado e mais velho -, o filme também dá destaque ao time de
rúgbi da fábrica, formado por barrigudos parrudos e tendo Vital como técnico. As
melhores cenas de humor são justamente aquelas em que o pessoal está treinando
para disputar o campeonato operário da cidade. Mas é o romance proibido entre
Vital e a filha do patrão o foco principal desta produção francesa, que não é
tão boa quanto parece nem tão ruim para deixar de ser recomendada. Coluna do meio!
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