A atriz Jennifer Lawrence comanda o elenco
de “OPERAÇÃO RED SPARROW” (“Red Sparrow”), ano de produção 2017, EUA. Elenco,
aliás, dos mais estrelados: Joel Edgerton, Jeremy Irons, Charlotte Rampling,
Matthias Schoenaerts, Ciarán Hinds, Mary-Louise Parker, Thekla Hauten e Joely
Richardson. É um filme de espionagem baseado no romance “Red Sparrow”, escrito
por Jason Mathews, um ex-agente da CIA que resolveu ser escritor. O livro foi
adaptado para o cinema pelo roteirista Jason Mathews e a direção ficou a cargo
de Francis Lawrence, que não é parente da Jennifer e a dirigiu nos três filmes
da Saga “Jogos Vorazes”. Vamos à
história. Depois de sofrer um grave acidente em pleno palco, Dominika Egorava
(Jennifer), primeira bailarina do Bolshoi, vê sua carreira interrompida. Seu
tio Ivan Egorov (o ator belga Schoenaerts), um importante oficial do serviço
secreto russo, convence Dominika a ingressar numa escola de espiões chamada “Red
Sparrow”. Em contrapartida, ele se compromete a cuidar da mãe doente de
Dominika (Joely Richardson). Dominika se sobressai nos testes na escola e logo
é designada para uma importante missão: descobrir a identidade de um informante
que trabalha para a CIA. Ela terá que enfrentar Nathaniel Nash (Edgerton), um espião
norte-americano com larga experiência em terreno russo. Embora tenha mais blá-blá-blá
do que ação, o filme é bastante violento e tem muitas cenas de sexo, inclusive
com Jennifer Lawrence, que deixou de lado a heroína juvenil de “Jogos Vorazes”
para se transformar numa espiã voraz em sexo. Ela também aparece nua, comprovando
plenamente sua fama de mulherão. Com uma reviravolta surpreendente no desfecho,
o filme consegue prender a atenção do espectador, tornando-se um bom programa
para uma sessão da tarde.
sábado, 9 de junho de 2018
quarta-feira, 6 de junho de 2018
“ADEUS
ÍNDIA” (“VICEROY’S HOUSE”),
2017, coprodução Inglaterra/Índia, direção de Gurinder Chadha, é um drama
histórico, baseado em fatos reais, contando os bastidores de como se deu a
transição da Índia britânica para a sua independência, depois de 200 anos de
domínio imperial inglês. O filme é ambientado em 1947, quando Lord Louis
Mountbatten, bisneto da Rainha Vitoria, é designado para ocupar o cargo de último
Vice-Rei da Índia e, como tal, encarregado de administrar todo o processo de
transição, o que o levou a uma série de negociações com os líderes locais,
incluindo até o honorável Gandhi. Difícil a sua tarefa, pois os muçulmanos não
concordavam em viver com os hindus na Índia e, portanto, queriam a criação de
um outro país, o Paquistão. Para conseguir realizar o seu trabalho Mountbatten (Hugh
Bonneville) conta com o apoio incondicional de sua esposa Edwina (Gillian
Anderson) e de sua filha Pamela (Lily Travers). Mountbatten bem que tentou
apaziguar os envolvidos, mas logo verá que é impossível acabar com um ódio que
vem de séculos (vide palestinos e judeus). Lançado no Festival de Cinema de
Berlim, o filme foi massacrado pela crítica especializada. Eu gostei. Achei a
produção impecável sob o ponto de vista histórico, além de um visual
deslumbrante – os cenários são espetaculares – e uma primorosa recriação de
época, destacando-se, principalmente, os figurinos. Não tenho dúvida em
recomendar.
terça-feira, 5 de junho de 2018
“MADAME”, 2017, França, direção e roteiro (com a
colaboração de Matthew Robbins) de Amanda Sthers. Um casal de norte-americanos
(Toni Collette e Karvey Keitel) muda-se para a França e decide organizar um
jantar para a alta sociedade parisiense, incluindo o prefeito da cidade e seu
namorado. A mesa está arrumada para 12 pessoas, quando de repente surge um
convidado extra, justamente o filho bêbado do anfitrião. A mesa, então, passa a
ter 13 lugares, inconcebível para a supersticiosa Anne (Collette). A solução
improvisada, já que o jantar aconteceria poucas horas depois, foi transformar a
empregada Maria (Rossy De Palma) numa madame da alta aristocracia parisiense,
com a recomendação de que não abrisse a boca, nem para falar, nem para comer ou
beber muito. Triste ilusão. Maria toma uns vinhos mais e acaba até contando
umas piadas inconvenientes, para desespero dos patrões. Só que no meio dos convidados está o
cinquentão David Reville (Michael Smiley), um importante empresário francês que se
encanta com Maria. A partir de então, o filme esquece o humor e parte para o
romance. Se já era ruim como comédia, ficou ainda pior quando enveredou para a
comédia romântica. Terminado o filme, fiquei me perguntando como estrelas
consagradas como Harvey Keitel e Toni Collette se submeteram a trabalhar nesse
abacaxi. Até a espanhola Rossy De Palma, de tantos filmes de Almodóvar, deve
ter ficado constrangida.
segunda-feira, 4 de junho de 2018
“STEFAN
ZWEIG – ADEUS, EUROPA” (“Stefan Zweig – Farewell to Europe”), 2016, coprodução Áustria/Alemanha, roteiro
e direção de Maria Schrader. Trata-se de um drama biográfico enfocando os
últimos seis anos do escritor, romancista, poeta, jornalista, dramaturgo e
biógrafo austríaco Stefan Zweig. Em 1936, perseguido pelo nazismo, Zweig (Josef
Hader) resolve fugir com a esposa Lotte (Aenne Scwarz) para a América do Sul.
Já muito famoso no mundo inteiro como um dos principais escritores do Século
XX, Zweig é tratado como uma grande personalidade, sendo convidado para proferir
palestras em cidades como Rio de Janeiro, Buenos Aires e Nova Iorque. Ele se
estabelece em Petrópolis (Rio de Janeiro) e lá escreve “Brasil, País do Futuro”, lançado em
1941. No ano seguinte, deprimido com a situação da guerra na Europa, ele se
suicida juntamente com a esposa. O filme deixa muito a desejar com relação à
obra do escritor. Não é mencionado nenhum dos livros que escreveu, principalmente
importantes biografias de gente como, por exemplo, Dostoievski, Tolstoi, Dickens,
Stendhal, Maria Antonieta, Nietzsche, Balzac etc. Também pouco se fala sobre sua
vida anterior, na Áustria. De qualquer forma, o filme é, sem dúvida, bastante
interessante. Destaco com uma das cenas de maior impacto aquela em que Zweig
participa de um congresso de escritores em Buenos Aires, durante o qual são
citados, nome por nome, os intelectuais banidos pelo regime nazista, então presos ou exilados.
De emocionar. Fora isso, vale citar o excelente trabalho do ator austríaco
Josef Hader na pele do escritor. Um show de interpretação. A quem possa
interessar, existe uma biografia bem legal sobre Zweig – “Morte no Paraíso”, de
1981 -, escrita pelo recentemente falecido jornalista Alberto Dines - a diretora Maria Schrader o leu para escrever o roteiro. Eu também li e
recomendo, assim como o filme.
domingo, 3 de junho de 2018
“SPIINNING
MAN” (o filme ainda não
chegou por aqui, portanto não tem uma tradução oficial; a tradução literal é “Homem
Girando”), EUA, 2017, direção do sueco Simon Kaijser, com roteiro de Matthew Aldrich,
baseado no romance do mesmo nome escrito pelo norte-americano George Harrar,
lançado em 2003. Trata-se de um filme policial recheado de suspense, mas com
desfecho dos mais fracos. Numa pequena cidade da Flórida, uma jovem líder de
torcida (Odeya Rush) desaparece e as suspeitas da polícia recaem sobre o professor
de Filosofia e Linguística Evan Birch (o ator australiano Guy Pearce). Tudo
porque Birch, mesmo casado com Ellen (Minnie Driver), às vezes gostava de sair
com algumas alunas. O detetive Robert
Malloy (o ex-007 Pierce Brosnan) tenta de tudo para provar a culpa do professor,
seguindo seus passos dia após dia. Tudo faz crer que o filme caminha para algum
final surpreendente, talvez uma reviravolta, mas o desfecho constrangedor não
justifica termos ficado esse tempo todo esperando um grand finale. Com exceção de Guy Pearce, que tem boa atuação, os demais
atores, inclusive Pierce Brosnan, atuam no piloto automático. Brosnan, aliás,
está muito mal caracterizado, pois parece mais um empresário ou um alto
executivo de Wall Street do que um simples detetive de uma cidadezinha do
interior. Resumo da ópera: não passa de um filme B independente, evidentemente
realizado com poucos recursos, apesar da presença dos dois astros. A história
não convence. Como policial, deixa muito a desejar.
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