Nos créditos de “O Conselheiro do Crime” (“The Couselor”), EUA - 2013, estão lá o consagrado diretor Ridley Scott, o roteirista e escritor Cormac
McCarthy, autor do livro “Onde os Fracos não têm Vez”, e os nomes que formam o
quinteto principal do elenco: Michael Fassbender, Penélope Cruz, Brad Pitt,
Javier Bardem e Cameron Diaz. Ou seja, tinha tudo para ser um grande filme. Não é.
Advogado (Fassbender) vai casar e quer ganhar dinheiro rápido. Para alcançar
esse objetivo, envolve-se num plano para trazer do México para os EUA um grande
volume de drogas no valor de 20 milhões de dólares. O plano dá errado, as
drogas somem e a barra vai pesar para o advogado e dois de seus clientes (Bardem
e Pitt), que acabam sendo caçados pelo pessoal de um poderoso cartel mexicano.
Até começar a ação tem muito papo furado, diálogos sem nexo e o espectador acaba se confundindo um
pouco sobre o enredo. Nem a reviravolta inesperada no final salva o filme, que
o diretor Ridley dedicou à memória do irmão Toni Scott, falecido em 2012. Analisando-se
os prós e os contras do filme, os contras ganham longe. Mas um pró tem que ser
destacado: o charme e a beleza de Cameron Diaz, ainda em grande forma.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014


terça-feira, 28 de janeiro de 2014


Javier Bardem comanda um elenco de ótimos atores
no drama espanhol “Segunda-feira ao Sol”
(“Los Lunes ao Sol”), que aborda o tema do desemprego e a falta de perspectivas
para trabalhadores na meia idade. O filme é dirigido por Fernando Leon de
Aranoa e, mesmo tendo sido feito em 2002, continua atual como nunca. Cinco trabalhadores
cinquentões estão desempregados há três anos e vivem do seguro-desemprego.
Apenas um montou um bar com a indenização. E é justamente neste bar, o Naval,
que eles passam as horas ociosas, bebendo, conversando sobre suas frustrações,
discutindo a situação econômica da Espanha e desabafando sobre seus problemas
pessoais. Um ampara o outro do jeito que dá. É um filme bastante triste, principalmente
quando mostra um deles indo a entrevistas para tentar arranjar um emprego. Pra
contrabalançar, tem também seus momentos comoventes e alguns até engraçados,
principalmente com o histriônico Santa (Bardem). Além de ter sido premiado em
vários festivais internacionais, inclusive em Gramado, o filme concorreu ao
prêmio de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2003.
domingo, 26 de janeiro de 2014
“Música da
Alma” (“The
Sapphires”), de 2012, dirigido por Wayne Bair (seu primeiro longa), é um ótimo
filme australiano cuja história é baseada em fatos reais. Em 1968, Dave (Chris
O’Dowd), um músico irlandês, trabalhava como tecladista num programa de
calouros acompanhando os candidatos. Num
dos programas, ele descobre quatro jovens aborígenes que arrasavam como
vocalistas – na época, só para lembrar, os aborígenes australianos sofriam o
mesmo tipo de discriminação racial que os negros nos EUA. Dave faz amizade com
as moças e logo se torna não apenas o arranjador do grupo, como também seu
empresário. Ele consegue convencer as jovens a mudar de gênero musical: do country
para o soul. Elas começam a fazer sucesso e, como “The Sapphires”, embarcam
para uma turnê no Vietnã para se apresentar em shows para os soldados. Além da
história incrível, a trilha sonora é uma delícia - você não vai conseguir ficar
parado (a) na poltrona. Se você estiver na dúvida se assiste ou não, acrescento que o filme foi apresentado, fora de competição, no Festival de Cannes 2012. Ao final, foi aplaudido de pé durante 10 minutos.

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