O drama francês “UMA
HISTÓRIA BANAL” (“Une Histoire Banale”), 2014, escrito e dirigido por
Audrey Estrougo, conta a história de Nathalie (Marie Denarnaud), uma mulher bonita
e charmosa que, aos 30 anos, vive uma fase bastante feliz. Está prestes a morar
com o namorado Wilson (Oumar Diawr), por quem está apaixonada, vive cercada de
amigos e curte seu ambiente de trabalho como enfermeira num hospital. Toda essa
felicidade vai durar pouco. Depois de sair com os amigos para dançar, Nathalie aceita
a carona de um deles, Damien (Renaud Astegiani), que demonstrava há tempos uma
evidente obsessão por ela, assediando-a com telefonemas e convites para sair. Ao
chegar à casa de Nathalie, Damien parte para o ataque, mas é rejeitado. Ele se
vinga estuprando a moça. Depois do que aconteceu, a vida de Nathalie vira um
tormento. Traumatizada e com sérios problemas psicológicos em razão do que
aconteceu, Nathalie passa a se comportar de maneira estranha. Para quem não
passou pela mesma experiência traumática, talvez seja difícil entender a
Nathalie pós-estupro. O desfecho dá margem às mais variadas interpretações e motiva
as espectadoras a fazer uma difícil reflexão: o que eu faria no lugar de
Nathalie? O desempenho da atriz Marie Denarnaud é excelente. Mais um bom filme francês que merece ser visto.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
domingo, 17 de dezembro de 2017
Para atuar em “Clube de Compras Dallas”, o ator Matthew
McConaughey teve de emagrecer 22 quilos, o que contribuiu, além da sua ótima
atuação, para conquistar o Oscar 2014 de Melhor Ator. Em “OURO E COBIÇA” (“GOLD”), 2017, para interpretar o personagem do
empresário Kenny Wells, McConaughey precisou engordar 19 quilos. No filme, além
de gordo, o ator aparece bastante calvo e usando uma dentadura falsa, adotando
um visual bem diferente do galã que estamos acostumados a ver na tela. E seu desempenho
é também muito bom, o que pode garantir uma nova indicação ao Oscar 2018. Vamos
aguardar. “Ouro e Cobiça” é baseado em fatos reais que resultaram num grande
escândalo financeiro no início dos anos 90 envolvendo a empresa canadense BRE-X
Mineral Corporation. No filme, McConaughey vive o empresário e aventureiro Kenny
Wells, que em meados dos anos 80 se associa ao geólogo Michael Acosta (o ator
venezuelano Edgar Ramirez) para explorar uma possível mina de ouro na
Indonésia. A notícia do resultado positivo dessa exploração chega a Wall Street
e a empresa de Wells passa a ser um grande sucesso na Bolsa, atraindo milhares
de investidores. Logo depois, porém, a verdade virá à tona e não será nada
agradável, nem para Wells e muito menos para os investidores. O filme vale pela
história em si, desconhecida por aqui, como pelo desempenho magistral de McConaughey,
que na vida real é casado, desde 2012, com a modelo brasileira Camila Alves.
“DUNKIRK”, 120 minutos, EUA, retrata um dos
episódios mais impressionantes e incríveis da Segunda Guerra Mundial. Em maio
de 1940, mais de 300 mil soldados ingleses e aliados foram encurralados pelas
tropas alemãs nas praias de Dunkirk, em território francês (nos livros de
história que li, o nome que aparecia era sempre Dunquerque). Se não houvesse a evacuação imediata,
os soldados certamente teriam sido mortos pelo exército nazista, maior em
número e bem mais armado. A estratégia emergencial colocada em prática – que recebeu
o nome de Operação Dínamo – foi a utilização de embarcações civis e militares para buscar
os soldados do outro lado do Canal da Mancha e levá-los para a Inglaterra. No
total, foram utilizados 665 barcos civis e 222 embarcações militares. O
primeiro-ministro Winston Churchill queria os soldados de volta para reforçar a
defesa da Inglaterra contra uma possível invasão alemã. No filme, escrito e
dirigido pelo inglês Christopher Nolan (conhecido pela trilogia Batman, “Intersestelar”,
“Amnésia” e “A Origem”), a ação predomina em ritmo frenético, numa proposta visual
bastante ousada, com algumas cenas realmente sensacionais e poucos diálogos. O
filme foi realizado sob três perspectivas diferentes: terra, mar e ar. Na
terra, o enfoque envolveu as tentativas do soldado Tommy (Fionn Whitehead) e de
seus companheiros de fugir da praia e entrar numa das embarcações. No mar, a
ação privilegiou os esforços das embarcações civis em chegar a Dunkirk e
resgatar os soldados, em especial o barco de Dawson (Mark Rylance). No ar, o
filme destacou os esforços do piloto Ferrier (Tom Hardy) em afastar os aviões
alemães de Dunkirk, em ótimas cenas de batalha aérea. O filme de Nolan é muito
bom e tem tudo para conquistar algumas indicações ao Oscar 2018, incluindo até
mesmo a trilha sonora criada por Hans Zimmer. Sem dúvida, um dos melhores filmes de guerra feitos nos últimos anos.
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