“UMA VOZ CONTRA O PODER”
(“PERCY”),
2020, Estados Unidos, disponível na Netflix, 1h39m, direção de Clark Johnson e
roteiro assinado por Garfield L. Miller e Hilary Pryor. Drama de tribunal que
relembra um caso jurídico emblemático. Aconteceu no Canadá no início dos anos
90 do século passado. Percy Schmeiser (Christopher Walken), um pequeno agricultor
da província de Saskatchewan, foi acusado pela gigante Monsanto Canada Inc. de
cultivar em sua fazenda sementes transgênicas sem licença. Ou seja, em vez de
comprar de empresas, ele utilizava suas próprias sementes para produzir canola.
Com o auxílio da ativista Rebecca Salcau (Christina Ricci), representante de
uma importante Ong ambiental, e defendido pelo advogado Jack Weaver (Zach
Braff), Percy encarou a briga e mobilizou a mídia durante vários anos. Sua
popularidade foi tanta que recebeu inúmeros convites para participar de
palestras, entrevistas e discursos contra a engenharia genética de sementes,
inclusive em outros países, como a Índia. O caso também gerou um documentário bastante
elogiado em 2009, intitulado “David vs. Monsanto”, dirigido por Bertram
Verhaag. Uma história e tanto que o longa-metragem recém-lançado pela Netflix não soube aproveitar, apesar da presença marcante do veterano Christopher
Walken. O elenco conta ainda com Martin Donovan, Luke Kirby, Roberta Maxwell e
Adam Beach. Trocando em miúdos, “Uma Voz Contra o Poder” conta uma história
envolvente, mas com pouca emoção.