“UM
PERFIL PARA DOIS” (“UN PROFIL POUR DEUX”), 2017, França, é daquelas comédias românticas agradáveis de
assistir, engraçada e sem qualquer compromisso com o intelecto. O filme foi
escrito e dirigido por Stéphane Robelin – o mesmo roteirista e diretor do ótimo
“E Se Vivêssemos Todos Juntos” (2011). Desta vez, Robelin explora, de forma bem-humorada,
o tema da solidão na velhice e os conflitos familiares. Beirando os 80 anos, Pierre
(Pierre Richard) não sai de casa há dois anos, desde que sua esposa Madeleine
faleceu. Preocupadas com a situação, sua filha Sylvie (Stéphane Bissot) e a
neta Juliette (Stéphanie Crayencour) resolvem recrutar o jovem Alex (Yannis
Lespert) para ensinar Pierre a mexer no computador e navegar pelo mundo da
Internet. Quem sabe assim Pierre sai da toca, pelo menos virtualmente. Só que tem
um detalhe: Sylvie e Juliette não revelam que Alex é namorado da sua neta, já
que Pierre gostava muito do seu antigo namorado e não gostaria de vê-la com
outro. Com o decorrer das aulas, Pierre acaba se entusiasmando por um site de
relacionamentos, através do qual conhece Flora (Fanny Valette), uma bela jovem
que mora em Bruxelas (Bélgica). Pierre usa sua verve de galanteador e conquista
a simpatia de Flora, que pede a sua foto. Imaginando que Flora não se
contentará com um velho, Pierre envia a foto de Alex. Pronto, começa a
confusão, principalmente quando Flora decide ir para Paris encontrar com
Pierre, aliás, Alex. Exibido por aqui na programação do Festival Varilux de
Cinema Francês, em 2017, o filme é muito divertido, ideal para esquecer, nem
que seja por 1h39, as agruras do nosso dia-a-dia. Não perca!
sábado, 14 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
“BEIRUTE – O RESGATE” (“BEIRUT”), EUA,
2018, direção de Brad Anderson, com história assinada pelo aclamado roteirista
Tony Gilroy, responsável por filmes de ação como os quatro da saga Bourne. “Beirute”
dificilmente será exibido por aqui no circuito comercial, já que é uma produção
da Netflix, tendo estreado na programação televisiva mundial no dia 15 de junho
de 2018. Uma pena, pois é um bom filme de ação. Mason Skiles (Jon Hamm, da
série “Mad Men”) trabalhava como diplomata em Beirute (Líbano) no início da década
de 70. Tinha um casamento feliz com Nadia (Leïla Bekht) e morava numa bela
casa, onde organizava recepções sociais das mais concorridas. Numa delas,
porém, aconteceria uma tragédia: militantes da Milícia de Libertação Islâmica
invadiram a casa com o objetivo de sequestrar Karim, um jovem libanês que morava com
Skiles e que era tratado como filho. Ninguém sabia, porém, que o menino era
irmão de um terrorista, fato que teria consequências futuras na história. Durante
a invasão, uma troca de tiros ocasionaria a morte de Nadia. Transtornado com a
tragédia, Skiles deixa Beirute e volta para os Estados Unidos. Dez anos depois, a CIA o procura e pede sua ajuda para
libertar o agente Cal Riley (Mark Pellegrino), sequestrado por uma organização
terrorista. Skiles volta para o Líbano em companhia da agente Sandy Crowder
(Rosamund Pike), encarregada de chefiar a missão de resgate do agente Riley. Destaque especial para a atriz
inglesa Rosamund Pike, que se especializou nesse gênero de filme, desde “Jack
Reacher: O Último Tiro”, onde contracenou com Tom Cruise, e o recente “7 Dias
em Entebbe“. Bom lembrar também que Pike já havia sido indicado ao Oscar de
Melhor Atriz pelo filme “Garota Exemplar”, de 2014. Com muito suspense, uma boa
história e ótimas sequências de ação, “Beirute” é um entretenimento dos
melhores.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
O drama italiano “THE PLACE”, 2017, escrito e dirigido por Paolo Genovese (“Uma Famiglia
Perfetta”), é uma adaptação da série televisiva norte-americana “The Booth at the
End”, exibida durante 2011. É uma história bastante fantasiosa, inverossímel demais. The Place é um restaurante. Numa das mesas lá no fundo, um homem
misterioso (Valério Mastandrea) recebe algumas pessoas, ouve seus problemas, dá conselhos e
pede que revelem os seus desejos, o que fica parecendo mais um consultório de
psicanalista. Até aí tudo bem, mas só que ele diz poder atender aos desejos dessas
pessoas desde que elas façam o que ele ordenar. Por exemplo, uma freira tem o
desejo de reencontrar Jesus, só que, para isso, terá que perder a virgindade. Outro
“paciente” é um policial, que deseja encontrar o dinheiro de um roubo. Para
isso, terá que espancar alguém. Uma senhora pede a cura de seu marido, que está
com Alzheimer. O homem recomenda que ela coloque uma bomba num restaurante. E
por aí vai essa história bem maluca, mas até que assistível, pelo menos para
ver o que vai acontecer no desfecho. Como já deu para perceber, não é um
filme muito fácil de assistir, mas até que a proposta é interessante. Acho que
vale a pena arriscar. Eu não me arrependi de ter arriscado.
domingo, 8 de julho de 2018
Nos anos 60 e 70, o ator norte-americano
Burt Reynolds era idolatrado como galã e por sua atuação em filmes como “Amargo
Pesadelo” e “Agarre-me se Puderes”. Tantos anos depois, Reynolds volta – aos 82
anos, velho e alquebrado – à telinha como o astro principal do drama “O ÚLTIMO ASTRO DO CINEMA” (“The Last Movie
Star”), 2018, EUA, roteiro e direção de Adam Rifkin. Ele interpreta Vic
Edwards, um antigo ator de grande sucesso em Hollywood, mas que hoje está quase
esquecido e sem dinheiro. É como se fosse o próprio Burt Reynolds - não sei se o "sem dinheiro" pode ser aplicado ao astro. Vic mora em
Los Angeles e recebe um convite para ser homenageado no International Nashville
Filme Festival, em Nashville, a capital do Estado de Tenesse. Para enfatizar a
importância do tal festival, os organizadores mencionam no convite que Robert
De Niro e Clint Eastwood já tinham sido homenageados no evento. Com o incentivo
do amigo Sonny (Chevy Chase), Vic topa participar do festival. Quando chega a
Nashville, porém, percebe que algo está errado. Não é uma limusine que vem
pegá-lo e sim um carro caindo aos pedaços dirigido pela maluquinha Lil McDougal
(Ariel Winter), encarregada de ciceroneá-lo durante os dias de evento. Vic
descobre que não há tapete vermelho nem holofotes, mas um esquema dos mais
amadores. O roteirista e diretor Rifkin teve uma ótima ideia: pegou alguns
filmes antigos de Reynolds e, através de efeitos especiais muito bem feitos, fez
com que Vic contracenasse com o astro, como se estivesse no filme. Não duvido
que, por sua sensível interpretação, Burt Reynolds receba uma indicação ao Oscar
2019. Resumo da ópera: o filme é ótimo, tem muito humor, ótimos diálogos e um
elenco bastante afinado com Reynolds. Um filme muito agradável de assistir. Na verdade, achei um belo tributo àquele
que foi um dos grandes astros de Hollywood. Termino informando que o título em
português é de minha autoria, já que o filme ainda não chegou por aqui e,
portanto, não tem tradução oficial.
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