“COFFEE
& KAREEM”, 2020,
Estados Unidos, produção original Netflix, 1h28m, direção do canadense Michael
Dowse, seguindo roteiro de Shane Mack. Deixe de lado o seu orgulho de cinéfilo
amante de bons filmes e aproveite também para dar descanso aos seus neurônios. Trata-se
de uma comédia escrachada com roteiro estapafúrdio, repleta de palavrões e,
pior, ditos por um adolescente de 12 anos. James Coffee (Ed Helms, de “Se Beber
não Case”) é um policial de Detroit honesto e trapalhão. Ele vive um caso com a
viúva negra Vanessa (Taraji P. Henson, de “Estrelas Além do Tempo”), mãe de
Kareem (Terrence Little Gardenhigh), um garoto terrível metido a bandido
infantil. Ao surpreender a mãe transando com o policial, ele jura vingança. “Além
de policial, ele é branco”, diz o garoto para os delinquentes de uma gangue,
aos quais pede que deem um susto no namorado da mãe. Ao mesmo tempo, porém,
Vanessa pede a Coffee que se aproxime do garoto e faça amizade. O policial não
imagina em quantas confusões irá se meter com Kareem. E a situação piora ainda
mais quando ele descobre que sua chefe durona, a detetive Watts (Betty Gilpin),
está envolvida com um esquema de tráfico de drogas. Como comédia sem
compromisso, até que o filme funciona a contento, embora exija uma dose extra
de paciência para aturar tanta bobagem. Tem alguma ação, mas também muita enrolação. A Netflix que me desculpe, mas o
confinamento merecia coisa melhor.