“EU ME
IMPORTO” (“I CARE A LOT”), 2020, Estados Unidos, 1h59m, disponível na Netflix, roteiro
e direção do cineasta inglês J. Blakeson (“A 5ª Onda” e “O Desaparecimento de
Alice Creed”). “Eu Me Importo” acompanha a trajetória de Marla Grayson
(Rosamund Pike), responsável por um escritório especializado em curadoria de
incapazes. Um lucrativo negócio, mas o esquema que ela coloca em prática não é
nada honesto. Ela e sua sócia e namorada Fran (Eiza González) vão atrás de idosos
geralmente sem filhos ou parentes, pagam uma propina para uma médica declarar a
incapacidade deles e sugerir sua internação num asilo. Com o laudo médico,
Marla entra com uma ação na justiça para ganhar a curadoria do idoso. Depois
que o mesmo é internado, Marla e Fran se apropriam de todos os bens da vítima,
incluindo contas bancárias, imóveis, joias e quadros de valor. Enfim, depenam os coitados dos velhinhos. Tudo
vai indo bem, muito dinheiro entrando fácil, até que elas chegam até uma viúva rica
e solitária, Jennifer Peterson (Diane Wiest), dona de um patrimônio que inclui
até diamantes valiosos. Uma verdadeira mina de ouro. Só que há um porém. Jennifer não é tão solitária quanto
parece e muito menos indefesa. Como descobrirão mais tarde, por trás dos
negócios da idosa está uma gangue de poderosos mafiosos russos, chefiada por
Roman Lunyov (Peter Dinklage). Até o desfecho, as sócias golpistas não terão
sossego e terão que lutar muito para sobreviver. O filme é todo da inglesa
Rosamund Pike, atriz que já comprovou seu talento em vários filmes, inclusive em
“Garota Exemplar”, pelo qual foi indicada para o Oscar 2015 de Melhor Atriz.
Ela está ótima como a empresária fria e calculista que explora velhinhos
indefesos. Por esse papel, Rosamund foi indicada ao Globo de Ouro 2021 de Melhor
Atriz e, quem sabe, obter mais uma indicação ao Oscar. “Eu Me Importo” é um
misto de suspense e comédia, com ritmo ágil e muitas surpreendentes
reviravoltas que valorizam ainda mais o filme como um entretenimento de
primeira. Diversão e suspense garantidos.