
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
“UM
AUTÊNTICO VERMEER” (“EEN ECHTE VERMEER”), 2016, Holanda, 1h55m, roteiro
e direção de Rudolf Van Den Berg. Trata-se de uma história baseada em fatos
reais, ou seja, a trajetória do pintor holandês Han Van Meegeren (Jeroen
Spitzenberger), que ficou famoso na Amsterdã dos anos 20 do século passado por
apresentar, em suas telas, um estilo semelhante aos grandes pintores clássicos holandeses
do Século 17, Rembrandt e Johannes Vermeer. Seu sucesso, porém, teria vida
curta, principalmente depois que conheceu e se apaixonou pela atriz de teatro
Jolanka Lakatos (Lize Feryn), casada com Abraham Bredius (Porgy Franssen), o
mais importante marchand e crítico de
arte da Holanda. Enciumado pelo assédio de Meegeren sobre sua esposa, Bredius
destruiu a carreira de Meegeren, que resolveu se vingar não apenas tornando-se
amante de Jolanka, como também pintando telas falsas de Vermeer para o oponente
comercializar como sendo verdadeiras. O filme acompanha a trajetória de
Meegeren até depois da Segunda Guerra Mundial, quando ele é julgado como
suspeito de colaborar com o exército nazista que ocupou a Holanda durante o
conflito - ele presenteou os oficiais alemães e até Hitler com algumas de suas
obras. O diretor holandês Van Den Berg (“Süskind” e “Tirza”) acertou ao
escolher uma história tão interessante e pouco conhecida. Acertou também na
escolha do elenco, na fotografia e, principalmente, na reconstituição de época –
figurinos e cenários. Por aqui, o filme foi exibido durante a programação oficial
da 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Vale a pena assistir!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
“ROMA”, 2018, México, 2h15m, produção e distribuição da Netflix, roteiro e direção de Alfonso
Cuarón. Totalmente filmado em preto e branco, esse maravilhoso drama recebeu
nada menos do que 10 indicações para disputar no Oscar 2019. Banido do Festival
de Cannes 2018 por ser da Netflix, “Roma” conquistou o Leão de Ouro como Melhor
Filme no Festival de Veneza e foi eleito o melhor longa-metragem de 1918 por
críticos de Nova Iorque, São Francisco, Los Angeles e Chicago. Ao assistir “Roma”,
fiquei propenso a acreditar que o diretor mexicano estava fazendo uma homenagem
a “Roma, Cidade Aberta” (1947), um clássico do neorrealismo italiano dirigido por
Roberto Rosselini. Ledo engano. Cuarón escreveu o roteiro inspirado na sua
infância, quando morava com sua família em Colônia Roma, um bairro de classe
média na Cidade do México. A personagem principal da história, Cleo (Yalitza
Aparício), por exemplo, foi baseada na sua antiga babá Libo. Tudo gira em torno
de Cleo, a babá e empregada da família, na verdade o braço direito de Sofia
(Marina de Tavira), a patroa da casa. O filme é ambientado nos primeiros anos da
década de 70, quando o México vivia um momento de grave instabilidade política,
com manifestações de trabalhadores e estudantes. Numa dessas manifestações, um
grupo de paramilitares assassinou 120 manifestantes, a maioria estudantes. Cuarón
toca nessa ferida e em outras mais. Porém, o foco central do filme é realmente o
relacionamento entre os familiares e Cleo, a cumplicidade que os une, sem
distinção de classe, puro amor fraternal. Nesse contexto, o filme reserva
momentos de grande sensibilidade capazes de emocionar até mesmo o espectador
menos sensível. Enfim, uma beleza de filme, cinema da mais alta qualidade.
Imperdível! (só para lembrar: Cuarón já conquistou três prêmios Oscar com “Gravidade”,
de 2014: Direção, Filme e Montagem).
domingo, 17 de fevereiro de 2019
“POLAR”, produção
da Netflix, é um filme de ação baseado na Graphic
Novel “Polar: Came From the Cold”, da Editora Dark House. Sua estreia
mundial aconteceu no dia 25 de janeiro de 2019. A história é centrada em Duncan
Vizla, o “Kaiser Negro” (o ator dinamarquês Mads Mikkelsen), um assassino
profissional chegando aos 50 anos e prestes a se aposentar. Ele trabalha para
Blut (Matt Lucas), um sanguinário chefe de uma quadrilha que se nega a pagar o
valor exigido pelo “Kaiser Negro” como prêmio aos serviços prestados. Blut
então convoca sua equipe de assassinos para eliminar Vizla. É ação o tempo
inteiro, muita violência explícita (o sangue jorra na tela) e cenas de sexo
bastante fortes. Portanto, ao assistir, tire as crianças da sala. A direção
ficou por conta do diretor sueco Jonas Akerlund, que há muitos anos está
radicado nos Estados Unidos, onde é mais conhecido como realizador de filmes de
curta-metragem e videoclipes. Embora massacrado pela crítica especializada, eu
achei “Polar” um ótimo entretenimento como filme de ação, sem contar que o
elenco é ótimo: além de Mikkelsen - que arrasa em qualquer papel - e Matt Lucas, atuam Vanessa Hudgens, a
loiraça Katheryn Winnick e veteraníssimo Richard Dreyfuss, que demorei a reconhecer. Diversão
garantida!
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