sábado, 30 de julho de 2022

 

Quem curte um bom filme de ação vai se deliciar com “AGENTE OCULTO” (“THE GRAY MAN”), 2022, coprodução Estados Unidos/República Checa, 2h02m, disponível na plataforma Netflix, direção dos irmãos Joe e Anthony Russo (“Capitão América” e “Vingadores”), que também assinam o roteiro com a colaboração de Christopher Markus e Stephen McFeely. A história foi inspirada no livro homônimo de 2009 escrito por Mark Greaney. O elenco é de primeira: Ryan Gosling, Ana de Armas, Chris Evans (“Capitão América”), Billy Bob Thornton, Regé-Jean Page, Julia Butterrs, Jessica Henwick, Alfre Woodard e o brasileiro Wagner Moura, cada vez mais requisitado pelo cinema norte-americano. Anunciado como o filme original mais caro da história da Netflix – 200 milhões de dólares -, “Agente Oculto” realmente não economizou, como comprovam, além do elenco estrelado, as locações em vários países, começando pelos Estados Unidos e percorrendo França, Tailândia, Áustria, Croácia, China e República Tcheca. Vamos à história. Court Gentry (Gosling), um jovem presidiário cumprindo pena por homicídio, é recrutado pela CIA para se transformar em um agente oculto, ou seja, ninguém saberá sua identidade. Será conhecido apenas como “Sierra 6”. Seu trabalho compreenderá sair pelo mundo afora assassinando autoridades ou chefes de organizações criminosas. O filme dá um salto de 18 anos e Court aparece em mais uma missão importante na capital tailandesa Bangkok. Só que a vítima é um ex-agente da CIA que mantinha em seu poder um pen drive com informações que incriminam agentes do alto escalão da agência. Com o pen drive em suas mãos, Court será alvo de mercenários internacionais, entre os quais Lloyd Hansen (Chris Evans, ótimo), ex-agente da CIA e líder de uma organização criminosa internacional. As cenas de ação são de tirar o fôlego, principalmente aquelas de perseguição em Praga e Viena. Diante do grande sucesso alcançado pelo filme, a Netflix já anunciou que pretende produzir uma sequência. Vamos aguardar.     

 

 

sexta-feira, 29 de julho de 2022

 

“BATALHA BILIONÁRIA: O CASO GOOGLE EARTH” (“THE BILLION DOLLAR CODE”), 2021, Alemanha, produção original da Netflix, minissérie com 4 capítulos, direção de Oliver Ziegenbale, que também assina o roteiro com a colaboração de Robert Thalheim. A minissérie, toda baseada em fatos reais, conta a incrível história de Carsten e Juri Müller, dois jovens que, no início dos anos 90 – logo após a queda do muro de Berlim -, criaram o algoritmo que daria origem ao Terra Vision, que depois serviria como base para a criação do Google Earth. O roteiro acompanha o trabalho dos jovens gênios em informática e sua excêntrica equipe desde o início do projeto, a fundação da empresa Art+Com., a apresentação à Deutsch Telekon, que viria a entrar com o investimento, até os preparativos para o início do processo judicial contra a Google por violação de patente, culminando com o julgamento nos Estados Unidos, acompanhado com grande interesse pela mídia mundial. Além do primoroso roteiro, há que se destacar o ótimo elenco, capitaneado por Mark Waschke (Carsten moço), Leonard Scheicher (Müller moço), Marius Ahrendt (Carsten mais velho) e Misel Maticevic (Müller mais velho). Também aparecem com grande destaque Lavinia Wilson, como a advogada Lea Hauswirth, e Selminas Sargent, como o advogado Eric Stears. Não tenho dúvida em afirmar que esta é melhor minissérie lançada pela Netflix este ano, não só pela incrível história, como também pela competente realização. Imperdível!

terça-feira, 26 de julho de 2022

 

“ÚLTIMA CHANCE” (“LINE OF DUTY”), 2019, coprodução Estados Unidos/Inglaterra, 1h38m, disponível na plataforma Netflix, direção de Steven C. Miller, seguindo roteiro escrito por Jeremy Drysdale. Trata-se de uma comédia policial com muita ação e suspense. A história é centrada no policial Frank Penny (Aaron Eckhart), que durante uma perseguição acaba matando um suspeito. Frank não sabia que o morto era o sequestrador da filha do capitão Volk (Giancarlo Esposito) e que só ele sabia o local onde a menina está prisioneira. Pior: chegou para a polícia a informação de que a vítima estaria presa em um tipo de aquário que aos poucos se encheria de água. Uma situação realmente desesperadora. Ao lado da jovem Ava Brooks (Courtney Eaton), repórter de um site da internet, Frank fará de tudo para encontrar a menina sequestrada. Com uma câmera na mão, Ava filma toda a ação, acompanhada ao vivo pelos canais de tv e pela internet. Completam o elenco Ben McKenzie, Dina Meyer, Jessica Lu e Nishelle Williams. As cenas transcorrem em ritmo alucinante até o desfecho, com perseguições, tiroteios nas ruas, pancadaria e muito humor. Não dá para piscar! Méritos para o diretor Steven C. Miller, craque em filmes de ação, como já comprovou em "Assalto ao Poder", "Rota de Fuga 2" e "Caçada Brutal", entre outros. Diversão garantida. Não perca!

 

“SPIDERHEAD”, 2022, Estados Unidos, 1h47m, disponível na plataforma Netflix, direção de Joseph Kosinski (“Top Gun: Maverick”). O roteiro, assinado por Paul Wernick e Rhett Reese, foi inspirado no conto “Escape from Spiderhead”, escrito por George Saunders e publicado em 2010 na Revista The New Yorker. Confesso que logo me invoquei com o título, que na tradução literal fica “Cabeça de Aranha”. Em todo caso, segui adiante e tive a oportunidade de assistir a um filme de ficção científica muito interessante, com bastante suspense e cenas de muito impacto. O filme é ambientado em uma penitenciária futurista instalada em uma ilha distante do continente. Nela, detentos voluntários recrutados em prisões normais – atraídos pela diminuição de suas penas – concordam em participar de um projeto inovador com drogas que estimulam as emoções e sentimentos. Através de um dispositivo instalado no fim da coluna vertebral, os detentos – ou as cobaias – são levados a sentir pânico, medo, fome, desejo sexual, alegria e a se tornar violentos. Quem comanda o espetáculo é o cientista Steve Abnesti (Chris Hemsworth), ao lado do seu assistente Mark (Mark Paguio). Entre os detentos submetidos aos testes estão Jeff (Miles Teller), Lizzy (Jurnee Smollett), Heather (Tess Halbrich), Rogan (Nathan Jones) e Sarah (Angie Milliken). Embora o ator grandalhão Chris Hemsworth, o “Thor” não combine fisicamente com um cientista, sua atuação é ótima, assumindo às vezes uma postura sádica e outras como um cientista que pretende colaborar com a humanidade. Outra boa atuação é a de Miles Teller, conhecido pela série “Divergente” e pelos filmes “Quarteto Fantástico” e “Whiplash”. Como escrevi no início, “Spiderhead” é um filme de ficção bastante interessante e vale ser conferido.             

 

domingo, 24 de julho de 2022

 

“O CRIME DE GEORGETOWN” (“GEORGETOWN”), 2019, Estados Unidos, 1h39m, disponível na plataforma Amazon Prime Video, filme de estreia na direção do ator austríaco Christoph Waltz, com roteiro assinado por David Auburn, inspirado em artigo do jornalista Franklin Foer para a New York Times Magazine. A história é ótima – ainda mais por ser baseada em fatos reais -, o roteiro é primoroso e um trio de atores do mais alto nível: o próprio Christoph Waltz, Vanessa Redgrave e Annette Bening. Juntos e misturados, todos esses aspectos fazem de “Georgetown” um grande filme. Na história que realmente aconteceu, o personagem principal é Albrecht Gero Muth, um pilantra mentiroso e alpinista social, que em 1991, aos 26 anos, casou com a socialite e milionária Viola Hermes Drath (1920-2011), então com 71 anos, uma figura de destaque na elite da capital Washington. Em 2011, Viola foi encontrada morta e Muth acusado de tê-la assassinada. No mesmo ano, ele foi preso e condenado a 50 anos de prisão. Essa história foi adaptada pelo roteirista David Auburn, sendo que no filme Albrecht virou Ulrich Mott (Christoph Waltz) e Viola virou Elsa Brecht (Vanessa Redgrave). O filme conta as façanhas mentirosas de Ulrich, a maior delas ter sido general do exército iraquiano e herói de guerra. Há muitas outras incríveis de acreditar. E, dessa forma, Ulrich conseguiu enganar ministros, embaixadores e empresários, até o assassinato da esposa, quando foi devidamente desmascarado. Também com atuação magistral no filme está a atriz Annette Bening como Amanda Brecht, a filha única de Elsa que sempre foi contra o casamento da mãe com Ulrich, de quem suspeitava ser um pilantra, o que se comprovaria posteriormente. Achei muito estranho o filme não ter recebido indicações ao Oscar. Recém-lançado pela Amazon, “Georgetown” é uma ótima opção para quem curte cinema de alta qualidade. IMPERDÍVEL!, assim mesmo, com letras maiúsculas.