“O CRIME DE GEORGETOWN” (“GEORGETOWN”), 2019,
Estados Unidos, 1h39m, disponível na plataforma Amazon Prime Video, filme de
estreia na direção do ator austríaco Christoph Waltz, com roteiro assinado por
David Auburn, inspirado em artigo do jornalista Franklin Foer para a New York
Times Magazine. A história é ótima – ainda mais por ser baseada em fatos reais
-, o roteiro é primoroso e um trio de atores do mais alto nível:
o próprio Christoph Waltz, Vanessa Redgrave e Annette Bening. Juntos e misturados,
todos esses aspectos fazem de “Georgetown” um grande filme. Na história que
realmente aconteceu, o personagem principal é Albrecht Gero Muth, um pilantra mentiroso
e alpinista social, que em 1991, aos 26 anos, casou com a socialite e milionária
Viola Hermes Drath (1920-2011), então com 71 anos, uma figura de destaque na elite
da capital Washington. Em 2011, Viola foi encontrada morta e Muth acusado de tê-la
assassinada. No mesmo ano, ele foi preso e condenado a 50 anos de prisão. Essa
história foi adaptada pelo roteirista David Auburn, sendo que no filme Albrecht
virou Ulrich Mott (Christoph Waltz) e Viola virou Elsa Brecht (Vanessa
Redgrave). O filme conta as façanhas mentirosas de Ulrich, a maior delas ter
sido general do exército iraquiano e herói de guerra. Há muitas outras incríveis
de acreditar. E, dessa forma, Ulrich conseguiu enganar ministros, embaixadores
e empresários, até o assassinato da esposa, quando foi devidamente desmascarado. Também com atuação magistral no
filme está a atriz Annette Bening como Amanda Brecht, a filha única de Elsa que
sempre foi contra o casamento da mãe com Ulrich, de quem suspeitava ser um
pilantra, o que se comprovaria posteriormente. Achei muito estranho o filme não
ter recebido indicações ao Oscar. Recém-lançado pela Amazon, “Georgetown” é uma
ótima opção para quem curte cinema de alta qualidade. IMPERDÍVEL!, assim mesmo,
com letras maiúsculas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário