“4 LATAS”, 1h44,
Espanha, roteiro e direção de Gerardo Olivares. Produzido pela Netflix, sua
estreia mundial aconteceu no dia 12 de julho de 2019. Trata-se de uma comédia road
movie que começa quando dois amigos, Jean Pierre (o ator francês Jean Reno) e Tocho (o ator li banês naturalizado espanhol Hovic
Keuchkerian), recebem a notícia de que um grande amigo de ambos, Joseba
(Enrique San Francisco), está à beira da morte. Só que tem um grande problema:
Joseba mora em Tombuctu, no Mali (África), distante 2.544 km da Espanha. Como
faziam antigamente junto com Joseba, Jean Pierre e Tocho resolvem ir de carro
e compram um veículo que havia participado de um rallie no deserto nos anos
80. O nome do veículo, 4 Latas, virou o título original do filme. Durante os
preparativos da viagem, Jean Pierre e Tocho convencem a filha do amigo doente a
ir com eles. Ely (Susana Abaitua) finalmente terá a oportunidade de conhecer o
pai, que a abandonou ainda criança para viver com outra mulher em Tombuctu.
Começa a longa viagem através do Deserto do Saara, passando por Marrocos e Argélia.
Ao longo desses dias, os viajantes terão a oportunidade de passar por momentos
perigosos, incluindo os guerrilheiros tuaregues, falhas mecânicas, falta de
água e até um contrabandista francês que anos antes tinha sido roubado por Jean
Pierre. Tudo isso levado adiante com humor, ação e aventura. Enfim, um filme
muito agradável de assistir
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
terça-feira, 20 de agosto de 2019
“O GÊNIO E O LOUCO” (“THE
PROFESSOR AND THE MADMAN”), 2019, EUA, 2h04m, direção do cineasta iraniano
Farhad Safinia (sua estreia em longas), que também assina o roteiro com a colaboração
de Todd Komarnicki. O filme, baseado em fatos reais relatados no livro homônimo
escrito por Simon Winchester, conta a emocionante história de que como foi elaborada
a 1ª edição do Oxford Dictionary of English. Para tornar o filme ainda melhor,
dois grandes atores foram recrutados para protagonizar os personagens
principais: Sean Penn e Mel Gibson. E ambos têm uma atuação espetacular. Tudo começa em 1857, quando o professor e
filólogo James Murray (Gibson) é contratado pela Universidade de Oxford
(Inglaterra) para compilar as palavras inglesas atuais e de séculos anteriores
com o objetivo de elaborar um grande dicionário da língua inglesa. Com a desconfiança de alguns
diretores de Oxford, Murray iniciou os trabalhos com a ajuda de apenas dois
assistentes. Com o decorrer dos primeiros anos, ficou claro que seria
impossível realizar esse trabalho com apenas três pessoas. Murray, então, teve
a ideia de convocar a população da Inglaterra a colaborar. O mais incrível é
que o melhor dos colaboradores, responsável por enviar 10 mil verbetes, foi um
presidiário de um hospital psiquiátrico, o dr. William Chester Minor (Penn),
ex-médico do exército norte-americano cumprindo pena por assassinato. O filme
dá destaque à amizade de Murray e o dr. Minor, o que garante algumas cenas
bastante comoventes. Outro destaque é a forte ligação do dr. Minor com a viúva
do homem que ele matou, Eliza Merrett (Natalie Dormer), para a qual ele
destinou para o resto da vida a sua pensão militar. A primeira edição do dicionário
completo só seria lançada em 1888 e Murray fez questão de homenagear Minor colocando
seu nome como principal colaborador. O elenco do filme contou ainda com Steve
Coogan, Jennifer Ehle, Eddie Marsan, Jeremy Irvine, Stephen Dillane e Ioan Gruffudd.
A história é incrível, fascinante, e o desempenho de Penn e Gibson é
extraordinário, tornando “O Gênio e o Louco” um filme simplesmente imperdível.
domingo, 18 de agosto de 2019
Representante da Polônia na
disputa de três indicações ao Oscar 2019, “GUERRA FRIA” (“ZIMNA WOJNA”) teve
a direção e roteiro do diretor Pawel Pawlikowski (“Ida”, também escrito e
dirigido por Pawel, ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015). Com um
pano de fundo essencialmente político, “Guerra Fria” conta uma história de amor
envolvendo Wiktor (Tomasz Kot) e Zula (Joanna Kulig). O filme acompanha a trajetória
do casal durante 15 anos, de 1949 até 1964, período em que viveram uma paixão
tumultuada, de encontros e desencontros. Em 1949, quando dirigia uma companhia
de música intitulada Mazurek Ensemble, Wiktor conheceu a ainda jovem Zula entre
os candidatos recrutados na zona rural da Polônia. Enquanto os dois se
apaixonam, a companhia é obrigada a criar espetáculos que enalteçam o grande
chefe Stalin, além de dignificar a vitória do proletariado e a glorificação do
regime comunista. Acusado de espionagem, Wiktor consegue fugir para Paris sem
Zula, que havia prometido ir com o amante. Wiktor acaba trabalhando como
pianista de jazz em night-clubs em Paris, além de compor trilhas sonoras para
filmes franceses. Enquanto isso, Zula continuou participando da companhia de música,
para depois seguir carreira-solo como cantora, fazendo enorme sucesso em toda a
Europa. Mesmo casada, Zula sempre encontra uma maneira de rever o antigo namorado,
seja em Paris, Berlim ou Belgrado. Filmado totalmente em preto e branco, com
uma fotografia espetacular, “Guerra Fria” foi indicado ao Oscar 2019 em três
categorias: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Diretor e Melhor Fotografia. Pawel
recebeu o prêmio de Melhor Diretor no 71º Festival de Cannes, em 2018, sendo o
filme premiado em vários outros festivais pelo mundo afora. Quem gosta de
curtir filmes de alta qualidade não deve perder.
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