“UMA MÃE PERFEITA” (“UNE
MÈRE PARFAITE”),
2022, França/Alemanha/Bélgica, minissérie em quatro capítulos, direção de
Frédéric Garson, seguindo roteiro assinado por Carol Noble e Thomas Boulle. A
história foi inspirada no livro homônimo escrito por Nina Darnton, baseada no
famoso caso da jovem norte-americana Amanda Knox, presa na Itália em 2007
acusada de um assassinato. Na minissérie, recentemente lançada pela Netflix, o
pano de fundo é um drama policial centrado na família Berg, residente em
Berlim. Quando recebem a notícia de que sua filha Anya Berg (Eden
Ducourant) é presa em Paris, acusada de assassinato, a mãe, Hélène Berg (Julie
Gayet, ótima), pega o primeiro voo rumo à capital francesa. O marido, Mathias
Berg (Andreas Pietschmann) e o filho, Luckas (Maxim Driesen), ficam em Berlim. Como
é proibida de ver a filha, Hélène procura o advogado Vincent Duc (Tomer
Sisley), seu ex-namorado da época em que ainda vivia em Paris. Enquanto isso, na delegacia, Anya é submetida a
vários interrogatórios e cai em contradição várias vezes, confundindo o
inspetor Mani (Cyril Gueï), responsável pela investigação. A vítima do crime é
um rapaz de uma importante família francesa, o que complica ainda mais a
situação de Anya. Aos poucos, a abordagem policial da minissérie logo se
transforma em um drama familiar, expondo as mazelas da família Berg. Até o fim,
mesmo com as evidências incriminando Anya, incluindo sua relação com um
traficante, Hélène defenderá a filha com unhas e dentes. Também estão no elenco
Inès Spiridonov e Julien Lopes. A cena final dá a entender que haverá uma
segunda temporada, o que eu não acredito. De qualquer forma, a minissérie não chega a decepcionar.