De vez em quando é até
saudável assistir a um filme que não exija nenhum esforço dos seus neurônios.
Um filme de ação, por exemplo, como “A
JUSTICEIRA” (“PEPPERMINT”), 2018, EUA, 1h35m, direção de Pierre Morel e
roteiro de Chad St. John. A dona de casa Riley North (Jennifer Garner) presencia
o assassinato de seu marido e de sua filha num parque de diversões. Depois de
sair do coma, pois também foi atingida pelos tiros, ela vai à delegacia e
reconhece cada um dos quatro matadores, todos pertencentes à gangue do poderoso
traficante Diego Garcia (Juan Pablo Raba). Eles vão a julgamento e são absolvidos,
enquanto Riley é considerada incapaz e acaba confinada numa instituição psiquiátrica.
Corte rápido! O filme avança cinco anos e Riley volta a Los Angeles a fim de se
vingar. Não vai escapar ninguém: os matadores, o mandante, o promotor, o
advogado de defesa dos bandidos e o juiz. De vítima, Riley transforma-se em assassina
serial, mobilizando a polícia local e também o FBI. Muita ação, tiros,
pancadaria, sangue jorrando e, para lavar a alma do espectador, muitos bandidos
mortos. A história não é nenhuma novidade. Já vimos vinganças semelhantes em “Desejo
de Matar”, com Charles Bronson, e o recente remake
com Bruce Willis. E também em “Valente”, onde a justiceira é interpretada
por Jodie Foster. Aos 46 anos, Jennifer Garner está em plena forma física – e que
forma! – e continua muito bonita e sensual. As cenas de ação são ótimas, pois o
diretor Pierre Morel é especialista no gênero (“O Franco Atirador”, “Busca
Implacável” e “Dupla Implacável”), assim como o roteirista Chad St. John (“Invasão
a Londres”). Um dos meus dois neurônios foi ativado quando o filme terminou:
como é que uma dona de casa, de uma hora para outra, transforma-se numa especialista
em armas pesadas e perita em artes marciais? De qualquer forma, é um ótimo filme
de ação.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
“AMANDA” é um drama francês de
2018 escrito e dirigido por Mickhaël Hers (“Aquele Sentimento do Verão”). Depois
da morte de Sandrine (Ophélia Kolb), sua irmã mais velha e mãe solteira, a quem era muito
próximo, David (Vincent Lacoste), um jovem de 24 anos, se vê obrigado a criar a
sobrinha órfã Amanda (Isaure Multrier), de 7 anos. A história do filme é toda
centrada na relação de amor e companheirismo de tio e sobrinha, o que garante momentos
bastante comoventes, graças à interpretação de Vincent Lacoste, o ator jovem do
momento na França, e, principalmente, da atriz mirim Isaure Multrier. Difícil
não se emocionar com a atuação dessa menina. Como também não é difícil de se
emocionar com a presença da bela atriz italiana Greta Scacchi, que chega perto
dos 60 anos com uma beleza ainda digna de uma grande diva que foi nos anos
80/90. Em “Amanda”, ela interpreta a mãe ausente de David que mora em Londres. “Amanda”
também explora os atos terroristas ocorridos recentemente na França, num dos
quais foi morta Sandrine, mãe de Amanda. O filme é excelente. Comovente sem cair no melodrama. Por aqui, foi exibido na programação oficial da 42ª Mostra
Internacional de Cinema em São Paulo, em outubro de 2018. Programão!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
“ONDE
ESTÁ KYRA?” (“WHERE IS KYRA?”), 2017, EUA, 1h38m, roteiro e
direção do cineasta nigeriano Andrew Dosunmu, mais conhecido por ter dirigido videoclipes
para vários artistas, entre os quais Tracy Chapman, Isaac Hayes e Aaron
Neville. Nesta produção independente, que estreou no Festival de Sundance 2017,
Dosunmu conta a história de Kyra (Michele Pfeiffer), uma mulher de meia-idade solitária,
desempregada, cheia de dívidas e que vive exclusivamente para cuidar da mãe
doente. Quanto esta falece, Kyra descobre a chance de ganhar um dinheiro
mensal. Ela não comunica a morte às autoridades e se disfarça de velhinha para
receber os cheques da pensão. Em meio à fraude, Kyra conhece Doug (Kiefer
Sutherland), outro fracassado na vida. Juntou a fome com a vontade de comer, e
os dois iniciam um romance. Doug descobre a mutreta de Kyra e pede a ela que
desista de continuar, pois se descobrirem é cana certa. Será? Michelle Pfeiffer
está muito longe da loira linda e glamorosa da forma como aparece na maioria
dos seus filmes. Ela está até feia, magra demais, cabelos escuros e com o rosto
encovado. Mas sua performance é excelente, tanto que a crítica especializada já
está achando que Michelle será indicada para o Oscar 2019. Vamos aguardar. Resumo
da ópera: trata-se de um drama filmado de forma esquisita, sombrio e
depressivo, desagradável de assistir. Em todo caso, elogiado pelos críticos.
Mesmo com a presença de Michelle, duvido que o filme seja exibido por aqui no
circuito comercial.
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