“SPECIAL CORRESPONDENTS” (“Correspondentes Especiais”,
na tradução literal) é mais uma produção
da Netflix, cujo lançamento aconteceu diretamente na TV dia 29 de abril de 2016.
Não sei se terá exibição por aqui no circuito comercial, o que seria uma pena
se não acontecer. Vamos aguardar. Trata-se de uma comédia escrita e dirigida
por Ricky Gervais, que também atua como um dos protagonistas principais. O repórter
Frank Bonneville (Eric Bana) e o técnico de som Ian Finch (Gervais) trabalham
numa pequena emissora de rádio de Nova Iorque. Com o objetivo de aumentar os índices de audiência, Geoffrey Mallard (Kevin Pollak), diretor da emissora,
envia Frank e Ian para o Equador (apesar do mesmo nome, é um país fictício),
que vive momentos de tensão por causa de um grupo de guerrilheiros que pretende
iniciar uma revolução e derrubar o governo. No caminho do aeroporto, porém, acontece
um acidente e Frank e Ian não conseguem embarcar. Não querendo decepcionar seus
superiores, os dois resolvem forjar que chegaram ao Equador e montam um estúdio
no andar superior de um restaurante. Logo em seguida, começam a transmitir flashes
ao vivo, com direito a notícias falsas e sonoplastia especial. A situação rende
momentos hilariantes. Enquanto isso, Eleonor Finch (a ótima Vera Farmiga), esposa de
Ian, aproveita a situação para ganhar dinheiro e aparecer na mídia. Garanto: é
uma comédia bem divertida, o que é raridade hoje em dia.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
terça-feira, 31 de maio de 2016
“O CIDADÃO DO ANO” (“KRAFTIDIOTEN”), 2014, Noruega, direção de Hans Peter
Moland, estreou no Festival de Berlim 2014. Trata-se de um filme de ação, recheado de humor negro. Nils Dickman
(Stellan Skarsgard) é um trabalhador dedicado e competente. Há muitos anos que
sua tarefa é eliminar a neve nas estradas de uma região montanhosa da Noruega.
Começa o filme com Nils sendo homenageado pelas autoridades locais com o título
de “Cidadão do Ano” em reconhecimento ao seu trabalho. Nils almeja se aposentar
e viver uma vida tranquila ao lado da esposa. Tudo vai bem até chegar a notícia
de que seu filho Ingvar (Aron Eskeland) aparece morto. Segundo a polícia, a
morte foi causada por overdose de drogas. Nils não aceita essa versão oficial e
resolve ir atrás da verdade. E parte para a vingança, mesmo depois de descobrir
que os responsáveis pertencem à perigosa máfia norueguesa comandada por Greven
(Pal Sverre Hagen). A máfia sérvia, chefiada por Papa (o ótimo ator suíço Bruno
Ganz), acaba se envolvendo na história e a confusão aumenta ainda mais. O
cenário de violência e matança, que lembra o estilo Tarantino, é amenizado por
toques de humor negro da melhor qualidade. Após cada execução – e são muitas –,
a tela seguinte fica negra, destacando-se uma cruz acompanhada do nome da
vítima. Enfim, um ótimo filme de ação que merece ser visto, ainda mais pelo
desempenho do ator sueco Stellan Skarsgard, de “Ninfomaníaca” e “Os Vingadores”.
domingo, 29 de maio de 2016
“APRENDENDO COM A VOVÓ” (“Grandma”), EUA,
2015, escrito e dirigido por Paul Weitz (“Entrando numa Fria Maior ainda com a
Família” e “Tudo pela Fama”). Embora o título nacional faça parecer que é uma
comédia do tipo sessão da tarde, o filme é um drama, incrementado com alguns bons
momentos de humor. A poetisa Elle Reid (Lily Tomlin), em depressão após a morte
da companheira com quem viveu 38 anos e recém-separada de Olivia (Judy Greer),
recebe a visita da neta Sage (Julia Garner), que lhe pede ajuda para financiar
um aborto. A avó não tem o dinheiro necessário para pagar o procedimento, mas
resolve ajudar Olivia. Avó e neta partem em busca desse dinheiro, recorrendo a
antigos amigos e até a um antigo namorado, Karl (Sam Elliott, que de ator machão em filmes de cowboy passou a galã da terceira idade). No meio do
caminho, elas também recorrem à mãe de Sage, Judy (Marcia Gay Harden), uma
executiva de sucesso que nunca ligou para a filha e cuja relação cm Elle também não era das melhores. Resumo da ópera: trata-se de
um filme sério, que aborda com sensibilidade e humor temas como lesbianismo, aborto e
relacionamento familiar, valorizado pelo ótimo desempenho das atrizes. Curiosidade:
o carro utilizado pela avó para pegar estrada com a neta é um Dodge Royal
modelo 1955, pertencente à própria Lily Tomlin. Por esse papel, aliás, ela foi
indicada ao Globo de Ouro 2016 como Melhor Atriz. Um filme muito agradável de
assistir.
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