sábado, 8 de julho de 2023

 

“ALERTA MÁXIMO” (“PLANE”), 2023, coprodução Estados Unidos/Inglaterra, 1h48m, lançamento do Prime Vídeo, direção do cineasta francês Jean-François Righet, seguindo roteiro assinado por Charles Cumming e J.P. Davis. O ator escocês Gerard Butler retorna a mais um filme de ação, gênero que o catapultou para o estrelato. Desta vez, ele é o piloto Brodie Torrance, da empresa Trailblazer Airlines. Seu próximo voo, o 119, decolará de Singapura com destino a Honolulu. Além do copiloto Dele (Yoson An), estão a bordo três comissárias e 19 passageiros, um deles Louis Gaspare (Mike Colter), transportado por um agente do FBI por uma acusação de homicídio. Antes de continuar o comentário, devo citar a famosa Lei de Murphy (aquela que diz “Se algo pode dar errado, dará”), que se aplica com perfeição à história. Logo de cara, o avião entra em uma tempestade e, durante os fortes solavancos, morrem o agente do FBI e uma comissária. Como se não bastasse, um raio atinge a aeronave, afetando todos os seus comandos, o que leva o comandante a decidir por um pouso forçado. Ele escolhe uma terra firme qualquer e consegue pousar. O que não se imagina é que a ilha está nas mãos de violentos milicianos filipinos que lutam contra o governo estabelecido. Desgraça atrás de desgraça, o filme segue com muito suspense e ótimas cenas de ação. Aliás, a ação corre solta desde o início, destacando-se a excelente cena em que o avião é envolvido pela tempestade. De tirar o fôlego! O elenco ainda traz Tony Goldwyn, Daniela Pineda, Evan Dane Taylor e Paul Ben-Victor. Por causa de todos esses ingredientes, “Alerta Máximo” recebeu incríveis 95% de aprovação no rigoroso site Rotten Tomatoes e, entre os críticos, conquistou 74% de avaliações positivas. Imperdível!      

 

 

 

                

 

 

                   

                    

quinta-feira, 6 de julho de 2023

 

“CHAMAS DA FÚRIA” (“DAS FLAMMENMÄDCHEN”), 2021, Áustria, 1h30m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Catalina Molina, cineasta argentina radicada em Viena (Áustria). Trata-se de um suspense policial que entrega o vilão – no caso, a vilã - já no começo do filme. Resta ao espectador aguardar pelas respostas: Por que ela fez o que fez e como a polícia agirá para chegar até ela? Estamos em Salzburgo, famosa por ser a cidade natal de Mozart. Um incendiário já colocou fogo em casas, celeiros, barracões, provocando medo na população, apesar de que o fogo só consumiu imóveis abandonados, ou seja, em nenhum dos casos houve vítimas. Franziska “Franzi” Hilmayr (Stefanie Reinsperger), chefe da polícia local, não conseguiu nenhuma pista e, por isso mesmo, recebeu o reforço do agente federal Merana (Manuel Rubey) para ajudar nas investigações. O caso se complicou ainda mais quando mais uma casa abandonada é destruída por um incêndio, mas desta vez havia um cadáver carbonizado, justamente o filho do chefe dos bombeiros. A incendiária é Sophie (Annika Wonner), uma adolescente problemática órfã de mãe e filha de um alcóolatra. E por aí vai a história, repleta de reviravoltas, algum suspense e pouca substância. Ou seja, um filme que merece entrar na categoria dos esquecíveis, sem qualquer atrativo que mereça uma recomendação entusiasmada.     

segunda-feira, 3 de julho de 2023

 

“O PROTOCOLO DE AUSCHWITZ” (“THE AUSCHWITZ REPORT”), 2021, coprodução Eslováquia/Alemanha/ República Tcheca/Polônia, 1h36m, lançamento do Prime Vídeo, direção do cineasta eslovaco Peter Bebjak, que também assina o roteiro juntamente com Jozef Pastéka e Tomás Bombik. O filme relembra mais um acontecimento histórico importante ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial envolvendo o campo de concentração de Auschwitz, ao sul da Polônia, considerando o maior símbolo do holocausto perpetrado pela Alemanha Nazista. Dois jovens judeus eslovacos, Freddy (Noel Czuczor) e Walter (Peter Ondrejicka), prisioneiros do campo, conseguem fugir em 1944 e atravessar a fronteira para chegar à Eslováquia. Eles levavam documentos e relatórios denunciando as barbaridades praticadas em Auschwitz, apresentando-os às autoridades eslovacas, aos representantes dos países aliados e até à Cruz Vermelha Internacional. Por incrível que pareça, os dois foram desacreditados, ou seja, ninguém foi capaz de acreditar que as barbaridades descritas fossem verdadeiras, o que, naturalmente, causou mais mortes até o final da guerra, em maio de 1945. A história do filme se desenrola em três fases. A primeira, mostrando o dia a dia do campo de concentração, com cenas chocantes e perturbadoras. A segunda etapa acompanha a fuga de Freddy e Walter pela floresta até chegar à Eslováquia, ajudados por membros da resistência polonesa.  A terceira e última etapa apresenta os dois fugitivos tentando convencer as autoridades dos terríveis acontecimentos ocorridos em Auschwitz e também em Birkenau. Há que se destacar a estética desenvolvida pelo diretor Peter Bebjak, utilizando várias posições da câmera – há planos de cabeça para baixo -, muito diferente e mais criativa do que estamos acostumados a ver. Ponto para a coragem do diretor. Embora recebido com restrições pela crítica especializada, o filme foi selecionado para representar a Eslováquia na disputa do Oscar 2022 de Melhor Filme Estrangeiro. Eu gostei, mas alerto que não é um filme muito fácil de digerir. Se você assistir, não desligue antes dos créditos finais, pois neles aparecem falas legendadas de líderes mundiais sobre vários temas, incluindo o nosso glorioso presidente Jair Bolsonaro.