
sábado, 2 de agosto de 2014

sexta-feira, 1 de agosto de 2014
“A Ravina do Adeus” (“Sayonara
Keikoku”), 2013, é um drama japonês dos mais depressivos. Começa com a prisão
de Satomi Tachibana (Anne Suzuki), acusada de ter matado o próprio filho – o corpo
do bebê foi encontrado na tal ravina do título. A polícia continua as
investigações e chega ao casal Tanako (Yoko Maki) e Shunsuke (Shima Onishi),
moradores da casa vizinha. Shunsuke é levado a interrogatório e confessa que
estava tendo um caso com Satomi. Até aí, a coisa fica toda esclarecida. Depois,
porém, a história toma outro rumo e o casal passa a ser o foco central. Isto
porque o repórter Watanabe (Nao Omori), de um jornal local, descobre um fato
tenebroso envolvendo o passado de Shunsuke: na universidade, ele e mais três
amigos estupraram uma estudante. Em flashbacks, o diretor Tatsushi Ohmori
mostra o sentimento de culpa que tomou conta de Shunsuke após o episódio. Ao
espectador, caberá uma inesperada surpresa com relação à identidade da vítima
do estupro. O ritmo lento, com cenas muito longas, pode incomodar. Em alguns
momentos, a cena parece ter sido congelada e você vai ter a sensação de que o aparelho de
DVD travou. O mais desagradável, porém, para quem está a fim de um
entretenimento, é o estado depressivo que domina os personagens. Antes de assistir, tome um Prozac.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

quarta-feira, 30 de julho de 2014
A
história já é interessante por si só. Fica ainda mais saborosa depois que
sabemos que é baseada em fatos reais. Some-se um roteiro bem elaborado, com
bastante ação, humor e suspense, além de um elenco afiado, e aí temos um filme
digno de ser recomendado como um ótimo entretenimento. Trata-se de “Roubo
à Máfia” (“Rob the Mob”), 2013, dirigido
por Raymond de Felitta. Tudo acontece bem no início dos anos 90, quando Tommy
(Michael Pitt) e Rosie (Nina Arianda) saem da prisão após cumprir pena por
roubar uma floricultura. Eles saem dispostos a mudar de vida e até arrumam
emprego numa agência cobradora de dívidas. Um dia, porém, Tommy decide assistir
ao julgamento de um famoso assassino ligado à Máfia de Nova Iorque. Em seu
depoimento, o réu “entrega” o endereço de alguns clubes ilegais onde a jogatina
corre solta. Tommy vai a um deles e vê que há muito dinheiro nas mesas. Ele
convence Rosie a roubar o clube. Em seguida, rouba mais dois. A Imprensa
noticia os fatos e já chama o casal de Bonnie e Clyde. No último roubo, Tommy descobre um papel com a descrição de toda a estrutura da organização criminosa,
incluindo o chefão Big Al (Andy Garcia), e passa a chantagear os mafiosos. O
organograma chega às mãos da polícia e um grande número de chefões é preso. Mas
a Máfia é a Máfia, e a vingança será maligna.
terça-feira, 29 de julho de 2014

“O amor é um Crime Perfeito” (“L’Amour est un Crime Parfait”), produção francesa de 2013, é um
policial, com algumas doses de suspense, baseado no romance de Phillipe Djian. É
dirigido pelos irmãos Arnaud e Jean-Marie Larrieu. A história é centrada no
professor universitário Marc (Mathieu Amalric), que adora levar para a cama
algumas de suas alunas. Até que uma delas, Bárbara (Marion Duval), depois de
passar a noite com o professor, desaparece misteriosamente. Sua madrasta, Anna
(Maïwenn), procura Marc para saber notícias e acaba desabafando sobre a sua
condição solitária, já que o marido, um oficial do exército, está em missão no
Mali. Caso à vista, com certeza. Enquanto isso, Marc é assediado sexualmente de
forma agressiva por sua aluna Marianne (Sara Forestier), que, para seu azar, é
filha de um importante mafioso. Marc tem uma relação muito estranha e de
cumplicidade com a irmã Marienne (Karen Viard), com quem mora numa casa isolada
na montanha. Marc costuma ter acessos de sonambulismo e delírios que o fazem
esquecer de seus atos. Tudo para confundir espectador e levá-lo a desconfiar do
professor. Apesar de ser um filme policial, não espere tiros, violência explícita e muito menos
pancadaria. O suspense também não é de fazer você apertar os braços da
poltrona.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

“Paixão Inocente” (“Breathe
In”), 2012, direção de Drake Doremus, é um drama norte-americano independente
que estreou no Festival de Sundance de 2013. A família Reynolds – Keith (Guy
Pearce), a esposa Megan (Amy Ryan) e a filha Lauren (Mackenzie Davis) – mora numa
ampla e confortável casa num subúrbio de Nova Iorque num clima de aparente felicidade. Com a chegada de Sophie
(Felicity Jones), uma jovem inglesa de 18 anos que veio, por meio de intercâmbio,
passar uma temporada na casa dos Reynolds para estudar música, essa felicidade estará correndo um tremendo risco. Ocorre que realmente os
Reynolds não são tão felizes, principalmente o casal. É possível perceber isso durante
as refeições da família, em pequenos detalhes como a troca de olhares, as
expressões e os gestos. Mérito do diretor Doremus. Num misto de pena, admiração
e atração, Sophie vai se aproximando cada vez mais de Keith, que não vai fugir
da raia. A partir daí, o clima do filme, que já era tenso, vai aumentar ainda
mais, chegando a beirar o suspense. Afinal, a cada minuto Keith e Sophie correm
o risco de serem flagrados pela mãe ou pela filha. O filme é bom, valorizado
ainda mais pelo excelente trabalho dos atores principais.

domingo, 27 de julho de 2014
“O Enigma Chinês”
(“Casse-Tête Chinois”), de 2013, é um filme francês, dirigido por Cédric
Klapisch, que mistura comédia, romance e algumas situações dramáticas. O
escritor Xavier Rousseau (Romain Duris) é abandonado pela esposa Wendy (Kelly
Reilly), que sai de Paris e vai morar com os dois filhos e o novo namorado em Nova
Iorque. Xavier sente falta dos filhos e vai atrás deles. Em NY, ele acaba
morando de favor com a amiga Isabelle (Cécile de France), lésbica que vive com
a companheira Ju (Sandrine Holt). Isabelle espera um filho concebido por
inseminação artificial com “material” doado pelo próprio Xavier. Para se sustentar,
Xavier vai trabalhar de barman e entregador de encomendas. Ele ainda vai
receber a visita de Martine (Andrey Tauton), uma antiga namorada de Paris, com
seus dois filhos. Não bastasse toda essa situação complicada, Xavier ainda sofre perseguição constante do
pessoal da Imigração, o que vai dar margem a muitas confusões. O desfecho
repete o grande clichê das comédias românticas: protagonista sai correndo para
impedir que o seu amor embarque numa viagem. O filme é uma espécie de
continuação do filme “Albergue Espanhol”, de 2002, do mesmo diretor e com os
mesmos atores. Dentro do gênero, é uma produção acima da média. O que não dá
para entender é um ator tão feio, tão sem graça e sem nenhum charme como Romain Duris (de "A Datilógrafa") fazer o
papel de galã, cercado por tanta mulher bonita.
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