sábado, 5 de fevereiro de 2022

“ILHA DE SEGREDOS” (“SCHWARZE INSEL”), 2021, Alemanha, 1h44m, disponível na plataforma Netflix, direção de Miguel Alexandre, cineasta nascido em Portugal e naturalizado alemão, que também assina o roteiro com a colaboração de Lisa Carline Hofer. Trata-se de um bom suspense capaz de prender a atenção do começo ao fim, com muita tensão e mistério. A história, ambientada numa das Ilhas Frísias, no Mar do Norte, tem início com a morte de uma senhora na praia, atacada por um cão violento. Logo após o velório e enterro da mulher, seu filho e a esposa sofrem um acidente na estrada e ambos também morrem. Todas as vítimas são da família Hansen e você logo percebe que não foram mortes casuais ou acidentais. Tem gente que está por trás dessas tragédias. Mas quem? Será algum tipo de vingança? O filme segue acompanhando a rotina do jovem Jonas Hansen (o estreante Philip Froissant), filho do casal morto no acidente e neto da idosa assassinada na praia. Ele mora com o avô, Friedrich Hansen (Hans Zischler), antigo diretor da principal escola da ilha e agora aposentado. A rotina dos estudantes do colégio é quebrada com a chegada de uma nova professora de alemão, Helena Jung (Alice Dwyer), que logo chama a atenção por sua beleza madura. Ela logo se mostra uma mulher misteriosa, dona de algum segredo. Enquanto isso, Jonas segue namorando uma colega de classe, Nina Cohrs (Mercedes Müller), até que ele e a professora acabam se aproximando perigosamente. Até que Nina aparece morta na praia. Enquanto isso, continua aquela velha dúvida: quem será o responsável pelas mortes? Aos poucos, o roteiro começa a dar dicas do que aconteceu e de quem pode estar por trás dos assassinatos. Todas as suspeitas levam à professora. Embora o roteiro tenha sido bem elaborado, achei que faltou colocar a polícia para investigar os fatos. De qualquer forma, vale a pena assistir, pois é um suspense de primeira.                                                                       

 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

 

“JUSTIÇA EM FAMÍLIA” (“SWEET GIRL”), 2021, Estados Unidos, 1h36m, disponível na plataforma Netflix, filme de estreia na direção de Brian Mendoza, seguindo roteiro assinado por Gregg Hurwitz e Philip Eisner. A história é centrada em Ray Cooper (Jason Momoa), um pacato pai de família que, ao lado da filha adolescente Rachel (Isabela Merced), acompanha o sofrimento da esposa Amanda (Adria Arjona), acometida de um câncer terminal. A esperança é renovada quando uma empresa farmacêutica anuncia um novo remédio para a doença. Essa esperança dura pouco, pois a tal empresa resolve retirar o remédio do mercado. Depois que Amanda morre, Ray Cooper e a filha Rachel prometem se vingar, principalmente depois que descobrem que a retirada do remédio foi causada por uma questão burocrática e corrupção envolvendo uma senadora e os sócios da empresa farmacêutica. O caso complica ainda mais quando um jornalista procura Cooper para denunciar toda a maracutaia e é assassinado. O roteiro é tão mal elaborado, cheio de pontas soltas e situações inverossímeis, que fica difícil acompanhar o que está acontecendo. Quando a matança começa, o FBI entra em ação e fica também desnorteado, pois não sabe quem é o bandido e o mocinho. O ator Jason Momoa, por exemplo, com seu jeito troglodita de ser, não tem nada a ver com o viúvo sofrido e que vive atrás de vingança, mesmo porque apanha muito durante a história. O grandalhão combina mais com os filmes de super-heróis que costuma fazer, como “Liga da Justiça” e “Aquaman”. Quem vai se vingar mesmo é a sua filha, Rachel, mais um absurdo da história. Nem a reviravolta perto do desfecho salva esse verdadeiro abacaxi. Também são cúmplices Amy Brenneman, Justin Bartha, Manuel Garcia-Rulfo e Lex Scott Davis. Não dá para ver nem em uma sessão da tarde.                                                                        

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

 

“MUDANÇA MORTAL” (“AFTERMATH”), 2021, Estados Unidos, disponível na plataforma Netflix, 1h54m, direção de Peter Winther, que também assina o roteiro com a colaboração de Dakota Gorman. Trata-se de um suspense bastante movimentado, cuja história foi inspirada em fatos reais ocorridos em 2011 na cidade de San Diego (EUA), envolvendo o casal Jerry Rice e Janice Ruhter. No filme, eles são Natalie (Ashley Greene, bonita e boa atriz) e Kevin (Shawn Ashmore), jovem casal que vive uma crise no relacionamento depois de uma traição. Com o objetivo e fortalecer a relação, eles resolvem mudar para uma ampla e moderna casa, cujo preço encontra-se bem abaixo do mercado. Mal sabiam eles que a casa escondia segredos aterrorizantes. Já que o marido trabalhava bastante e ainda cursava faculdade à noite, Natalie vivia grande parte do tempo sozinha na casa, quando começou a perceber sons estranhos, objetos fora de lugar e vultos que perambulavam nas sombras. São momentos realmente assustadores. O filme não economiza nos sustos, o que é um atrativo a mais em filmes do gênero. Senti falta de um roteiro que explicasse melhor o que está acontecendo. Nem mesmo o desfecho surpreendente é capaz de explicar. Em todo caso, trata-se de um bom suspense que merece ser visto. Ainda estão no elenco Jason Liles, Britt Baron, Diana Hopper, Susan Walters, Paula Garcés, Alexander Bedria, Sharif Atkins e Jamie Calier.                                                                   

 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

 

“UMA NOITE EM BANGKOK” (“ONE NIGHT IN BANGKOK”), 2020, Estados Unidos, 1h44m, disponível na plataforma Amason Prime Video, roteiro e direção do cineasta tailandês Wych Kaosayananda. Trata-se de um suspense policial com um roteiro muito irregular, repleto de pontas soltas, situações inverossímeis e arrastado demais. Um sujeito misterioso chega a Bangkok, capital da Tailândia, com o objetivo de executar uma série de assassinatos. De início, você pensa que é um profissional contratado, mas logo fica evidente de que ele pretende vingar a morte da sua filha, da sua neta e do seu genro, ocorrida meses antes em um violento acidente de trânsito, provocado por um jovem embriagado na direção de um Porsche em alta velocidade. Durante as investigações, as autoridades forjaram uma situação em que as vítimas é que foram consideradas culpadas pelo acidente. Com sede de vingança, Kai Hahale (Mark Dacascos) vai a Bangkok para assassinar um a um. Para isso, escolhe uma noite e contrata uma motorista de aplicativo para os deslocamentos – a mesma motorista envolvida no acidente fatal. Não dá para entender como Kai planejou cada passo dos assassinatos, com nomes e sobrenomes, locais onde estarão, horários etc. Tudo muito mirabolante, mentiroso, fantasioso. Durante a jornada, Kai terá a oportunidade de conversar muito com a motorista, Fha (Vanita Golten), numa série de diálogos patéticos e sem qualquer nexo, momentos que podem levar o espectador a um gostoso cochilo. Entre as situações absurdas do roteiro, a pior talvez seja aquela que envolve a esposa de um policial, que está em casa de licença-maternidade e que, enquanto cuida do bebê, fica no computador ajudando o marido durante a caçada ao assassino. Além de Cacascos e Vanita, estão no elenco Julie Condra, Sireeporn Yoogthatat, Kane Kosugi, Hahajak Boonthanakit, AliceTantayanon, Michael New e Charlie Ruedpokanon. Sem dúvida, um dos piores lançamentos da Amazon Prime.