sábado, 4 de junho de 2022

 

“MOONFALL – AMEAÇA LUNAR” (“MOONFALL”), 2022, Estados Unidos, em cartaz na Amazon Prime Video, 2h10m, direção do cineasta alemão Roland Emmerich, que também assina o roteiro com a colaboração de Harald Kloser e Spenser Cohen. É preciso muita imaginação para elaborar uma história com tantos absurdos e situações mirabolantes, mas em se tratando de ficção científica misturada com aventura espacial, tudo acaba sendo válido. E o diretor alemão, considerado o "Rei do Cinema Catástrofe", é especialista no assunto, pois foi o responsável por filmes como “Independence Day”, “Godzilla”, “2012” e “O Dia Depois de Amanhã”, entre tantos outros que fez depois que chegou a Hollywood. No caso de “Moonfall”, seus mais novo disaster movie, a Lua é a grande vilã. Uma força misteriosa desvia sua órbita em torno da Terra, ameaçando colocá-la em rota de colisão com o nosso planeta. Diante dessa tragédia iminente, entram em ação os heróis da história, os ex-astronautas Jocinda Fowler (Halle Berry) e Brian Harper (Patrick Wilson), além de KC Houseman (John Bradley), um cientista amador, personagem responsável pelos momentos de bom humor. O ritmo da ação é alucinante, com muitos efeitos especiais (espaciais) bem elaborados, principalmente as consequências terríveis acontecendo na Terra, como tsunamis, furacões e outros desastres ambientais. Completam o elenco Charlie Plummer, Carolina Bartczak, Donald Sutherland, Michael Peña, Eme Ikwuakor, Frank Schorpion, Maxim Roy, Kelly Yu e Stephen Bogaert. Resumindo, “Moonfall”, como aventura de ação espacial, é um bom entretenimento.  

quinta-feira, 2 de junho de 2022

 

“POSTO DE COMBATE” (“THE OUTPOST”), 2020, Estados Unidos, 2h04m, em cartaz na Netflix, direção de Rod Lurie, seguindo roteiro assinado por Paul Tamasy e Eric Johnson. O filme relembra os eventos reais que aconteceram no Afeganistão em 2009, quando uma base de soldados norte-americanos instalada em um vale isolado, cercado por montanhas, era constantemente atacado por milícias talibãs. Os fatos mostrados no filme foram baseados no livro “Posto de Combate: A História Não Contada de Bravura Americana” (“The Outpost: An Untold Story of American Valor”), escrito pelo jornalista Jake Tapper e lançado em 2012. Resumindo, a base chamada de “Camp Keating” era protegida por 54 soldados, alguns deles muito jovens e sem experiência de combate. Sua missão era tentar descobrir os movimentos dos talibãs na região e defender a população local. Em outubro de 2009, a base foi atacada por mais de 400 talibãs naquela que foi intitulada Batalha de Kamdesh. A resistência heroica dos norte-americanos valeu aos soldados várias honrarias militares, inclusive àqueles que morreram durante o combate. O elenco do filme conta com participação de Scott Eastwood (filho do Clint), Caleb Landry Jones, Orlando Bloom, Milo Gigson, Taylor John Smith, Celina Sinden, Cory Hardrict, Jacob Scipio, Jonathan Younger, James Jagger e Jack Kesy. O filme é intenso e envolvente, repleto de suspense e tensão, com o mérito adicional de colocar o espectador dentro da base, sentindo o perigo chegando a cada minuto. Mais uma vez, vou contrariar alguns críticos especializados que detonaram o filme. Eu gostei muito do resultado final e recomendo como um filmaço de guerra. Antes dos créditos finais, como uma homenagem póstuma, “Posto de Combate” apresenta as fotos dos soldados que morreram e, mais para o final dos créditos, alguns depoimentos dos que sobreviveram.  

segunda-feira, 30 de maio de 2022

 

“AS GAROTAS DE CRISTAL” (“LAS NIÑAS DE CRISTAL”), 2022, Espanha, disponível na Netflix, 2h19m, direção de Jota Linares, que também assina o roteiro com a colaboração de Jorge Naranjo. Nunca fui fã de balé clássico, muito menos no cinema, apesar de ter assistido alguns bons filmes sobre o tema, como “Billy Elliot”, de 2000,  “Cisne Negro”, que deu o Oscar 2011 de Melhor Atriz para Natalie Portman, e “Birds of Paradise”, de 2021. Agora chega o espanhol “As Garotas de Cristal”, um drama cujo pano de fundo explora os sacrifícios aos quais são submetidos os bailarinos de uma grande companhia de balé, no caso a National Classical Ballet da Espanha. Com a morte trágica de María Poza (Samantha Vottari), primeira bailarina da companhia, é escolhida para substituí-la no principal papel da peça “Giselle” a jovem e bela Irene (Maria Pedraza), para a inveja das suas colegas, que passam a tratá-la como inimiga, a ponto de colocarem cacos de vidro no chão do banheiro para machucá-la. Irene, porém, encontra no grupo uma amiga que será importante para ajudá-la a enfrentar os desafios dos duros ensaios comandados pela exigente Norma (Mona Martinez). Essa amiga é Aurora (Paula Lozada), que até o desfecho da história acompanhará de perto as dificuldades de Irene e irá apoiá-la de todas as maneiras. Completam o elenco Marta Hazas, Ana Wagener, Iria Del Rio, Silvia Kal, Andrés Lima, Olivia Gaglivi, Javier Lago e Juanjo Almeida. Esteticamente, “As Garotas de Cristal” é um belo filme, com uma primorosa fotografia (Gris Jordana) e, em especial, com as ótimas coreografias das cenas de balé. Claro que não é um filme para qualquer público, mas recomendo mesmo assim.