“ISTAMBUL
VERMELHO” (“ISTANBUL KIRMIZISI”), 2018, co-produção Turquia/Itália, 1h49m,
roteiro e direção do cineasta turco Ferzan Özpetek. A história é baseada no
romance “Rosso Istambul”, escrito pelo próprio Özpetek. Toda a trama é centrada
em Orhan (Halit Ergenç), que trabalha em Londres como editor. Após alguns anos,
ele volta a Istambul para visitar o amigo Deniz (Nejat Isler), escritor cujos
livros são editados por Orhan. Nas longas conversas que ambos engatam madrugada
adentro, Orhan fica sabendo a origem de alguns personagens do último livro
escrito por Deniz e fica surpreso em descobrir suas verdadeiras identidades na
vida real. No dia seguinte, Deniz desaparece misteriosamente, deixando em
pânico toda a sua família e, principalmente, o seu editor. O sumiço do escritor
é realmente intrigante. Por outro lado, em sua permanência em Istambul, Orhan
será afetado por recordações não muito agradáveis do seu passado, um deles bastante
trágico. Ele também vai rever um amor do passado, a bela Neval (Tuba
Büyüküstün), e se confrontar com Yusuf (Mehmet Günsür), um drogado que teve uma
forte ligação com Deniz e que talvez saiba do paradeiro do escritor. Para filmar “Istambul
Vermelho”, Ferzan Özpetec voltou à Turquia depois de 16 anos radicado na Itália, onde fez questão de se naturalizar. Definitivamente, "Istambul Vermelho" não é um filme feito para o público comum, embora possa ser visto sem gastar
muito os neurônios. Conheci o roteirista e diretor turco naturalizado italiano
quando assisti ao ótimo “Saturno em Oposição”, de 2007, assim como “A Janela da
Frente” e “O Primeiro que Disse”, entre outros produzidos na Itália. “Istambul Vermelho”
acrescenta mais um gol de placa na carreira de Ferzan Özpetek. Quem curte cinema
de qualidade deve visitar a obra do cineasta turco. Ah, “Istambul Vermelho”
está disponível na plataforma Netflix.