“DRONE”, Canadá, 2017, escrito e dirigido por Jason Bourque
(“Black Fly”). Trata-se de um suspense que explora um tema dos mais atuais: a
utilização de drones para fins militares. No caso, aviões que lançam mísseis para
eliminar terroristas. Neil Winstin (Sean Bean, de “Senhor dos Anéis” e “Game of
Thrones”) é contratado pela CIA para operar esses drones. Ele mora num pacato
subúrbio de classe média alta em Washington com a esposa Ellen (Mary McCormack)
e o filho Shane (Maxwell Haynes). Neil mantém em segredo sua atividade. Ele diz
para a família, amigos e vizinhos, que trabalha numa empresa de computação. Certo
dia, aparece um sujeito chamado Imir Shaw (Patrick Sabong, de “Uma Noite no Museu
3”), interessado em comprar o barco que pertencia ao pai de Neil, recentemente
falecido. O espectador logo percebe que o homem misterioso, que se identificou
como paquistanês em viagem a trabalho nos EUA, está escondendo uma segunda
intenção, claramente relacionada com o lançamento de um míssel numa cidade do Paquistão
e que ocasionou a morte de alguns civis. É melhor ficar por aqui para não
estragar o desfecho. O filme não é ruim, mantém um bom ritmo de suspense e
tensão, mas poderia ter um final mais bem elaborado. Vale para uma sessão da
tarde.
quarta-feira, 12 de julho de 2017
domingo, 9 de julho de 2017
Vencedor do Prêmio de Melhor Roteiro no Festival de
Berlim 2014, o drama alemão “14 ESTAÇÕES DE MARIA” (“KREUZWEG”)
foi escrito e dirigido por Dietrich Brüggeman (“Corra se puder”). O enredo
segue a trajetória de Maria (Lea van Acken), uma garota de 14 anos criada por
uma família católica conservadora. Dividida em 14 segmentos que lembram as
estações da Via-Crúcis de Jesus Cristo antes da ser crucificado (o título
original "Kreuzweg" significa Via-Crúcis), a história apresenta Maria como uma garota de
muita fé e obediente aos preceitos da religião católica. Ela segue as
orientações do Padre Weber (Florian Stetter), de uma congregação que prefere
seguir uma linha mais rígida, ao contrário da abertura estimulada pelo Concílio
Vaticano II. A comunidade onde vive Maria não aceita, por exemplo, músicas gospel
ou soul, consideradas obras satânicas. O melhor exemplo de fanatismo religioso,
porém, vem da própria mãe de Maria, interpretada pela excelente Franziska Weisz.
Cada um dos segmentos foi filmado com a câmera estática, com os atores se
movimentando dentro do quadro, numa concepção que lembra muito um espetáculo
teatral. O filme é bastante verborrágico. No primeiro segmento, por exemplo, num
curso preparatório para a Crisma, o padre Weber fala sem parar durante 15
minutos, durante os quais destaca alguns dos principais preceitos da Igreja
Católica para um grupo de crianças. Trata-se de um filme não muito fácil de
digerir, um tanto pesado, mas, sem dúvida, um excelente trabalho de roteiro,
direção e fotografia.
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