“CRIME EM HOLLYWOOD” (“LAST
LOOKS”), 2022, coprodução Inglaterra/EUA, em destaque na Netflix,
1h50m, direção do cineasta inglês Tim Kirkby, seguindo roteiro do escritor
Howard Michael Gould, que o adaptou do seu próprio livro “Last Looks”, de 2019.
A história, contada com muito humor, é centrada no detetive Charlie Waldo
(Charlie Hunnam), que abandonou o Departamento de Polícia de Los Angeles depois
que prendeu um sujeito que mais tarde foi considerado inocente. Waldo se
transformou numa “persona non grata” no meio policial e resolveu
se isolar na floresta, morando em um trailer imundo com seu bicho de estimação,
uma galinha. Três anos depois ele é procurado por Lorena (a atriz brasileira
Morena Baccarin), uma antiga namorada e detetive particular, que lhe oferece um
trabalho especial, ou seja, investigar a morte da esposa de Alastair Pinch (Mel
Gibson), um astro da TV que é acusado do assassinato. De início, Waldo recusou
a tarefa, mas topou depois de ser espancado por uma turma da pesada que o
ameaçou de morte caso aceite o caso. Waldo vai para Los Angeles e começa o seu
trabalho, para o qual recebe a ajuda do principal suspeito, o astro Alastair
Pinch. Para cercar todas as possibilidades, Waldo visita o estúdio de TV onde
Pinch trabalha e ainda a escola onde sua filha estuda. Entre idas e vindas,
além de algumas reviravoltas, o detetive finalmente esclarece o mistério. A
estética do filme resgata o estilo noir dos filmes policiais de
Hollywood nos anos 40 e 50. Claro que Hunnam não é e nem chega perto dos astros
Robert Mitchum e Humphrey Bogart, só para citar dois dos atores que se consagraram
no gênero, hoje chamado “neo noir” quando a história é ambientada nos
dias atuais, como é o caso de “Crime em Hollywood”, que conta ainda no elenco
com Clancy Brown, Rupert Friend, Dominic Monaghan e Lucy Fry. Para quem gosta
do gênero, trata-se de um filme que pode agradar. Eu gostei.