sábado, 11 de julho de 2015
“UM VERÃO NA PROVENÇA” (“Avis de Mistral”), 2014,
França. Ao saber que sua filha Emily (Raphaëlle Agogué) atravessa uma grave
crise no casamento e está prestes a se separar, Irène (Ana Galiena) resolve
levar seus três netos para passar as férias de verão em Provença (o nome original francês
é Provence). Só que tem um problema: Léa (Chloé Jouannet), Adrien (Hugo
Dessioux) e o pequeno Théo (Lukas Pelissier) não conhecem o avô Paul (Jean
Reno). O motivo: quando ficou grávida pela primeira vez, Emily brigou com o pai
e fugiu de casa. Nunca mais se falaram e praticamente perderam o contato. De
início, Paul detestou a ideia de Irène, mas aos poucos vai se entendendo com os
netos. A aproximação entre avô e os netos é justamente o foco principal da
história. O filme é dirigido por Rose Bosch (do impactante e ótimo “Amor e Ódio”).
A cena em que Paul e Irène reencontram os antigos amigos motoqueiros de estrada
é emocionante. Outro destaque do filme é a trilha sonora, que vai de Simon e Garfunkel a Deep Purple, passando por Bob Dylan. Outra grande sacada da diretora Bosch foi explorar e mostrar algumas das festas folclóricas tradicionais da região de Provence, colocando os protagonistas para participar. Enfim, um filme muito interessante,
sensível e comovente, levado com muito bom humor.
Programão!
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Parece
que Hollywood desaprendeu a fazer boas comédias. Você se lembra de alguma
recente que valha a pena? Nos últimos anos, é o cinema francês que tem
produzido os melhores filmes do gênero. Mais um exemplo para comprovar essa
afirmação é “QUE MAL EU FIZ A DEUS?” (“QU’EST-CE QU’ON A FAIT AU BOn DIEU?”), 2014, escrito e dirigido por
Philippe de Chauveron. Conta a história dos Verneuil, que formam uma família
católica conservadora de classe média alta. Claude Verneuil (Christian Clavier), chefe do clã, é
casado com Marie (Chantal Lauby). O casal tem quatro filhas: Isabelle, Odile,
Laure e Ségolène. Tudo vai às mil maravilhas até que elas começam a se casar.
Para desespero dos pais, uma casa com um empresário judeu, outra com um
advogado argelino muçulmano, outra com um chinês gerente de banco. Sobrou a filha mais
nova, que reserva outra “boa” surpresa para os pais. Os encontros em família
sempre acabam mal, cada um querendo defender o seu ponto de vista com relação à
religião, política, situação dos imigrantes, racismo etc. As discussões acabam
criando situações hilariantes, tudo na base de diálogos inteligentes e do mais
fino humor. É riso do começo ao fim, num ritmo alucinante. Comédia divertidíssima. Simplesmente
imperdível!
quinta-feira, 9 de julho de 2015
“O OLHAR DO AMOR” (“The Look of Love”), 2013,
Inglaterra, direção de Michael Winterbottom. Baseado em fatos reais, o filme conta a história do empresário Paul
Raymond (Steve Coogan, de “Philomena”), conhecido também pelos apelidos de “The
King of Soho” e “Barão da Pornografia”. Uma espécie de Hugh Hefner inglês, mas
muito mais ousado. A partir dos anos 50, com seu jeito agressivo de empreender,
Raymond construiu um verdadeiro império empresarial baseado na exploração do
erotismo, criando revistas como Only Men, Club International e Mayfair, além de
produzir shows musicais e peças de teatro onde a nudez feminina era obrigatória
e grande chamariz. O enfoque principal do filme, porém, é a vida pessoal do
empresário, que largou a esposa Jean (Anna Friel) para ficar com Fiona Richmond
(Tamsin Egerton), uma das maiores estrelas de Raymond. Festas regadas a
champanhe e cocaína, orgias sem fim, valia tudo no mundo em torno do empresário,
cujo número de amantes só foi menor que sua conta bancária. Nem mesmo a
morte da filha Debbie (Imogen Poots) por overdose, no início dos anos 90, foi
capaz de diminuir a ganância de Raymond, que chegou a ser considerado o homem
mais rico da Inglaterra. Raymond também investia no mercado imobiliário e no
comércio. O filme é ótimo e, entre seus maiores trunfos, estão o roteiro bem estruturado, o elenco, a
recriação de época e, principalmente, a trilha sonora (inclui a música que dá nome original ao
filme). Impossível não destacar também a beleza estonteante e a sensualidade
da atriz Tamsin Egerton como Fiona. “Um mulherão para seiscentos talheres”,
como diria um amigo. Um filmaço!
quarta-feira, 8 de julho de 2015
“MAR NEGRO” (“BLACK SEA”), 2014, EUA/Inglaterra, é um thriller de ação e suspense quase que
inteiramente ambientado nas profundezas do Mar Negro. Logo após perder o
emprego na empresa em que trabalhou durante 30 anos, o comandante Robinson (Jude
Law), experiente piloto de submarinos, é contratado por um milionário inglês
para encontrar um submarino alemão que teria naufragado no Mar Negro durante a
II Guerra Mundial. No interior da embarcação estariam mais de 40 milhões de
dólares em barras de ouro. Robinson reforma um submarino praticamente sucateado,
recruta marinheiros ingleses e russos para a tripulação e parte para a perigosa
aventura. A primeira grande preocupação é a de não ser detectado na superfície
pela marinha russa. A segunda é evitar a ganância dos tripulantes, que planejam
eliminar uns aos outros para poderem receber uma parte maior. O capitão
Robinson tem a difícil missão de administrar toda essa confusão. Daí para frente, os clichês habituais de um filme envolvendo
submarinos: brigas entre a tripulação, acidentes de percurso, mortes, muita
tensão etc. Um filme bastante claustrofóbico e sombrio. De qualquer forma, o diretor
escocês Kevin MacDonald (“O Último Rei da Escócia”) soube manter o suspense do
começo ao fim, o que garante um bom entretenimento. Nada a mais de muito
interessante para merecer uma recomendação entusiasmada. Nem mesmo a presença do ótimo ator inglês Jude Law.
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