“MEU PAI, O ASSASSINO” (“LA
FILLE DE L’ASSASSIN”), 2023, coprodução França/Bélgica, 1h46m,
em cartaz na Prime Vídeo, direção de Carole Kornmann (das séries “A Legista” e “Les
Dames”), seguindo roteiro assinado por Natalie Carter e Ève de Castro. A
história é baseada no romance “The Girl Without a Face”, de Patricia MacDonald,
lançado em 2005. Feito para ser exibido nas emissoras França Télévisions e
RTBF (belga), o filme é um drama familiar recheado de suspense e reviravoltas. Depois
de 15 anos preso, acusado de assassinar a esposa, Pierre Adelin (Bruno
Wolkowitch) é libertado em condicional. Apoiado pela filha Nina (Chloé Chaudoye),
que sempre acreditou na sua inocência, ao contrário dos seus dois irmãos, Pierre
decide sair atrás do verdadeiro assassino e provar que não é culpado. O roteiro
de “Meu Pai, O Assassino” prevê muitas surpresas e reviravoltas, mantendo a
tensão do começo ao fim. Mérito para os roteiristas. Também estão no elenco
Nicolas Gob, Barbara Probst, Emmanuel Bordier, Ann-Gisel Glass e Samir Boitard.
Trocando em miúdos, o filme é muito interessante e merece ser visto por quem
gosta de filmes de qualidade. Uma ótima surpresa meio escondida no catálogo da
Prime Vídeo.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
“PACTO DE REDENÇÃO” (“KNOX
GOES AWAY”), 2024, Estados Unidos, 1h54m, em cartaz na
Prime Vídeo, segundo filme na direção do ator Michael Keaton (o primeiro foi “Má
Companhia”, de 2008), seguindo roteiro assinado por Gregory Poirier. Como ator,
Keaton já comprovou muita competência, tanto que é um dos astros consagrados de
Hollywood. Neste seu segundo filme como diretor, Keaton é responsável por um
filme acima da média, principalmente quando falamos do gênero suspense
policial. Keaton é John Knox, um assassino de aluguel que trabalha há anos para
o mafioso Xavier Crane (Al Pacino, cada vez mais canastrão). Em sua mais
recente missão, ele assassina um traficante e a amante, mas também mata por
engano um colega de trabalho, mais um indício de que sua cabeça não anda muito
bem. Ao consultar um neurologista e fazer alguns exames, ele descobre que está
sofrendo de uma demência rara e agressiva. Para piorar, surge em cena seu filho
Miles Knox (James Marsden), que não o vê há anos, pedindo sua ajuda para “limpar”
uma cena de crime. Miles assassinou um sujeito que estuprou sua filha. Diante
de tantos crimes, uma dupla de detetives fica perdida diante de tantas
evidências contraditórias. Não dá para comentar muito mais para não estragar as
reviravoltas que acontecem até o desfecho. Completam o elenco a atriz alemã Joanna
Kulig, Ray McKinnon, Lela Loren, Marcia Gay Harden, Morgan E. Bastin, Suzy
Nakamura e John Hoogenakker. Como escrevi no início deste comentário, “Pacto de
Redenção” é um filme acima de média que merece ser visto.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
“DESCANSE EM PAZ” (“DESCANSAR EN
PAZ”), 2024, Argentina, 1h45m, em cartaz na Netflix, direção de
Sebastián Borensztein, que também assina o roteiro com Marcos Osorio Vidal. A
história é baseada no livro “Descansar En Paz: Nunca Soñaste Com Dejar Todo Y
Empezar de Nuevo”, escrito em 2018 por Martín Baintrub. Estamos no ano de 1994.
O empresário Sergio Dayán (Joaquín Furriel) está quebrado, devendo para
agiotas, bancos, fornecedores e até para familiares, sem falar das mensalidades
em atraso da escola dos filhos. O desespero toma conta, pois ele não tem
mais a quem recorrer e a gota d’água é a greve dos funcionários de sua empresa
por não receberem salário há meses. Exatamente no dia 18 de julho de 1994 – e aqui a história se aproveita de um fato real de repercussão mundial -, Dayán está nas
proximidades da Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA), quando acontece
um atentado à bomba, matando dezenas de vítimas. Ferido sem gravidade, o
empresário tem a ideia de sumir do mapa, como se tivesse sido morto no atentado
e, assim, beneficiando sua família com o seguro de vida. Dayan se refugia no
Paraguai e começa uma nova vida. Enquanto isso, Estela Dayán, com o dinheiro do
seguro em mãos, começa a pagar as dívidas do marido. Quinze anos depois, Dayán
começa a sentir falta da família, vê vídeos dos filhos nas redes sociais e
resolve tentar uma volta ao passado, o que será muito difícil diante das
circunstâncias, entre as quais o novo casamento de Estela. A trama é bem
conduzida pelo diretor Borensztein, levando o espectador a especular o que poderá acontecer no desfecho. Mais um bom filme do cinema argentino. Não deixe de
assistir.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
“DE VOLTA À AÇÃO” (“BACK IN
ACTION”), 2024, Estados Unidos, 1h52m, em cartaz na Netflix, direção de Seth
Gordon (“Cry Wolf: O Jogo da Mentira”, “Cidade Perdida), que também assina o
roteiro juntamente com Brendan O’Brien. Comédia de ação que marca o retorno às
telas da atriz Cameron Diaz, depois de dez anos afastada - seu último filme foi
“Annie”, de 2014. Cameron é Emily, uma ex-espiã da CIA que abandonou o trabalho
quando ficou grávida e escapou da morte durante uma missão. Seu colega de
trabalho e marido Matt (Jamie Foxx) também escapou por milagre na mesma missão
e ambos resolveram se casar, se aposentar e constituir uma família. Mudaram de
identidade e se esconderam do mundo, principalmente porque mafiosos russos
acreditavam que eles mantinham em seu poder uma chave especial. Quinze anos
depois, já com dois filhos adolescentes, eles são filmados durante uma briga de
bar. O filme viralizou nas redes sociais e os mafiosos russos, ao identificar os antigos
inimigos, partem para o ataque. Só resta à família fugir e, até desfecho,
muitas perseguições e pancadarias vão acontecer. Completam o elenco Glenn Glose,
Tom Brittney, Kyle Chandler, Andrew Scott e Leela Owen. Com exceção de algumas
ótimas cenas de ação, nada mais interessante podemos destacar nesse filme, nem
mesmo o retorno da bela Cameron Diaz ao trabalho. Os diálogos são um caso à
parte, de uma mediocridade ofensiva a quem possui algum neurônio. Trocando
em miúdos, “De Volta à Ação” é decepcionante. Cameron Diaz não merecia voltar em um filme tão ruim.