“ESTRELAS ALÉM DO TEMPO” (“Hidden
Figures”) conta uma história que há muitos anos ficou praticamente
escondida do grande público. Pelo menos não me lembro de ter lido ou ouvido
falar de cientistas negras que tiveram um papel fundamental no desenvolvimento
do programa espacial norte-americano no início da década de 60, no auge da
Guerra Fria, quando os Estados Unidos disputavam com a União Soviética quem
ganharia a corrida espacial. Inconcebível que durante tanto tempo essa história
não tenha sido contada. Até que, em 2014, Margot Lee Shetterly resolveu
transformá-la em livro – “Hidden Figures” -, adaptado para o cinema pela
roteirista Allison Schroeder e pelo diretor Theodore Melfi (“Um Santo Vizinho”).
O enredo é centrado na matemática
Katherine Johnson (Taraji P. Henson), na especialista em computação Dorothy
Vaughn (Octavia Spencer) e na engenheira Mary Jackson (Janelle Monáe), que
venceram o forte preconceito racial e, com muita coragem e determinação,
encontraram seu espaço na NASA, ocupando cargos do mais alto nível. Só para se ter uma ideia da importância dessas
mulheres, basta dizer que Katherine, um gênio precoce da matemática, foi a
responsável pelos cálculos que permitiram o lançamento e a reentrada na
atmosfera terrestre da cápsula espacial com o astronauta John Gleen, o primeiro
a entrar em órbita. Apesar do contexto dramático causado pelo preconceito racial e da Guerra Fria como pano de fundo, o filme é levado com muito bom humor, culminando num entretenimento dos mais agradáveis. Ainda estão no elenco Kevin Costner, Kirsten Dunst e
Mahershala Ali, que também atuou em “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, pelo qual
ganhou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante. Por falar em Oscar 2017, “Estrelas
Além do Tempo” foi indicado em três categorias: “Melhor Filme”, “Atriz
Coadjuvante” (Octavia Spencer) e Roteiro Adaptado. IMPERDÍVEL!
terça-feira, 30 de maio de 2017
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Indicado
ao Oscar 2017 em seis categorias, inclusive Melhor Filme, “LION: UMA JORNADA
PARA CASA” (“Lion”), EUA/Austrália, direção de Garth Davis, conta a história
verídica do indiano Saroo Brierley, que, em 1986, aos cinco anos de idade se
perdeu do irmão mais velho Guddu numa estação de trem do interior da India e
acabou mais perdido ainda em Calcutá, depois de uma viagem de mais de 1.600 km.
Saroo é encaminhado para um orfanato e logo depois adotado por um casal australiano.
Vinte e cinco anos depois, ele sente a necessidade de rever sua mãe biológica e
seu irmão. Este é, basicamente, o enredo dessa incrível e comovente história,
adaptada para o cinema pelo roteirista Luke Davies (“Life – Um Retrato de James
Dean”), que se baseou nos fatos narrados por Saroo na autobiografia “A Long Way
Home”. O elenco é ótimo: Dev Patel (Saroo), Sunny Pawar (Saroo menino), Rooney
Mara (Lucy), Nicole Kidman (Sue, a mãe adotiva) e David Wenham (John, o pai
adotivo). Impossível não se emocionar com a trajetória épica de Saroo. Um belo
filme que merece ser visto. Espere os créditos finais, nos quais aparecem os personagens verdadeiros se encontrando, inclusive a mãe biológica e a mãe adotiva. Lenços de papel à mão...
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