sábado, 1 de março de 2014

“Joséphine” é uma comédia romântica francesa de 2013, dirigida por Agnès Obadia. Joséphine (Marilou Berry) chega aos 30 anos de idade frustrada por odiar seu trabalho, por não ser bonita, detestar sua bunda grande, o que no Brasil lhe renderia o apelido de popozuda, e ainda por não ter namorado. Só um amante de um dia por semana, e ainda por cima casado.  Ela mora sozinha e seu único consolo é ter ao seu lado o gato de estimação “Brad Pitt”. Joséphine morre de inveja da irmã Diane (Alice Pol), alta, bonita, porte de modelo e que está noiva. No almoço da família em que Diane anuncia seu casamento, Joséphine não deixa por menos: inventa que vai se casar com um médico-cirurgião brasileiro chamado Marcelo. Para desespero de Diane, as atenções e as felicidades acabam sendo dirigidas para Joséphine, satisfeita por estragar a surpresa da irmã. Essa alegria, porém, vai durar pouco. Os amigos mais próximos lhe dão de presente uma passagem para o Brasil. E agora, o que fazer?  Joséphine vai ter que se virar para manter a história do casamento com o cirurgião. Em meio a esse problema, ela ainda se apaixona pelo antigo chefe Gilles (Mehdi Nebbou). “Joséphine” é uma comédia leve e divertida, um bom programa para rir e relaxar.  

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

“Capitão Phillips” (“Captain Phillips”) é daqueles filmes do tipo super bonder: você não consegue desgrudar da poltrona.  Um filmaço. Conta a história verídica do sequestro do cargueiro “Maersk Alabama” por piratas somalianos, em 2009. Embora naquela época fosse muito comum esse tipo de ataque na costa da Somália, não houve uma preocupação maior com a segurança do navio e de sua tripulação, comprovada pela invasão por parte de apenas quatro piratas somalianos. No mínimo, o navio deveria ter homens armados de prontidão. Mas isso já é outra história. Entre as tentativas dos piratas em invadir a embarcação, a chegada da cavalaria e o desfecho final, a ação e o suspense estão garantidos o tempo todo. As cenas das tentativas de invasão do navio são ótimas. O embate psicológico entre o Capitão Richard Phillips (Tom Hawks) e o chefe dos piratas, Muse (Barkhad Abdi), é um dos trunfos desta excelente produção norte-americana de 2013. O diretor inglês Paul Grengrass é mestre nesses filmes. É só lembrar de “O Ultimato Bourne” (2007), “A Supremacia Bourne’” (2004), “Zona Verde” e, principalmente, “United 93”, este sobre um dos aviões sequestrados nos atentados de Setembro/2011. Com exceção de Tom Hanks e Catherine Keener, que faz a mulher do capitão e aparece apenas durante alguns segundos no começo, o elenco não tem atores muito conhecidos.  O filme é mesmo de Tom Hanks e de Barbhad Abdi, este último um achado. O filme é baseado no livro "A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy Seals and Dangerous Days at Sea", escrito pelo verdadeiro Capitão Richard Phillips. Antes de assistir, prepare um sacão de pipoca e um suco de maracujina. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

 

“Confissões de um Jovem Apaixonado” (“Confession of a Child of the Century”) é um drama inglês de época baseado na novela “Confissões de um filho do Século”, escrita por Alfred de Musset. Conta a história do jovem Octave (Peter Doherty), que, logo no começo do filme, é traído pela namorada que tanto amava. A partir desse acontecimento, ele se entrega à vida mundana das festas com os amigos, incluindo orgias com prostitutas. Mas Octave continua carente de um amor, até que conhece a viúva Briggite (Charlotte Gainsbourg), pela qual se apaixona perdidamente e de forma até obsessiva. Demora muito até ela se entregar a essa paixão. Mas, quando se entrega, acaba agindo com a mesma obsessão dele. Ou seja, um casal emocionalmente desequilibrado. A linguagem afetada, pomposa, própria da época (1830) em que se passa a história, pode incomodar quem não está acostumado a assistir a esse gênero de filme. Para resumir, trata-se de um dramalhão romântico. Não se pode negar, porém, que as locações e a caracterização do vestuário são muito bem feitas. O filme foi produzido em 2011 e no ano seguinte foi indicado ao “Um Certain Regard Award” do Festival de Cannes.  

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

“O Quinto Poder” (“The Fifth Estate”), uma co-produção Bélgica/EUA de 2013, com direção de Bill Condon, mostra os bastidores das atividades do site WikiLeaks, fundado pelo jornalista australiano Julian Assange. Como se sabe, o site ficou mundialmente famoso ao revelar, em 2010, milhares de documentos secretos relacionados com a política externa dos EUA, incluindo estratégias militares, vídeos e telegramas enviados a embaixadas, o que foi considerado o maior vazamento de documentos da História.  Os fatos mostrados são baseados nos livros “Os Bastidores do WikiLeaks”, de Daniel Domschenit-Berg, que foi assistente de Assange, e ”WikiLeaks”, dos jornalistas David Leugh e Luke Harding. Embora grande parte da crítica não tenha gostado, o filme é bastante esclarecedor sobre os fatos que envolveram o WikiLeaks e ainda sobre a personalidade de Assange,  egocêntrico e manipulador, mas muito inteligente. O filme também foca a relação de Assange com seu principal assistente, Daniel, que depois viria a se insurgir contra o chefe. O elenco, muito bom, é uma ONU: o ator inglês Benedict Cumberbatch (Assange), o alemão Daniel Brühl, a holandesa Clarice Van Houten, a sueca Alicia Vikander (de “O Amante da Rainha”), e os americanos Stanley Tucci e Laura Linney. Para quem quiser mais detalhes sobre um dos casos mais polêmicos deste século, o filme é obrigatório e muito interessante. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

“Como não perder essa Mulher” (“Don Jon”) é uma comédia norte-americana de 2013. Jon Martello (Joseph Gordon-Levitt) mora sozinho e é viciado em filmes pornográficos. Assistindo a eles, se satisfaz algumas vezes por dia. Quando sai com os amigos para a balada, sempre se dá bem, conquistando as garotas e saindo na mesma noite com elas. Até conhecer Bárbara (Scarlett Johansson), que se mantém firme e demora para chegar aos finalmente. Ele se apaixona, mas ela descobre que ele curte pornografia. Aí as coisas ficam difíceis para o casal. Em meio a isso tudo, Jon conhece Esther (Julianne Moore), mulher mais velha e muito mais liberal que Bárbara. Como já deu para notar, o filme inteiro gira em torno de sexo. Para Jon, o prazer alcançado vendo um filme pornô é melhor que uma transa real.  Apesar de sua vida fútil e um tanto promíscua, Jon tem um forte lado religioso. Vai à missa todos os domingos com os pais e costuma se confessar. E faz musculação rezando a Ave Maria e o Pai Nosso. Esse filme marca a estreia de Gordon-Levitt como diretor. Ele também assina o roteiro. Não foi à toa, portanto, que Jon tem várias cenas tórridas com Scarlett Johansson, que nesse filme está menos insossa e mais solta e sexy. Não que o filme seja ruim, mas ouvir todo mundo falando sobre sexo o tempo inteiro cansa. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

É bom poder rever alguns filmes que nos encantaram num passado recente e que merecem recomendação e uma nova espiada. Um deles é “O Tango de Rachevsky” (“Le Tango des Rachevsky”), filme belga de 2003, lançado nos cinemas daqui somente em 2007. Todo o enredo gira em torno dos integrantes da família Rachevsky, nem todos adeptos da religião judaica. Nina (Tania Garbarski), neta da matriarca Rosa, só aceita namorar com um judeu. Antoine (Hippolyte Girardot) é apaixonado por ela e quer namorá-la, mas não é judeu. Resolve, então se converter, o que vai provocar as situações mais engraçadas do filme. Outro personagem marcante é tio Adolfo (Nathan Cogan), um velhinho simpático que todos adoram. Ele, porém, descarta o judaísmo ortodoxo. Seu irmão, Sammy, é rabino e mora em Israel, depois de abandonar a esposa (Rosa) e os dois filhos. Com muito humor, o filme vai mostrar todos esses relacionamentos da família Rachevsky. Inclusive o de um neto da matriarca com uma jovem palestina. E onde entra o tango nessa história? Quando ocorria alguma desavença na família, colocava-se um tango e todo mundo dançava. Receita da matriarca Rosa, que adorava a música argentina. É com um tango, aliás, que Antoine consegue seduzir Nina, e não com sua conversão. O filme é muito alegre e divertido. E torna-se mais interessante ainda ao mostrar algumas das mais importantes tradições judaicas. Quem ainda não viu não pode perder. 
“Pânico na Torre” (“Ta-weo”), 2012. Para quem curte o gênero “disasters movies”, esta produção sul-coreana vai agradar. E muito. A história: uma grande festa está sendo organizada para a véspera de Natal para comemorar a inauguração das duas torres gêmeas (102 andares cada uma) do complexo Tower Sky, o mais luxuoso de Seul. Centenas de convidados estão sendo esperados. O filme começa mostrando os preparativos para o evento, incluindo uma severa inspeção por parte da segurança das torres. O diretor Ji-Hoon Kim intercala histórias de alguns personagens que terão papel fundamental no enredo com outras envolvendo os bombeiros da cidade que mais tarde serão convocados para combater o incêndio que atingirá uma das torres. Antes do início dos fatos que causarão uma grande tragédia, com muitas mortes e destruição, o filme tem uma levada de comédia, o que garante boas risadas. Mas, a partir do acidente que provoca o incêndio, o filme é ação e suspense até o final. As cenas são muito bem feitas, assim como os efeitos especiais. Vale a pena conferir, pois é um ótimo entretenimento para toda a família. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014


A história de Philomena”, produção inglesa de 2013 dirigida por Stephen Frears, é realmente incrível. Ainda mais por ser baseada em fatos reais. Muito jovem, a irlandesa Philomena Lee (Judi Dench) engravida do namorado. Enviada a um convento, ela dá à luz a um menino, Anthony, que por volta dos quatro anos é adotado por um casal de norte-americanos e levado para os EUA – na época, soube-se depois, 2.200 crianças irlandesas tiveram o mesmo destino. Ano após ano, inconformada, Philomena voltaria ao convento inúmeras vezes para tentar descobrir o destino do seu filho, mas nunca teve sucesso. Em 2002, já enfermeira aposentada morando em Londres, ela conhece o jornalista Martin Sixsmith, que na ocasião estava desempregado. Ela conta sua história e, meio a contragosto, Martin resolve ajudar Philomena a descobrir o destino do filho, busca que vai levá-los à Irlanda e aos EUA. As revelações vão acontecendo e Martin chega à conclusão que tem uma grande história nas mãos, o que se confirmaria com um livro e, agora, com um grande filme. O comediante Steve Coogan, que também escreveu o roteiro e co-produziu, interpreta o jornalista. Mas o show mesmo é de Judi Dench. Não se pode perder um filme como “Philomena”.