“O AFOGAMENTO”
(“THE DROWNING”),
2016, Estados Unidos, disponível na plataforma Netflix, 1h39m, direção de Bette
Gordon. O roteiro, inspirado no livro “Border Crossing” (2001), de Pat Barker,
foi escrito por Stephen Molton e Frank Pugliese. A história começa quando o
psicólogo Tom Seymour (Josh Charles) e sua esposa Lauren (Julia Stiles) estão fazendo
uma caminhada à beira de um lago. De repente, percebem que um jovem se atira na
água evidentemente para se matar. Tom mergulha e consegue salvar o rapaz, que,
para surpresa do psicólogo, identifica-se como Danny Miller (Avan Jogia), que
há 12 atrás, quando tinha 11 anos de idade, foi condenado à prisão depois de
cometer um assassinato. Durante o julgamento, Tom foi chamado para depor sobre
as condições psicológicas do garoto assassino, chegando à conclusão de que ele
deveria ser preso. Tanto tempo depois, Danny sai da cadeia no regime
condicional, mas seu comportamento ainda é de um jovem perturbado que precisa urgentemente de auxílio psicológico. Ele passa a assediar a família de Tom, levando o
espectador a crer que logo virá a vingança final por parte de Danny. O psicólogo
também acredita nessa hipótese e começa a agir como um paranoico, o que afetará
até mesmo o seu relacionamento com Lauren. Enfim, você espera que algo de ruim
vem por aí, mas somente no desfecho é que acontece. Até lá, é só enrolação. A
história até que não é ruim, mas poderia resultar num filme muito melhor se o roteiro fosse mais criativo, indo a fundo no suspense. O ator Avan Jogia foi mal escolhido para o papel de
vilão da história. Seu jeito e sua aparência estão mais para um personagem de “Malhação”,
tipo um jovem perdido e carente precisando do colo da mãe, e jamais um
psicótico. Não há um ator que se destaque, a maioria atuando no piloto automático. Resumo da ópera: como suspense, “O Afogamento” nunca vem à tona.