“A
QUARTA REPÚBLICA” (“4TH REPUBLIC”), 2019, Nigéria, 1h59m, direção de Ishaya Bako,
que também assina o roteiro juntamente com Emil Garuba e Zainab Omaki. É mais
um bom exemplo do vigoroso cinema nigeriano, também conhecido como Nollywood, hoje
o segundo o maior produtor de filmes do mundo, só superado pela Índia (Bollywood)
e à frente dos Estados Unidos, em terceiro lugar. Trata-se de um thriller
político que retrata de forma realista e contundente como ocorrem as eleições
da Nigéria, em meio a fraudes, corrupção generalizada e até assassinatos. No caso,
trata-se das eleições para governador do Estado de Kogi, disputadas por Idris
Sani (Sani Muazu), que busca a reeleição, e a candidata da oposição Mabel King
(Kate Henshaw). Horas após o final das eleições, o local de votação – uma escola
- de uma das zonas eleitorais mais importantes sofre um atentado que resultou
em várias mortes, uma delas a de Sikirou (Jide Attah), gerente da campanha de
Mabel. A escola foi incendiada e ficou totalmente destruída, sendo impossível contabilizar
os votos, que, conforme as pesquisas, dariam maioria à candidata oposicionista.
O caso terminou na justiça, pois Mabel entrou com ação reivindicando novas
eleições e acusando o atual governador pelo atentado. Durante o julgamento,
tudo caminhava em favor de Idris, até que um vídeo, feito por um dos sobreviventes
do atentado, provocaria uma reviravolta na história. “A Quarta República”, totalmente
falado em inglês (a língua oficial da Nigéria), está à disposição na plataforma
Netflix desde o dia 13 de junho de 2020. O filme foi produzido com o objetivo
de conter a violência eleitoral no país, sendo patrocinado por doações da
Fundação John D./Catherine T. MacArthur e da Open Society Initiative for West
Africa (OSIWA). Sem dúvida, um filme bastante impactante e esclarecedor, que
merece ser conferido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário