segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 

“A QUARTA REPÚBLICA” (“4TH REPUBLIC”), 2019, Nigéria, 1h59m, direção de Ishaya Bako, que também assina o roteiro juntamente com Emil Garuba e Zainab Omaki. É mais um bom exemplo do vigoroso cinema nigeriano, também conhecido como Nollywood, hoje o segundo o maior produtor de filmes do mundo, só superado pela Índia (Bollywood) e à frente dos Estados Unidos, em terceiro lugar. Trata-se de um thriller político que retrata de forma realista e contundente como ocorrem as eleições da Nigéria, em meio a fraudes, corrupção generalizada e até assassinatos. No caso, trata-se das eleições para governador do Estado de Kogi, disputadas por Idris Sani (Sani Muazu), que busca a reeleição, e a candidata da oposição Mabel King (Kate Henshaw). Horas após o final das eleições, o local de votação – uma escola - de uma das zonas eleitorais mais importantes sofre um atentado que resultou em várias mortes, uma delas a de Sikirou (Jide Attah), gerente da campanha de Mabel. A escola foi incendiada e ficou totalmente destruída, sendo impossível contabilizar os votos, que, conforme as pesquisas, dariam maioria à candidata oposicionista. O caso terminou na justiça, pois Mabel entrou com ação reivindicando novas eleições e acusando o atual governador pelo atentado. Durante o julgamento, tudo caminhava em favor de Idris, até que um vídeo, feito por um dos sobreviventes do atentado, provocaria uma reviravolta na história. “A Quarta República”, totalmente falado em inglês (a língua oficial da Nigéria), está à disposição na plataforma Netflix desde o dia 13 de junho de 2020. O filme foi produzido com o objetivo de conter a violência eleitoral no país, sendo patrocinado por doações da Fundação John D./Catherine T. MacArthur e da Open Society Initiative for West Africa (OSIWA). Sem dúvida, um filme bastante impactante e esclarecedor, que merece ser conferido.    

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