quinta-feira, 21 de outubro de 2021

 

“A BATALHA ESQUECIDA” (“DE SLAG OM DE SCHELDE”), 2020, produção original Netflix, Holanda/Lituânia/Bélgica, 2h4m, segundo longa-metragem dirigido por Matthijs Van Heijningen Jr., seguindo roteiro escrito por Paula Van Der Oest, Jesse Mainan, Pauline Van Mantgem e Reinier Smit. Mais uma história da fonte inesgotável de histórias verídicas ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Desta vez, o foco é a libertação da Holanda da ocupação nazista, em meados de 1944, depois da violenta batalha de Walcheren Causeway, travada ao norte da Bélgica e sudeste da Holanda, na província da Zelândia, em Antuérpia, pelos exércitos britânicos e canadenses contra os algozes nazistas. A vitória dos britânicos e canadenses empurrou as forças alemãs para o interior, ajudando na estratégia da invasão dos países aliados na Normandia. O filme destaca, em especial, três personagens principais: um aviador britânico piloto de planador, uma jovem holandesa filha de um médico e um holandês que luta pelo exército alemão. Cada um deles viveu de perto os horrores da guerra, sobrevivendo graças a verdadeiros milagres. Esses três personagens só se encontrarão no desfecho, em uma cena bastante comovente. Estão no elenco Susan Radeer, Tom Felton, Giss Blom e Jamie Flatters. Destaco o excelente trabalho dos roteiristas e do cineasta holandês Van Heijningen Jr., mais conhecido como diretor de curtas. As cenas de batalha, tanto aéreas como terrestres, são sensacionais. Parece que você está lá, dentro do avião ou nas trincheiras, com bala passando por tudo que é lado. Para quem gosta de filmes históricos, principalmente envolvendo guerras, “A Batalha Esquecida” é um ótimo programa.             

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

 

“ENTRE FRESTAS” (“HYACINTH”), 2021, Polônia, 1h52m, disponível na plataforma Netflix desde 13/10/2021, direção de Piotr Domalewski e roteiro de Marcin Ciaston. Trata-se de um thriller policial baseado em fatos reais ocorridos na década de 80 na ainda comunista Polônia. Para situar o contexto, o filme retrata a Operação Jacinto (Hyacinth), realizada entre 1985 e 1987, cujo objetivo era catalogar nomes de homens da comunidade gay de Varsóvia. A preocupação do governo era coibir a prostituição e a propagação da Aids. A ação envolveu o Ministério de Segurança Pública da Polônia e a Milícia Cidadã Comunista MO). Em meio a esse trabalho, surgiu um serial killer matando gays. Dessa forma, o Departamento de Polícia foi acionado, cabendo ao detetive Robert (Tomasz Zietek) e ao seu parceiro Wojtk (Tomasz Schuchardt) o comando das investigações. Quando um dos suspeitos acaba assassinado, autoridades governamentais obrigam Robert e Wojtk a encerrar os trabalhos, atribuindo os crimes à vítima. Claro que havia a intenção de esconder alguns podres, como, por exemplo, evitar que os nomes de alguns gays importantes venham a público. Robert resolve continuar a investigação por conta própria, mesmo com a pressão das autoridades, inclusive do seu pai Edward (Marek Kalita), coronel da polícia secreta. Em meio a toda essa confusão, Edward recebe a notícia de que foi selecionado para a carreira de oficial da academia de polícia, além de estar prestes a se casar com Halinka (Adrianna Chlebicka). Durante suas investigações particulares, Robert conhece o jovem estudante universitário Erik (Hubert Milkowski), que acaba se transformando em seu informante e, depois, seu... Bom, deixa pra lá. “Entre Frestas” foi aclamado pela crítica em vários festivais pelo mundo, recebendo nada mais do que 25 prêmios, um deles de Melhor Filme no Festival do Cinema Polonês de 2021. Realmente, o filme é muito bom, prende a atenção do começo ao fim, repleto de suspense, graças a um roteiro muito bem elaborado e uma primorosa recriação de época. Mais um filmaço do excelente cinema polonês.               

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

 

“A FUGA DOS AVÓS” (“JOYEUSE RETRAIT!”), 2019, França, disponível na plataforma Netflix, 1h40m, direção de Fabrice Bracq, que também assina o roteiro com a colaboração de Guillaume Clicquot De Mentque. Comédia bem divertida dirigida ao público adulto, principalmente aos avós e aposentados. Marilou (Michèle Laroque) e Philippe Blanchot (Thierry Lhermitte) acabam de se aposentar e pretendem concretizar um sonho antigo: sair de Paris para morar em Portugal. Ou seja, sonham em curtir a aposentadoria – e a velhice – longe dos filhos e dos netos. Enfim, querem sossego. Na prática, porém, a teoria é outra. Enquanto planejam os preparativos para a mudança, os problemas da família crescem num ritmo vertiginoso. Mamiline (Judith Magre), mãe de Philippe, recebe a notícia de que está gravemente doente e tem poucos meses de vida. O genro Arnaud (Omar Mebrouk), casado com Cécile (Nicole Ferroni), é expulso de casa com o cachorro e se refugia na casa de Marilou e Phiippe. O outro filho do casal, Martin (Gérémy Crédeville), embora casado com Lea (Constance Labré), é flagrado na cama com outro homem. A confusão está formada na família, arruinando de vez o sossego pretendido pelo casal de aposentados. Diante de tantos problemas, Philippe e Marilou aceleram os preparativos para a mudança, mas, até lá, muita água vai rolar. De todos os momentos divertidos do filme, um em especial merece destaque. A cena acontece na casa de repouso onde Mamiline é internada. A piada sobre Brigitte Bardot é a cereja do bolo desta ótima e saborosa comédia francesa. A atuação de Michèle Laroque é outros dos trunfos do filme. Resumindo, tudo funciona bem em “A Fuga dos Avós”. O roteiro, os diálogos, as piadas, o elenco, a fotografia, a trilha sonora. O filme estreou no circuito comercial da França no início de 2020 e teve um grande sucesso de bilheteria, o que motivou a realização de uma sequência. Não deixe de ver e se divertir!