Ou Keanu Reeves estava
precisando de grana ou então é amigo dos produtores ou do diretor do filme. Não
dá para entender como o astro norte-americano concordou em participar – ainda mais
como personagem principal – de um filme tão ruim como “SIBERIA”, de 2018, roteiro e direção de um tal de Matthew Ross. O
filme é horrível do começo ao fim, o roteiro é confuso demais e a história é
ridícula, não dá para entender bulhufas. E, para culminar, a produção é toda de
filme B, ou seja, pobre, de segunda classe. Reeves interpreta Lucas Hill, um
comerciante de diamantes azuis valiosos que marca um encontro com o sócio Piotr
(Boris Gulyarin) na Rússia para negociar a venda de 12 peças ao mafioso Boris
Volkov (Pasha D. Lychnikoff). O sócio Piotr acaba sumindo e, seguindo uma
pista, Hill vai tentar encontrá-lo em Mirny, na região leste da Sibéria. Aqui
ele conhece Katya (a atriz romena feiosa e dentuça Ana Ularu) e, numa grande
forçada de barra do roteiro, os dois acabam se apaixonando. Hill, inclusive,
acaba tomando uma surra dos irmãos da moça. Nada a ver com a história dos
diamantes. Tudo é muito ridículo e indecifrável, culminando com um desfecho dos
mais deploráveis. Grande favorito ao Troféu Framboesa, prêmio aos piores filmes
do ano. Uma bomba atômica. Fuja a galope!
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
terça-feira, 18 de setembro de 2018
“PIRATAS
DA SOMÁLIA” (“THE PIRATES OF SOMÁLIA”), 2017, EUA, conta uma história
incrível baseada em fatos reais. Em 2008, o jovem norte-americano Jay Bahadur (Evan
Peters) resolveu que seria um jornalista famoso, mesmo sem nenhuma experiência
nem faculdade. Quando ele encontra por acaso o jornalista aposentado Seymour
Tobin (Al Pacino), conhecido pelas coberturas internacionais nas zonas de conflito
em países em guerra, Bahadur chega à conclusão de que para ele não bastaria ser
um simples repórter do jornal da cidade. Ele queria muito mais, talvez viajar para
um país onde nenhum outro jornalista teria coragem de ir. Naquele ano, 2008,
o assunto que estava em evidência eram os ataques de piratas da Somália contra
navios cargueiros. E não é que Bahadur vai para a Somália na tentativa de fazer
uma reportagem justamente com os piratas? Uma aventura e tanto, como você
poderá comprovar assistindo a este ótimo filme de ação e suspense. A direção é
de Bryan Buckley, também autor do roteiro, adaptado do livro “The Pirates of
Somalia”, escrito pelo próprio Jay Bahadur. Este foi o segundo longa-metragem escrito e dirigido por Buckley. O primeiro foi "Medalha de Bronze", de 2015. Uma curiosidade é a participação do
ator somaliano Barkhad Abdi como Abdi, encarregado de traduzir as entrevistas
de Bahadur. Ele havia participado do ótimo “Capitão Phillips”, de 2013, com Tom
Hanks, cuja história também envolve piratas somalianos. Nesse filme, Barkhad
Abid – que é a cara do Ronaldinho Gaúcho, inclusive a dentuça - fazia papel de
um pirata bastante violento. O filme tem também a participação especial e efêmera da
atriz Melanie Griffith, meio sumida ultimamente. “Piratas da Somália” é um
ótimo entretenimento, valorizado pelo fato de contar uma história verídica.
domingo, 16 de setembro de 2018
“TIRE-ME
UMA DÚVIDA” (“OTEZ-MOI D’UN DOUTE”), coprodução França/Bélgica de
2017, com roteiro e direção de Carine Tardieu. O título em português foi
traduzido por mim. Se o filme chegar até nós – se chegar -, não sei que
tradução darão. Trata-se de uma comédia romântica centrada no cinquentão Erwan
Goumelon (o ator belga François Damiens, do ótimo “Os Cowboys”), cuja profissão
é das mais interessantes e arriscadas. Contratado por uma empresa de construção
da Bretanha, ele é especialista em desmontar e detonar minas terrestres,
mísseis, granadas, torpedos e outras bombas remanescentes da Segunda Guerra
Mundial. Depois que sua filha Juliette (Alice de Lencquesaing) engravida e não
quer entregar quem é o pai, Erwan vai com ela para fazer exame de DNA. Durante
o procedimento, ele descobre que Bastien Goumelon (Guy Marchand) não é seu pai
biológico. Ele contrata um detetive para tentar descobrir quem é seu pai
verdadeiro e acaba encontrando, num vilarejo a 20 quilômetros de onde mora, o
simpático Joseph Levkine (André Wilms), que tem uma bela filha, a veterinária Anna
(Cécile de France, de “O Garoto de Bicicleta), pela qual Erwan se apaixona. Só
que ela pode ser sua meia-irmã. E aí, o que fazer? A confusão está formada,
com muitos momentos de bom humor, tornando este filme um entretenimento dos
melhores.
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