“BORG vs. MCENROE”, 2017, Suécia/Dinamarca, direção de
Janus Metz Pedersen, com roteiro de Ronnie Sandahl. O filme apresenta os bastidores
dos meses que antecederam a disputa do Torneio de Wimbledon de 1980, quando o tenista
nº 1 do mundo, o sueco Björn Borg, tentaria sua quinta vitória consecutiva,
atingindo um feito inédito. Em seu caminho, porém, estava o norte-americano
John McEnroe. Tudo levava a crer que a final seria entre os dois, o que a mídia
da época já alardeava como a partida do século. Os grandes tenistas tinham temperamentos
completamente diferentes: Borg, de 24 anos, era frio e calculista, jogava no
fundo da quadra e tinha enorme paciência para conquistar os pontos – por isso,
era chamado de “IceBorg”; McEnroe, com 20 anos, era explosivo, sacava e corria
para a rede para fechar os pontos, reclamava toda hora com o juiz de cadeira e brigava
com o público. Enquanto Borg era idolatrado, McEnroe era odiado e sempre vaiado
pelos torcedores. Pressionado com a perspectiva de conquistar o seu 5º título
consecutivo de Wimbledon, Borg sofria com a pressão de sair vitorioso, o que gerou
desentendimentos com o seu treinador Lennart Bergelin (Stellan Skarsgard) e com
a namorada Mariana Simionescu (Tuva Novotny). Ou seja, Borg não era aquele
tenista livre de sentimentos. Borg é interpretado com muita competência pelo ator
sueco Sverrir Gudnason, que tem uma incrível semelhança física com o grande
tenista. O ator Shia Labeouf faz um McEnroe bastante antipático e histérico,
exatamente o perfil do original. Enfim, o filme deve agradar apenas aos amantes
do tênis, principalmente aqueles que curtiram e acompanharam a trajetória dessas
duas lendas do esporte. O filme teve sua estreia mundial durante o 42º Festival de Toronto, em setembro de 2017.
sábado, 3 de março de 2018
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
“MARSHAL”, EUA, 2017, direção de Reginald
Hudlin. Trata-se de um ótimo drama de tribunal, que ficou melhor ainda por ser
baseado em fatos reais. Ambientado no início dos anos 40, o filme recorda um
dos casos mais famosos do advogado Thurgood Marshall (Chadwick Boseman, o “Pantera
Negra” atualmente em cartaz), que anos mais tarde seria o primeiro juiz
afro-descendente a pertencer à Corte Suprema Americana. Em início de carreira, Marshall
percorria o território norte-americano como advogado da ANPPC (Associação Nacional
para o Progresso de Pessoas de Cor), defendendo os negros acusados, justa ou
injustamente, por algum crime – ser negro nos EUA, naquela época, era meio
caminho andado para a prisão. O caso retratado no filme relembra como Marshall
atuou na defesa do motorista particular Josepho Spell (Sterling K. Brown),
acusado de estuprar e tentar assassinar sua patroa, a socialite Eleonor
Strubing (Kate Hudson, ótima como mulher fatal). Durante o julgamento, Marshall contou com a colaboração
de Sam Friedman (Josh Gad), um advogado bastante atrapalhado e responsável por
várias e ótimas cenas de humor. A surpreendente reviravolta no final torna o
filme ainda mais interessante. “Marshall” disputará o Oscar 2018 na categoria Melhor
Canção Original (“Stand up for Something”).
domingo, 25 de fevereiro de 2018

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