“Oldboy – Dias de Vingança” (“Oldboy”), de 2013, direção de Spike Lee, é mais uma
prova contundente da falta de roteiristas criativos na indústria cinematográfica
do Tio Sam. Trata-se de um novo remake, desta
vez do filme sul-coreano “Oldboy” de
2003 dirigido por Park Chan-wook. O executivo Joe Douchett (Josh Brolin) é
sequestrado e fica preso num quarto, isolado, durante 20 anos. Ele nem imagina
o motivo. Pelo noticiário da TV instalada no quarto, ele ouve a notícia do
assassinato da mulher. Os sequestradores forjam tudo, espalham provas na cena
do crime como se Joe tivesse feito tudo aquilo. A filha de três anos, Mia, é
entregue para adoção. Durante todo o período em que fica preso, Joe treina
artes marciais através de um programa na TV. Quando é libertado, vira uma arma
mortal e aí vai tentar descobrir quem o sequestrou e o manteve preso durante 20
anos e o motivo pelo qual fez isso. A partir daí, a pancadaria vai correr solta. Nesse meio tempo,
ele conhece Marie (Elizabeth Olsen), uma assistente social, pela qual acaba se apaixonando.
No final, uma reviravolta de embrulhar o estômago – o estômago dele, Joe. É um
filme bastante interessante não apenas para quem quiser comparar as duas
versões, mas pelo trabalho de Spike Lee, que, todo mundo sabe, é um diretor diferenciado, que tem um estilo próprio de filmar. Vale a pena conferir!
sexta-feira, 7 de março de 2014
quinta-feira, 6 de março de 2014
“Desafio no Ártico” (“The Snow Walter”) é um filme repleto de ação e aventura, daqueles em que a gente reúne a família na sala com muita pipoca. Trata-se de um filme canadense da Columbia
Pictures produzido em 2003 e dirigido por Charles Martin Smith. O enredo é baseado
no conto “Walk Well, my Brother”, de Farley Mowat. A história acontece em 1953,
quando o piloto Charlie (Barrie Pepper), herói na 2ª Guerra Mundial, é designado
pelo seu chefe Walter (James Cromwell), dono de uma companhia de aluguel de
aviões pequenos, para testar um novo modelo de aeroplano. Ele aterrissa numa
área deserta e encontra uma família de esquimós, cuja filha Kanaalaq (Annabella
Piugattuk) parece estar com tuberculose. Charlie se compromete a levá-la a um
hospital da cidade mais próxima, o que significará uma mudança no seu roteiro
de viagem e também irá dificultar as buscas posteriores. Por causa de um
problema mecânico, o avião acaba caindo numa região inóspita e gelada do Ártico
canadense. A partir daí, a sobrevivência de ambos vai depender de muito
sacrifício e da experiência de caçadora da jovem esquimó. O filme mantém
um ritmo constante de ação e aventura até o final. Vale a pena!
terça-feira, 4 de março de 2014
A cineasta
francesa Claire Denis fez filmes bem melhores que esse “Bastardos” (“Les Salauds”), que dirigiu em 2012 e que
estreou no Festival de Cannes/2013. Por
exemplo, “35 Doses de Rum (2008), ou então “Minha Terra África” (2009). Não que
“Bastardos” seja ruim. Mas é pesado
demais, arrastado demais, escuro demais, os personagens são todos problemáticos, depressivos e
estressados, e o enredo é um tanto confuso. Marco (Vincent Lindon) é comandante
de navio e volta para terra quando seu cunhado se suicida. A irmã Sandra (Julie
Battaille) está completamente falida e, ainda por cima, tem uma filha prostituta
e drogada. Marco vende tudo que tem, até o carro e o relógio, para ajudar a
irmã. No prédio em que aluga um apartamento, Marco conhece uma vizinha
misteriosa, Raphaelle (Chiara Mastroianni), amante de um poderoso empresário,
com a qual começa um caso. Daí para a frente, a história deixa de lado a
coerência para entrar num labirinto de situações que pode deixar o espectador
meio perdido. É um filme de difícil digestão, mas, como trunfo, conta com um
elenco excelente. Além de Vincent,
Battaille e Mastroianni, tem ainda Michel Subor, Lola Creton, Alex
Descas e Grégoire Colin. Só para os aficionados pelo cinema francês ou então para quem está estudando a língua.
“Os filhos do Padre” (“Svecenikova Djeca”), de 2013, é uma comédia muito divertida.
Trata-se de uma co-produção Croácia/Sérvia. Don Fabian (Kresimir Mikic) é um
jovem padre católico designado para a paróquia de uma vila litorânea na
Dalmácia, região do Mar Adriático. Nas primeiras semanas, ele percebe que não
há nascimentos, só mortes. Intrigado, acaba descobrindo que o motivo é a alta
demanda de preservativos. Fabian, então, resolve adotar uma medida drástica:
furar as camisinhas. O resultado é um boom
de nascimentos jamais visto na vila, o que vai gerar muita confusão, ainda mais pelo fato de que nem todo mundo na vila é santo ou fiel. O
diretor Vinko Bresan, na base do humor, é claro, dá umas cutucadas na Igreja.
Faz piadas envolvendo pedofilia e sexo. A mais engraçada, porém, acontece
quando um bispo vem visitar a vila. Uma luxuosa lancha está atracando e um
morador diz a Fabian que o barco deve ser de algum mafioso, no exato momento em
que sai da lancha justamente o bispo. Além do filme ser bastante interessante e
engraçado, deve-se destacar o fato de ter sido co- produzido por sérvios e croatas,
que até pouco tempo atrás se digladiavam. É a arte promovendo a paz.
segunda-feira, 3 de março de 2014
“Além da Fronteira” (“Out in the Dark”) é uma
co-produção Israel/EUA/Palestina de 2012. Trata-se de um drama e conta a história do jovem palestino
Nimer Masharawi (Nicholas Jacob), que frequentemente costuma burlar a segurança
da fronteira com Israel para ir a boates homossexuais de Tel Aviv. Numa noite,
conhece o advogado israelense Roy Schaefer (Michael Aloni). Os dois se apaixonam.
Nimer faz teste para cursar Psicologia numa Escola de Tel Aviv e é aprovado. Com isso, ganha um passe livre para permanecer em território
israelense, o que reforçará sua relação com Roy, que o convida para morar em
seu apartamento. Só que vão ocorrer alguns imprevistos que mudarão o rumo da
história. Por exemplo, a família de Namir descobre sua opção sexual e, pior,
seu caso amoroso com um israelense, o que é considerado uma traição à causa
palestina. Namir é expulso de casa. Nesse meio tempo, o serviço secreto de Israel
descobre que Nabil (Jamil Khoury), irmão de Namir, pertence a uma organização
terrorista e guarda armas em sua casa. Por causa disso, Namir perde o passe
livre e é expulso de Israel. A situação fica crítica e Namir terá que contar
com a ajuda de Roy para encontrar uma solução. A partir de sua metade, o filme
ganha em ação e suspense, prendendo a atenção do espectador até o final. Como
tudo isso vai acabar? Enfim, o filme é muito bom e sua qualidade fica ainda mais comprovada pelos vários prêmios que conquistou em festivais de cinema pelo mundo afora.
domingo, 2 de março de 2014
“O Último Roubo” (“Den
Sorte Madonna”), de 2007, é uma comédia policial dinamarquesa com o ator Anders
W. Berthelsen, dos ótimos “Rosa Morena” (co-produção brasileira) e “SuperClássico”.
Ele faz um policial encarregado de investigar o roubo de um famoso quadro
intitulado “A Madona Negra”. A tela havia sido roubada por uma quadrilha e
acaba nas mãos de Maria (Tuva Novotny), filha de um dos ladrões. Além da
polícia e da quadrilha que roubou o quadro, está atrás da obra um perigoso
mafioso russo. Aí a confusão está armada. O filme tem bastante ação, cenas de filme
pastelão, tiros, perseguições e até um romance. Os bandidos são todos
atrapalhados. Com pipoquinha, numa sessão da tarde, até que dá para ver. E pela
curiosidade de conhecer o humor dinamarquês.
“Mary e Martha, Unidas pela Esperança” (“Mary & Martha), 2013, EUA/Inglaterra, conta uma
história bonita e comovente (baseada em fatos reais). Os destinos de duas mães,
uma residente nos EUA e a outra na Inglaterra, vão se cruzar na África. Ambas acabam de enfrentar dramas semelhantes: seus filhos são mortos pela malária no continente africano. Depois da tragédia, a norte-americana Mary (Hillary Swank) e a
inglesa Martha (Brenda Blethyn) ficam por um tempo na África como voluntárias
assistenciais ajudando as vítimas da doença. Era preciso, porém, mobilizar as
autoridades mundiais para o grave problema. Havia necessidade primordial de remédios,
médicos, comida, postos de saúde etc. Nos EUA, as duas conseguem uma audiência pública com
uma Comissão especial do Congresso, durante a qual apresentam números
impressionantes com relação à malária. Por exemplo: some-se o número de mortos nos
conflitos do Oriente Médio desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, até hoje; mais
os mortos nas guerras da Coreia, Vietnã, Iraque e Afeganistão; mais os mortos
em atentados terroristas realizados nos últimos vinte anos. Esse total,
multiplicado por dois, é o equivalente ao número de mortes por malária no mundo
em apenas um ano, em sua grande maioria crianças. A incidência maior acontece,
é claro, na África. O filme é ótimo, mostra cenários deslumbrantes do continente
africano e conta com duas grandes atrizes como Hillary Swank e, principalmente,
a maravilhosa Brenda Blethyn. Simplesmente imperdível!
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