“NOCAUTE” (“Southpaw”), 2015, EUA, direção de Antoine Fuqua (do ótimo “Dia de Treinamento”,
com Denzel Washington). O lutador Billy “The Great” Hope (Jake Gyllenhaal) é um
grande campeão dos meio-pesados. Está invicto há 43 lutas, ganhou muito
dinheiro, mora numa mansão, é casado com uma linda mulher, Maureen (Rachel
McAdams, vá ser bonita assim em Hollywood!) e tem uma filha que é uma gracinha, Leila (Oona Laurence). Uma
tragédia familiar, porém, mudará os rumos do que estava sendo uma vida boa. Eis
aqui o verdadeiro nocaute a que se refere o título. Billy Hope acaba perdendo
tudo, inclusive a filha, entregue ao Serviço Social do Tio Sam. Quando parecia
que tudo estava perdido, o lutador é recebido na academia do técnico Titus
Willis (Forest Whitaker). É Titus que tentará reverter a situação, domando o
gênio indomável de Hope e colocando-o de volta aos ringues. As cenas de luta
são as melhores que já vi no cinema. Ator e coadjuvantes parecem bater e
apanhar de verdade. Até o sangue que jorra parece de verdade. O ator Jake
Gyllenhaal está ótimo, superando seus excelentes desempenhos em outros filmes,
principalmente em “O Abutre” e “Brokeback Montain”. 124 minutos de pura emoção.
Um filmaço!
sábado, 16 de janeiro de 2016
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
“NO RITMO DO AMOR” (“Sipur Hatzi-Russi”), Israel, 2006, gira em torno do menino Chen
(Vladimir Volov), que mora com os pais numa cidade litorânea de Israel onde há
uma comunidade bastante grande de judeus russos. Filho de mãe russa e pai
judeu, Chen pratica judô num centro comunitário. Aqui, ele se apaixona por uma
garota russa que frequenta a academia de balé. Chen ingressa nas aulas de dança
para se aproximar da menina, o que não será nada fácil. Embora vivendo na mesma
comunidade, russos e israelenses vivem em pé de guerra. Além desse aspecto,
Chen é obrigado a conviver com as brigas constantes dos pais. Sua mãe é
extrovertida, gosta de sair para dançar e se divertir, enquanto o pai,
fotógrafo de casamentos, fica em casa remoendo os ciúmes. Com o casal de russos
que comanda a academia acontece o contrário: é ele quem assedia as alunas e
toda hora está pulando a cerca. O filme, dirigido por Eitan Anner, tem uma
levada de comédia e é muito alegre, muito musical. Imagine russos e israelenses
dançando ao som de rumba e chá-chá-chá. Não me lembro se o filme passou por aqui no circuito comercial, mas provavelmente não. De qualquer forma, trata-se de um filme leve e divertido, garantindo um bom entretenimento.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
O drama
holandês “A ACUSADA” (“LUCIA DE B.”), 2014, direção de Paula van der Oest, conta a história do rumoroso caso
judicial que durante quase 10 anos mobilizou os holandeses e a Europa. Em 2001,
a enfermeira Lucia de Berk (Ariane Schluter) foi presa sob a acusação de sete
assassinatos e três tentativas de homicídio – as vítimas eram bebês e idosos.
Logo apelidada de “Anjo da Morte”, Lucia foi julgada e condenada à prisão
perpétua em 2003, sempre jurando inocência. Seu advogado Quirijn Herzberg
(Fedja van Huet) recorreu da sentença inúmeras vezes, não conseguindo absolver
sua cliente. O caso teria uma reviravolta somente em 2010, graças a uma
revelação bombástica de uma assistente da Promotoria, Judith Jansen (Sallie Harmsen).
Embora apresente a história de forma documental, o filme mantém um clima de
tensão e suspense até o seu final. A quem quiser assistí-lo e não conhece a
história, recomendo que não pesquise o que aconteceu para não estragar a
surpresa do desfecho. Destaque para a atuação da veterana Ariane Schluter (“A
Montanha Matterhorn”). Como representante da Holanda, o filme concorreu na
categoria de Melhor Filme Estrangeiro ao Oscar 2015. Sem dúvida, um bom filme
de tribunal.
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