“MARIE
CURIE: A CORAGEM DO CONHECIMENTO” (“Marie Curie”), coprodução
Polônia/Alemanha/França, roteiro e direção da alemã Marie Noëlle. O filme estreou
no Toronto International Film Festival em 2016, recebendo rasgados elogios.
Trata-se de mais uma adaptação cinematográfica da biografia da cientista polonesa
Marie Curie (cujo verdadeiro nome era Maria Sklodowska), responsável pela
descoberta da radioatividade. Ela saiu da Polônia para estudar na Universidade
de Sourbonne, onde conheceu o professor Pierre Curie, com quem se casaria e
formaria uma dupla consagrada de cientistas. Eles receberam o Prêmio Nobel de
Física em 1903. Em 1911, Marie ganhou o Nobel de Química, desta vez sozinha,
tornando-se a única pessoa, até hoje, a ganhar dois prêmios Nobel. Falado em
francês, o filme conta toda essa história, complementada por aspectos de sua
vida particular, como seu caso com um cientista casado, romance que acabou em
grande escândalo. Por ser mulher, Marie Curie enfrentou a desconfiança e uma
certa inveja dos cientistas. Marie encarou toda essa situação com muita
coragem, assim como lutou durante toda a sua vida pelo reconhecimento da
comunidade científica. Dessa forma, indico como obrigatório assistir “Marie
Curie”, interpretada com enorme competência pela atriz polonesa Karolina Gruszka. Também estão no elenco, entre outros, Charles Berling e Arieh Worthalter. fotografia e a ambientação de época também são destaques nesta ótima versão
cinematográfica da biografia desta cientista que anos mais tarde seria eleita a
mulher mais influente da História pela BBC History.
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
terça-feira, 20 de novembro de 2018
“O
MELHOR PROFESSOR DA MINHA VIDA” (“LES GRANDS ESPRITS”), 2017,
França, roteiro e direção de Olivier Ayache-Vidal em seu primeiro longa-metragem.
Professor de literatura francesa no renomado Liceu “Henri IV”, um dos mais
tradicionais colégios de Paris, frequentado pelos filhos da elite, François
Foucault (Denis Podalydès), a pedido do Ministério da Cultura, é designado para
dar aulas numa escola pública da periferia da capital parisiense, cujos alunos,
em sua maioria, são pobres, filhos de imigrantes africanos e árabes e com um
mínimo de cultura e educação. No início, Foucault tentou transmitir um pouco de
sua erudição e impor sua linha de trabalho, mas logo percebeu que teria que mudar de tática, interagir com os alunos e exercer sua função com mais psicologia. O roteiro dedica grande parte ao relacionamento
entre Foucault e Seydou (Abdoulaye Diallo), um jovem filho de imigrantes
africanos cujo comportamento tira qualquer professor do sério. As atuações de Denis
Podalydès, um consagrado ator francês de teatro, e do estreante Abdoulaye
Diallo, valem o ingresso. Mais uma joia do cinema francês, comovente, sensível
e, ao mesmo tempo, divertido na dose certa. Um belo filme que merece ser visto
por quem curte cinema de qualidade. Irresistível!
domingo, 18 de novembro de 2018
“O
CHEIRO DA TANGERINA” (“L’Odeur de La Mandarine”), 2015,
França, direção de Gilles Legrand, que teve a ideia do enredo, desenvolvido
para roteiro por Guilaume Laurant. Ambientado em 1918, às vésperas do término
da Primeira Guerra Mundial, o filme é centrado no relacionamento entre o
oficial de cavalaria Charles (Olivier Gourmet) e sua enfermeira Angèle (Georgia
Scalliet). Charles foi ferido gravemente no início do conflito e perdeu parte
da perna direita. Ele mora num casarão – na verdade, um castelo – da família,
com uma governanta e um motorista. Angèle foi contratada para cuidar do
ferimento de Charles. Juntamente com sua filha, fruto de um relacionamento
antigo, Angèle acaba morando no casarão e, com o correr do tempo, desperta uma
paixão desenfreada em Charles. Eles se casam e, no início, até que o
relacionamento funciona com harmonia, mas a questão sexual acaba interferindo e
causando problemas. Aliás, o pano de fundo do filme é todo dedicado ao sexo,
principalmente depois da chegada de um soldado desertor com seu cavalo. A “Tangerina”
do título é justamente a égua de Charles, que propõe um cruzamento entre ela e
o garanhão recém-chegado. Deu para sacar a intenção do título? Apesar de ser um
drama, o roteirista conseguiu achar espaço para alguns momentos de humor, tornando o filme ainda mais agradável. Além da história em si, o grande
trunfo do diretor Laurant foi escalar o excelente ator francês Olivier Gourmet
e a atriz de teatro Georgia Scalliet, que fez sua estreia no cinema. Os dois
estão ótimos e garantem, sozinhos, a qualidade da produção. O filme é excelente e merece ser conferido.
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