domingo, 18 de novembro de 2018


“O CHEIRO DA TANGERINA” (“L’Odeur de La Mandarine”), 2015, França, direção de Gilles Legrand, que teve a ideia do enredo, desenvolvido para roteiro por Guilaume Laurant. Ambientado em 1918, às vésperas do término da Primeira Guerra Mundial, o filme é centrado no relacionamento entre o oficial de cavalaria Charles (Olivier Gourmet) e sua enfermeira Angèle (Georgia Scalliet). Charles foi ferido gravemente no início do conflito e perdeu parte da perna direita. Ele mora num casarão – na verdade, um castelo – da família, com uma governanta e um motorista. Angèle foi contratada para cuidar do ferimento de Charles. Juntamente com sua filha, fruto de um relacionamento antigo, Angèle acaba morando no casarão e, com o correr do tempo, desperta uma paixão desenfreada em Charles. Eles se casam e, no início, até que o relacionamento funciona com harmonia, mas a questão sexual acaba interferindo e causando problemas. Aliás, o pano de fundo do filme é todo dedicado ao sexo, principalmente depois da chegada de um soldado desertor com seu cavalo. A “Tangerina” do título é justamente a égua de Charles, que propõe um cruzamento entre ela e o garanhão recém-chegado. Deu para sacar a intenção do título? Apesar de ser um drama, o roteirista conseguiu achar espaço para alguns momentos de humor, tornando o filme ainda mais agradável. Além da história em si, o grande trunfo do diretor Laurant foi escalar o excelente ator francês Olivier Gourmet e a atriz de teatro Georgia Scalliet, que fez sua estreia no cinema. Os dois estão ótimos e garantem, sozinhos, a qualidade da produção. O filme é excelente e merece ser conferido.      

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