“O
CHEIRO DA TANGERINA” (“L’Odeur de La Mandarine”), 2015,
França, direção de Gilles Legrand, que teve a ideia do enredo, desenvolvido
para roteiro por Guilaume Laurant. Ambientado em 1918, às vésperas do término
da Primeira Guerra Mundial, o filme é centrado no relacionamento entre o
oficial de cavalaria Charles (Olivier Gourmet) e sua enfermeira Angèle (Georgia
Scalliet). Charles foi ferido gravemente no início do conflito e perdeu parte
da perna direita. Ele mora num casarão – na verdade, um castelo – da família,
com uma governanta e um motorista. Angèle foi contratada para cuidar do
ferimento de Charles. Juntamente com sua filha, fruto de um relacionamento
antigo, Angèle acaba morando no casarão e, com o correr do tempo, desperta uma
paixão desenfreada em Charles. Eles se casam e, no início, até que o
relacionamento funciona com harmonia, mas a questão sexual acaba interferindo e
causando problemas. Aliás, o pano de fundo do filme é todo dedicado ao sexo,
principalmente depois da chegada de um soldado desertor com seu cavalo. A “Tangerina”
do título é justamente a égua de Charles, que propõe um cruzamento entre ela e
o garanhão recém-chegado. Deu para sacar a intenção do título? Apesar de ser um
drama, o roteirista conseguiu achar espaço para alguns momentos de humor, tornando o filme ainda mais agradável. Além da história em si, o grande
trunfo do diretor Laurant foi escalar o excelente ator francês Olivier Gourmet
e a atriz de teatro Georgia Scalliet, que fez sua estreia no cinema. Os dois
estão ótimos e garantem, sozinhos, a qualidade da produção. O filme é excelente e merece ser conferido.
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