“PONTE AÉREA”,
2014, escrito e dirigido pela jovem Júlia Rezende (“Meu Passado me Condena”), é
um bom drama romântico nacional. A história reúne Amanda (Letícia Colin) e Bruno
(Caio Blat). Eles se conhecem num hotel de Belo Horizonte, onde são obrigados a
se hospedar pela companhia aérea cujo voo para São Paulo é cancelado devido ao
mau tempo. Na mesma noite, os dois acabam na cama e, a partir daí, viverão um
romance tumultuado, principalmente pelas diferenças. Ele mora no Rio, é um
artista plástico que vive de bicos como grafiteiro, não tem dinheiro e muito
menos ambição. Ela é paulista, trabalha numa grande agência de publicidade e
acaba de ser promovida a Diretora de Arte. Nas idas e vindas de uma cidade para
a outra, eles se encontram, passam a noite juntos e passeiam como verdadeiros
namorados. Ao visitar o pai internado em estado grave em São Paulo, Bruno
descobre que tem um irmão pré-adolescente. A descoberta, e depois a morte do
pai, mexe com a cabeça de Bruno e a relação com Amanda fica por um fio. Não dá
pra contar o final para não estragar as surpresas. De qualquer forma, é um
filme interessante e que revela uma bela e excelente atriz, a paulista Letícia
Colin. Muita mulher pra pouco homem. Letícia é um mulherão e Blat baixinho, magro e feinho. Coisas inexplicáveis do amor...
sábado, 27 de junho de 2015
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Embora
o título nacional dê ideia de um filme de faroeste ou um policial violento, “RESPOSTA
À BALA” (“ANSWERED BY FIRE”) é um drama sério,
de fundo político, ambientado no Timor-Leste em 1999. Trata-se de uma
co-produção Canadá/Austrália, de 2006, produzida para a TV canadense. A
história enfoca o trabalho de uma equipe da ONU (Nações Unidas) designada para organizar
e fiscalizar a realização de referendo no Timor-Leste que consultaria a
população se queria obter a independência da Indonésia, que dominava, a ferro e
fogo, o pequeno país localizado na ilha de Timor, no Sudeste Asiático, desde 1975.
Desarmados e em pequeno número, os voluntários da ONU viveram situações de
extremo perigo, enfrentando as milícias sanguinárias mantidas e armadas pela
Indonésia, além da omissão escancarada dos policiais locais, responsáveis pela
segurança do pessoal. A diretora Jessica Hobbs soube manter um angustiante
clima de tensão em grande parte do filme, só amaciando no final, com direito a
desfecho parecendo novela da Globo. Nos principais papeis estão o ator
australiano David Waldman (o “Faramir” de “Senhor dos Aneis”) e a bonita atriz
canadense Isabelle Blais. O filme tem o mérito de abordar e reviver um fato
histórico e político da maior importância. Um bom programa para quem gosta de
História.
“LONGE DOS HOMENS” (“Loin Des Hommes”), 2014, direção de David Oelhoffen, é um
drama francês ambientado na Argélia em 1954, ano em que começa a Guerra da Independência
do país contra os colonizadores franceses. Num pequeno colégio localizado numa
região inóspita, árida e cercada por montanhas, o professor Daru (Viggo
Mortensen) dá aulas de francês às crianças do vilarejo. Quando eclode o
movimento, as autoridades policiais de uma cidade próxima, ocupadas demais com
o início da revolução, pedem a Daru que levem um argelino para ser julgado numa
outra cidade. Mohamed (Reda Kateb, ator que lembra, ao mesmo tempo, Anthony
Quinn e Mário Moreno, o “Cantinflas”), o argelino, é acusado de ter assassinado
um homem. Os parentes da vítima fatal querem vingança e partem no encalço de Mohamed.
Em meio a essa perseguição e ao fogo cruzado entre franceses e rebeldes
argelinos, Daru e Mohamed percorrem um caminho repleto de perigos. A amizade
entre os dois é o grande trunfo do filme. Daru mostra um grande sentido de
justiça e Mohamed de lealdade por aquele que o protege. A carga dramática da
história foi amenizada pelo roteiro, também escrito por Oelhoffen, que reservou
alguns diálogos bem-humorados entre Daru e Mohamed, além de uma fotografia
deslumbrante dos cenários desérticos onde o filme é ambientado. É um filme, sem
dúvida, bastante sensível, mas indicado apenas a um público mais restrito.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
“A INCRÍVEL HISTÓRIA DE ADALINE (“The Age of Adaline”), 2014, EUA, é um drama romântico com um
enredo fantasioso. Aos 27 anos de idade, Adaline Bowman (Blake Lively),
nascida no começo do Século XX, sofre um grave acidente de carro, que cai num rio e é
atingido por um raio. O efeito é o mesmo de um desfibrilador e ela praticamente
ressuscita. E com uma vantagem a mais: a partir dali, não envelhece mais. Os argumentos científicos
utilizados para tentar explicar o fenômeno são também fantasiosos. O filme pula
para 2014 e lá está ela com a mesma aparência, contracenando com a filha Flemming
(Ellen Burstyn) e reencontrando velhos amores, hoje literalmente velhos, como é
o caso de William Jones (Harrison Ford), coincidência das coincidências, pai de
seu namorado Ellis (Michiel Huisman). O filme é bom, bem produzido e vai
agradar principalmente os espectadores mais sensíveis e românticos. A jovem
atriz Blake Lively, mais conhecida por atuar na Série “Gossip Girl, tem sua
grande chance como protagonista principal. E não decepciona. Além de bonita e
charmosa, é muito competente. A direção é de Lee Toland Krieger (de “Celeste e
Jesse para Sempre”). A história de Adaline lembra muito outro filme, “O Curioso
Caso de Benjamin Button”, com Brad Pitt, embora neste caso o homem nasce velho
e vai rejuvenescendo. Um bom programa para uma sessão da tarde com pipoca.
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