“O BEIJO DO VAMPIRO” (“KISS OF THE DAMNED”), 2013, EUA, não segue a fórmula original
dos filmes de vampiro. Escrito e dirigido por Xan Cassavetes (filha do diretor
John Cassavetes e da atriz Gena Rowlands), o filme não tem castelo na montanha,
carruagens com cavalos pretos, morcegos, crucifixo e muito menos estacas. Mas
tem glamour, sexo, as mordidas tradicionais e muita mulher bonita – as
francesas Joséphine de La Baume e Anna Mouglalis, Roxane Mesquida, Riley
Keough, Alexia Landeau e Caitlin Keats. A história gira em torno da vampira
Djuna (La Baume), que vive enclausurada numa casa isolada. Só sai para alugar
filmes antigos, que assiste com lágrimas nos olhos. Resumindo, uma vampira
bastante sensível. Ao conhecer Paolo (Milo Ventimiglia), sua solidão vampiresca
se transformará numa paixão doentia. Eis que surge no pedaço a exuberante Mimi
(Mesquida), irmã de Djuna. O comportamento de Mimi é completamente diferente.
Extrovertida, gosta de sair pela noite, frequentar baladas, transar e morder à
vontade. A chegada de Mimi também vai abalar a relação de Djuna com Paolo. Os
fãs de filmes de vampiros vão gostar.
sábado, 26 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Depois
de “O Sexto Sentido”, de 1999, o então jovem diretor indiano M. Night Shyamalan
foi aclamado como um futuro gênio do cinema. Em seguida, porém, escreveu e dirigiu filmes
medianos e de qualidade duvidosa, como “Corpo Fechado”, “A Vila”, “Sinais” e “A
Dama na Água”, entre outros. No seu mais recente filme, “A VISITA” (“The Visit”), EUA, 2015, Shyamalan experimenta um terror
mais explícito. Becca (Olivia DeJonge) e seu irmão Tyler (Ed Oxebould), jovens
adolescentes, são enviados pela mãe (Kathryn Hahn) para passar uma semana na
fazenda dos avós (Deanna Dunagan e Peter McRobbie), com os quais não tem
contato há 15 anos, depois de uma briga familiar que a obrigou a sair de casa. Logo que chegam, Becca e Tyler percebem que algo de muito
estranho está acontecendo e resolvem, claro, investigar. E só no último dia, depois de uma semana de muita
tensão, acabam descobrindo um grande segredo e terão que correr para se salvar.
O diretor indiano utiliza o recurso da câmera amadora, como em “A Bruxa de
Blair”, e dá a entender que quem a manuseia é Becca e o irmão. Como terror, até
que o filme funciona, pois proporciona suspense e alguns bons sustos. Nada a
mais, porém, que justifique uma recomendação entusiasmada.
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
“SEGUNDA
CHANCE” (“EN CHANCE TIL”), 2014, Dinamarca, é um drama bastante pesado,
com altas doses de suspense, muita tensão e reviravoltas. Mais um bom filme
dinamarquês a ser visto. Andreas (Nikolaj Coster-Waldau, da série Game of Thrones) é policial, casado com
Anna (Maria Bonnevie) e pai de um bebê. Ao atender a uma chamada de briga
doméstica, Andreas e seu parceiro Simon (Ulrich Thomsen) encontram Tristan
(Nikolaj Lie Kaas) e Sanne (May Andersen) completamente drogados e fazendo o
maior escândalo. Tristan é um ex-presidiário que acabou de sair da cadeia. Os
policiais encontram o bebê do casal em péssimas condições. A cena é chocante. Por
causa de uma tragédia pessoal envolvendo sua esposa e seu filho Alexander,
Andreas acabará se ligando ao casal de drogados, numa trama que deixará o
espectador ansioso para descobrir o que acontecerá no final. O elenco,
constituído por alguns dos melhores atores dinamarqueses do momento, é o grande
trunfo do filme, ainda mais valorizado pela direção de Susanne Bier, consagrada com o Oscar 2011 de
Melhor Filme Estrangeiro pelo excelente “Em um Mundo Melhor”.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
A
comédia dramática francesa “EM UM PÁTIO DE PARIS” (“DANS LA COUR”), 2014, começa de forma leve, até engraçada,
mas, aos poucos, vai adquirindo tons dramáticos, culminando num desfecho
trágico. A história: por causa de uma crise depressiva, o músico quarentão
Antoine (Gustave Kervern) abandona sua banda de rock e vai trabalhar como
zelador de um antigo edifício em Paris. Com seu jeito bonachão, cativa os
moradores, fazendo amizade com alguns deles, como Mathilde (Catherine Deneuve),
esposa do síndico e também depressiva, e Stéphane (Pio Marmai), um ex-jogador
de futebol agora viciado em drogas. Antoine terá uma ligação mais forte com Mathilde.
Um é mais depressivo que o outro e, juntos, tentarão superar seus traumas. Mais
do que uma comédia dramática, trata-se de uma comédia melancólica, como melhor
definiu o crítico Rubens Ewald Filho. O filme é muito bom e a presença da diva
Catherine Deneuve é um motivo a mais para uma visita. O roteiro e a direção
levam a assinatura do diretor tunisiano Pierre Salvadori, que já concebeu
filmes bem mais leves, como as comédias românticas “Uma Doce Mentira” e “Amar
não tem Preço”.
domingo, 20 de dezembro de 2015
“VIRANDO A PÁGINA” (“The Rewrite”), 2015, EUA, é uma comédia romântica que traz
no papel principal um dos especialistas no gênero, o galã inglês Hugh Grant.
Ele interpreta Keith Michaels, um roteirista que já foi sucesso em Hollywood,
tendo até conquistado um Oscar, mas que há muitos anos não emplaca um sucesso.
Com muitas dívidas, aceita, muito a contragosto, a sugestão de sua agente para
dar aulas de Roteiro na Universidade de Binghamton (Estado de Nova Iorque). Chegando
lá, arrumou briga com a coordenadora Mary Weldon (Allison Janney) por causa de
Jane Austen, se envolveu com uma aluna, Karen (Bella Heathcote), e se
enrabichou por outra aluna mais velha, Holly Carpenter (Marisa Tomei). Destaque
para o ator J.K. Simmons, que interpreta o diretor da universidade. Hugh Grant
continua com o charme e a competência de sempre, além do ar jovial que sempre
encantou suas fãs, embora as rugas denunciem seus 54 anos. A direção é de Marc
Lawrence, que já dirigiu Grant em seus três outros filmes, “Letra e Música”, “Cadê
os Morgan?” e “Amor à Segunda Vista”. O filme é bastante leve e engraçado. Indicado para
uma sessão da tarde com pipoca. Quem quiser conhecer melhor o talento de Grant
para a comédia, assista “Mickey Olhos Azuis”, de 1999.
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