É claro que a ideia foi trazer de volta e reunir para relembrar dois personagens míticos do mundo do boxe que fizeram o maior
sucesso no cinema nas décadas de 70 e 80: Rocky Balboa (Silvester Stallone), de
“Rocky, um Lutador”, e Jake La Motta (Robert De Niro), de “Touro Indomável”. Só
que na comédia “Ajuste de Contas”
(“Grudge Match”), de 2013, dirigida por Peter Segal, De Niro é Billy “The Kid”
McDonnen e Stallone é Henri “Razor” Sharp. Ex-campeões mundiais dos pesos
meio-pesados, agora beirando os setenta, eles vão encarar uma revanche que
poderia ter sido realizada mais de 30 anos atrás, mas não foi por desistência
de Sharp. Embora fisicamente em forma para suas idades, De Niro e Stallone deixam a desejar no
quesito “estética facial". De Niro está bem melhor, mas Stallone lembra aquelas
pessoas que aparecem em programas médicos de TV a Cabo do tipo “A Plástica deu
Errado”. Ah, e continua falando como se tivesse um ovo cozido inteiro na boca. Kim
Bassinger, porém, continua um assombro. Além de estar em ótima forma, continua
muito bonita e charmosa. A comédia é bem legal, reforçada pelo ótimo Alan Arkin
como o técnico de “Razor”. Na luta final, Stallone e De Niro também dão conta
do recado no ringue. Diversão garantida!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Robert De Niro, Michael Douglas, Kevin Kline e
Morgan Freeman. Esse verdadeiro quarteto fantástico de atores comanda o elenco
da comédia “Última Viagem a Vegas”
(“Last Vegas”), dirigida em 2013 por Jon Turtelbaub. Billy (Douglas), Archie (Freeman),
Paddy (De Niro) e Sam (Kline) são amigos desde a infância no Bairro do Brooklyn
(New York). Cresceram e cada um tomou seu rumo, mas mantiveram a amizade, alimentada
por telefonemas e encontros esporádicos. Agora, todos setentões, resolvem ir a
Las Vegas para a despedida de solteiro de Billy, que vai casar com uma mulher 40
anos mais jovem. Quando um telefona para o outro para combinar a viagem, quem
recebe o telefonema pergunta de cara: “Desta vez foi a próstata?” ou “Já sei,
teve um infarto...”. Em Las Vegas, eles vão se divertir muito durante todo um
final de semana, em baladas, jogatinas e até como jurados num concurso de
meninas de biquíni. Lá, conhecem a crooner de boate Diana (Mary Steenburgen), pela
qual Billy e Paddy vão se apaixonar (um replay do que aconteceu com os dois
quando eram jovens). A graça maior da comédia está nos diálogos entre os quatro
amigos, cujo bom humor consegue colocar de lado as agruras da velhice. Dá pra
perceber que os atores também estão se divertindo, o que torna a comédia ainda
mais engraçada.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Theodore (Joaquin Phoenix) é o personagem
principal do filme “Ela” (“Her” no
original – vai entender a tradução...), de 2013. A história é situada numa Los
Angeles de um futuro próximo (20, 50, 100 anos?). Ele é escritor de cartas para
os outros – ao estilo de Fernanda Montenegro em “Central do Brasil”, só que pela Internet. Numa fase
terrível de baixo astral em virtude do processo de divórcio, Theodore tenta
conhecer alguém em chats de bate-papo, mas acaba desistindo. Resolve, então, adquirir
e instalar em seu computador um sistema operacional cujo pacote compreende a
voz de uma mulher, Samantha (Scarlett Johansson, que infelizmente não aparece).
Papo vai, papo vem, ele acaba se apaixonando perdidamente pela tal Samantha, a
ponto de recusar duas transas com lindas mulheres (uma delas interpretada por Olivia
Wilde). Theodore passa 90% do filme conversando com a tal voz. Imagine a
chatice. Um dia, num ataque de ciúme, ele pergunta a Samantha se ela conversa
com mais alguém. Ela responde que conversa com mais de 8 mil. “Você se
apaixonou por alguém?”, ele pergunta. Meio
sem jeito, ela responde: “Por 641”. E por aí vai... Os cenários futuristas até que são
interessantes. Não me surpreendi pela esquisitice do filme, já que o diretor
Spike Jonze é especialista no assunto, vide “Adaptação” e “Quero ser John
Malkovich”. Que me desculpem os críticos
profissionais, que adoram Jonze e elogiaram “Ela”, mas minhas reações durante
o filme não passaram de alguns sonoros bocejos...
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
“A Última Gangue” (“Le Dernier Gang”),
de 2007, dirigido por Ariel Zeitoun, é um filme de ação francês que conta a
história real da “Gangue das Perucas”, que nos anos 80 praticou inúmeros
assaltos a bancos em Paris. O nome “Gangue das Perucas” é por causa dos
disfarces que utilizavam durante os roubos. O chefe da quadrilha era Simon
(Vincent Elbaz), que começou no crime nos anos 70, junto com alguns amigos, praticando
pequenos furtos no Bairro de Belleville. Quando foi preso, ele conheceu na
cadeia o marginal Casa (Sami Bouajila). Quando foram soltos, ambos resolvem
montar uma gangue para assaltar bancos. De 81 a 86, a quadrilha praticou
inúmeros assaltos e sempre conseguia despistar a polícia. O filme tem ainda o
romance de Simon com Julie (Clemence Poesy). Mesmo sabendo da vida de Simon,
ela continua apaixonada, o que configura um típico amor bandido. A caçada policial
é comandada por Milan (Gilles Lellouche). O filme é bem feito, conta com um
ótimo elenco, tem muita ação e alguns momentos de humor, comprovando que os franceses também sabem
fazer bons filmes policiais e de ação.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
“A Vida durante a Guerra” (“Life during Wartime”),
EUA, 2009, leva a assinatura do diretor Todd Solondz (“Felicidade”, “Bem-Vindo
à Casa de Bonecas”, “Palíndromos”). Trish Jordan (Allison Janney) é a mãe de
três filhos, um deles na universidade, cujo marido Bill (Clarán Hinds) está
preso por pedofilia. Para os menores, ela contou que o pai havia morrido. Enquanto
isso, sua irmã Joy (Shirley Henderson) convive e conversa com os fantasmas de
dois ex-namorados, enquanto a terceira irmã escreve roteiros para Hollywood. Timmy
(Dylan Riley Snyder), filho do meio de Trish, descobre que o pai está vivo e ainda por quê
foi preso. Timmy é o responsável pelos melhores diálogos do filme,
principalmente quando tenta entender os atos do pai pedófilo e o mundo em que
vive. Com tanta coisa acontecendo, parece que o filme é uma miscelânea, mas
não. Pelo contrário, o roteiro é muito bem elaborado (ganhou o Prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza em 2010),
os diálogos são inteligentes e o elenco é ótimo, com destaque para Allison
Janney, Shirley Henderson e Charlotte Rampling, sensacional como a mulher de
meia idade que seduz Bill num hotel. Quem não viu os outros filmes de Solondz,
principalmente “Felicidade”, pode estranhar o seu estilo. Ele gosta de chocar com as atitudes de seus personagens desequilibrados, mas de uma forma que deixa seus filmes muito interessantes.
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