“O Homem da Mala”
(“The Bag Man”), EUA, 2013, dirigido por David Grovic, é um misto de policial
noir, comédia e suspense. Conta a história de Jack (John Cusack), um assassino
profissional que trabalha há tempos para o milionário Dragna (Robert De Niro).
Jack é convocado por Dragna para mais uma missão: pegar uma mala e se hospedar
no quarto nº 13 de um motel decrépito de beira de estrada. A ordem dada a Jack
inclui jamais abrir a tal mala. Na mesma noite em que entra no motel, Jack vai
se defrontar com tipos esquisitos e bizarros, como o dono do motel cadeirante, um
anão e um cafetão caolho, além de uma prostituta, papel da atriz e modelo
brasileira Rebbeca da Costa. Aliás, este é o sexto filme da pernambucana Rebbeca
nos EUA. Depois de muita confusão, tiros e assassinatos, Jack vai receber a
visita do próprio Dragna no motel para o desfecho da trama. Além da história
ser muito fraca e sem sentido – a razão pela qual Dragna quer a mala é ridícula
-, o elenco está péssimo. Nem De Niro se salva. Está mais canastrão do que
nunca, numa caracterização que faz lembrar o detetive Columbo (Peter Falk)
velho e de óculos. Rebbeca é a mocinha do filme, pela qual Jack se apaixona,
mas a impressão inicial é de que se trata de um travesti. Tem cara, corpo e altura de
homem. E trabalha muito mal. Cusack é o menos pior, mesmo assim passa longe do
bom ator que é. Enfim, o filme é muito ruim.
sábado, 15 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
O
diretor francês Olivier Marchal é especialista em filmes policiais e de ação. Na
maioria deles, Marchal não alivia para a polícia. Sempre há personagens policiais
corruptos, violentos e emocionalmente desequilibrados. Um dos melhores filmes da safra Marchal é “Gangsters”,
de 2002. Franck Chaievski (Richard
Anconina) e Nina Delgado (Anne Parillaud, a Nikita original) são policiais
destacados pela Corregedoria para investigar um roubo de diamantes no qual,
desconfia-se, estão envolvidos alguns detetives da elite policial de Paris. Em
sua estratégia, Chaievski e Delgado provocam suas prisões e, durante os violentos
interrogatórios a que são submetidos, tentam jogar uns policiais contra os
outros, o que culminará numa grande reviravolta final e a descoberta dos
culpados. Além da história, outro destaque do filme é o elenco feminino, que
tem um quarteto de boas e belas atrizes. Além de Parillaud, Shirley Bousquet,
Catherine Marchal e Alexandra Vandernoot. Entre tantos outros ótimos filmes de
Marchal, indico também são “Não Conte a
Ninguém”, baseado no livro de Harlan Coben, e “MR 73”.
quinta-feira, 13 de março de 2014
“Em Nome de Deus”
(“Captive”), de 2012, é uma co-produção França/Filipinas/Reino Unido/Alemanha,
dirigida pelo diretor filipino Brilhante Mendoza (“Lola”). A história é baseada
num fato real acontecido em 2001, quando mais de 20 pessoas, em sua maioria
turistas, foram sequestradas nas Filipinas pelo grupo terrorista islâmico Abu
Say Yaf. A trajetória de sofrimento dos reféns, que vão ficar nas mãos dos
terroristas por mais de um ano, é contada da forma mais realista possível. Durante
todo o tempo, eles andam pela selva enfrentando, além do forte calor e a falta
de comida, ataques de formigas, cobras, escorpiões e vespas. De vez em quando, ainda
ficam expostos ao tiroteio entre terroristas e o exército filipino. Entre os
sequestrados está a francesa Thérese Bourgoine (Isabella Huppert), voluntária
de uma organização humanitária na Ilha de Palawan. É sob o ponto-de-vista dela
que a história é contada. O filme é de um realismo impressionante. Parece que
os atores e figurantes sofreram da mesma forma que as pessoas que passaram por
aquela terrível experiência. A câmera acompanha tudo como se fosse uma
reportagem de TV ou um documentário sobre o que aconteceu. O efeito é
angustiante. A atriz francesa Isabella Huppert é a única cara conhecida do
filme, que integrou a seleção oficial do Festival de Cinema de Berlim 2012.
quarta-feira, 12 de março de 2014
“Circuito Fechado”
(“Closed Circuit”), de 2013, é um suspense inglês dirigido por John Crowley. O
filme conta a história da prisão do imigrante turco Farroukh Erdogan (Denis
Moschitto), acusado de ter liderado um atentado à bomba contra um mercado de
Londres, no qual morreram mais de 100 pessoas e outras tantas ficaram feridas. Depois
de uns 15, 20 minutos de filme, você já começa a sentir aquela sensação de que “Há
algo de podre no Reino Unido”. Embora seja uma obra de ficção, dá a entender nas
entrelinhas que pode haver muita sujeira nos bastidores da espionagem oficial
de governos como a Inglaterra, por exemplo. Simon, o advogado que defendia
Farroukh é encontrado morto e, segundo as fontes oficiais, foi suicídio. Os
advogados Martin (Eric Bana) e Cláudia (Rebecca Hall), antigos amantes, são designados para o
lugar de Simon. No começo das investigações, eles descobrem evidências que não
vão agradar a muita gente, incluindo o pessoal do governo inglês. E vão descobrir um segredo que poderá custar suas vidas. Ainda no elenco, Julia
Stiles, Ciaran Hinds, Jean Broadbent e Isaac Hempstead Wright. O
filme tem ação e o ritmo de suspense impera do começo ao fim.
terça-feira, 11 de março de 2014
“A Fita Azul” (“Electrick Children”), de 2012, EUA, é o filme de estreia da diretora Rebecca Thomas. Trata-se de uma produção independente, um misto de comédia e drama, que conta uma história cheia de segredos e mistérios, a começar pela gravidez da jovem Rachel (Julia Garner, de “As Vantagens de Ser Invisível”). Ela diz à mãe Gay (Cynthia Watros) e a Paul (Billy Zane), líder da comunidade mórmon em que vive com a família, em Utah, que o bebê foi concebido por algum espírito divino. Ela acredita, porém, que o responsável pela gravidez foi o cantor de um rock n’roll que ela ouve numa fita-cassete (azul) encontrada no sótão da casa em que mora com a mãe e os irmãos. Para manter as aparências, vão tentar arrumar um casamento com um membro da comunidade. Contrária à ideia, Rachel foge e vai para a cidade grande mais perto, Las Vegas. Aqui, conhece uma rapaziada ligada a uma banda de rock, sendo um deles o jovem Clyde (Rory Culkin, irmãos mais novo de Macaulay e Kieran). Durante a tentativa de encontrar o cantor do rock gravado na fita, Rachel vai ter uma grande surpresa. O filme vai agradar principalmente o pessoal mais novo, pois tem muitas cenas filmadas em pistas de skate, shows de rock e muita curtição, além de um elenco de atores bastante jovens. Outro fator positivo do filme é o clima meio “hippie anos 60/70”, principalmente nos figurinos. Um filme interessante que vale a pena conferir.
domingo, 9 de março de 2014
Os
créditos iniciais já começam de forma macabra. O diretor Manuel Martin Cuenca diz
que o filme é “Em memória de minha mãe”. O filme que ele dedica à mãe é o
espanhol “Cannibal”,
história de um serial killer que, depois de matar suas vítimas, todas mulheres,
ainda as come em filés. Dedicar à mãe um filme com essa temática? A história apresenta
a trajetória de crimes do alfaiate Carlos (Antonio de La Torre), um dos mais
renomados da cidade de Granada. Nas horas vagas, ele sai em busca de mulheres e
tem um estilo próprio para capturá-las – uma delas vítima de um acidente de
carro que ele mesmo provoca na estrada. O lado sádico do alfaiate também
compreende assistir, com prazer, a morte de uma moça por afogamento, depois de matar
o seu namorado. As coisas parecem que vão mudar depois que o alfaiate conhece a
vizinha Alexandra e depois a irmã gêmea da moça, Nina. Carlos é um homem de
poucas palavras, assim como o filme é de poucos diálogos. As cenas são longas e
o ritmo um tanto lento. Apesar do tema, não há cenas chocantes nem de terror. É
mais um suspense psicológico. Os mais sensíveis poderão não gostar de ver o
alfaiate saboreando com prazer um belo filé no jantar. O filme termina mais ou menos como as vítimas de Carlos: sem pé nem cabeça.
“O Autor da Carta” (“The Letter Writer”), de 2013,
é um filme bastante sensível, daqueles que você chega ao final com um nó na garganta e com vontade de fazer uma reflexão. A adolescente Maggy Fuller (Aley Underwood) é bastante problemática.
Só pensa na banda de rock da qual é vocalista, dorme durante as aulas e tem
problemas na relação com sua mãe. Para complicar ainda mais, é abandonada pelo
namorado e dispensada da banda. É claro que a menina vai entrar numa fase baixo
astral. Até que recebe uma carta escrita por um tal de Sam Worthington. Ele
escreve coisas bonitas sobre ela, deixa mensagens positivas e a motiva a seguir
em frente. Ela fica curiosa sobre quem é o verdadeiro autor, que parece conhecê-la
tão bem. De tanto investigar, Maggy descobre que a carta é proveniente de um
asilo de idosos. Ela vai conhecer finalmente o autor da carta, na verdade um
senhor bastante idoso (Bernie Diamond) que usa o pseudônimo de Sam Worthington
(não sei se foi proposital ou por coincidência, mas é o mesmo nome do ator e galã australiano). A
partir da sua amizade com o simpático e sábio velhinho, Maggy vai mudar seu
modo de pensar e de agir. O filme, dirigido por Christian Vuissa, conquistou o Prêmio
de Melhor Filme no Festival Crown Award 2013, um dos mais importantes festivais
de cinema cristão. É dedicado ao ator Bernie Diamond, que morreu ao final das
filmagens.
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