Os
créditos iniciais já começam de forma macabra. O diretor Manuel Martin Cuenca diz
que o filme é “Em memória de minha mãe”. O filme que ele dedica à mãe é o
espanhol “Cannibal”,
história de um serial killer que, depois de matar suas vítimas, todas mulheres,
ainda as come em filés. Dedicar à mãe um filme com essa temática? A história apresenta
a trajetória de crimes do alfaiate Carlos (Antonio de La Torre), um dos mais
renomados da cidade de Granada. Nas horas vagas, ele sai em busca de mulheres e
tem um estilo próprio para capturá-las – uma delas vítima de um acidente de
carro que ele mesmo provoca na estrada. O lado sádico do alfaiate também
compreende assistir, com prazer, a morte de uma moça por afogamento, depois de matar
o seu namorado. As coisas parecem que vão mudar depois que o alfaiate conhece a
vizinha Alexandra e depois a irmã gêmea da moça, Nina. Carlos é um homem de
poucas palavras, assim como o filme é de poucos diálogos. As cenas são longas e
o ritmo um tanto lento. Apesar do tema, não há cenas chocantes nem de terror. É
mais um suspense psicológico. Os mais sensíveis poderão não gostar de ver o
alfaiate saboreando com prazer um belo filé no jantar. O filme termina mais ou menos como as vítimas de Carlos: sem pé nem cabeça.
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