sábado, 8 de outubro de 2022

 

“CONSPIRAÇÃO EXPLOSIVA (“GASOLINE ALLEY”), 2022, Estados Unidos, 1h40m, disponível na plataforma Amazon Prime Video, roteiro e direção de Edward Drake. Ambientado em Los Angeles, trata-se de um filme policial centrado nas investigações do assassinato de quatro jovens candidatas a atriz, que nas horas vagas trabalhavam como prostitutas em bares pouco recomendados. Jimmy Jayne (Devon Sawa), um ex-presidiário e agora proprietário de um estúdio de tatuagem, surge como principal suspeito, já que foi visto conversando no balcão de um bar com uma das vítimas, conhecida como Star (Irina Antonenko). Os detetives Bill Freeman (Bruce Willis) e Freddy Vargas (Luke Wilson) tentam incriminar Jimmy de todas as maneiras, mas não conseguem provas. Pelo contrário, Jimmy ajuda a polícia a desvendar o mistério das mortes. Também estão no elenco Kat Foster, Sufe Malika Bradshaw, Vernon Davis, Billy Jack Harlow e Rick Salomon. Este foi um dos últimos filmes do astro Bruce Willis antes de anunciar sua aposentadoria depois de diagnosticado com afasia. O cineasta australiano Edward Drake dirigiu quatro filmes seguidos com Willis, “Invasão Cósmica”, “Apex”, “Emboscada” e agora “Conspiração Explosiva”, todos muito fracos, incluindo este último. Aliás, Willis, em todos esses filmes, foi colocado, nos materiais de divulgação, como um dos protagonistas principais, quando na verdade pouco aparece. Enfim, “Conspiração Explosiva” é mais um filme que não faz jus à carreira de Willis.            

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

 

“QUEEN E SLIM: OS PERSEGUIDOS” (“QUEEN & SLIM”), 2019, coprodução Estados Unidos/Canadá, 2h12m, direção de Melina Matsoukas, seguindo roteiro escrito por James Frey e Lena Waithe. Por causa da pandemia de Covid-19, o filme não foi exibido em nossos cinemas. Graças à Netflix, porém, chega até nós este ótimo drama premiado em vários festivais. É a história de Queen (a atriz britânica Jodie Turner-Smith) e de Slim (Daniel Kaluuya, de “Corra!”), dois afrodescendentes que se conhecem através do site de relacionamentos Tinder e marcam um encontro em uma lanchonete. Um casal pouco provável, pois ela é uma advogada bem sucedida e ele um “Zé-ninguém”. Depois do encontro, ele a leva para casa no seu carro, mas no caminho são parados por um policial (branco, é claro). Não há uma razão muito forte para a abordagem, então Queen se revolta com a atitude do policial, que dá um tiro em sua perna. Slim toma a arma do policial e atira nele, matando-o. Daí para a frente, o casal se empenha em uma fuga que se transforma em um verdadeiro road movie. A notícia se espalha através da mídia e lá se vai o casal por Ohio, Kentucky, Nova Orleans e Flórida. Nesta última parada, Queen e Slim pretendem pegar um avião ou um barco e fugir para Cuba. Ótima estreia na direção de Melina Matsoukas, mais conhecida como diretora de videoclipes musicais. O pano de fundo da história é o racismo, com uma conotação muito clara em favor do black power, o que nos remete aos filmes do diretor Spike Lee. Completam o elenco Bokeem Woodbine, Chloë Sevigny, Indya Moore, Benito Martinez e Jahi Di’Allo Winston. Entre os vários prêmios que recebeu, “Queen e Slim” foi eleito o melhor filme do BET AWARDS, que homenageia astros e atletas negros na música, esporte e cultura. O filme também alcançou 82% de aprovação em 214 avaliações realizadas para o site Rotten Tomatoes, que o considerou “Elegante, provocativo e poderoso, uma emocionante história fugitiva mergulhada em subtexto oportuno e pensativo”. Muitos críticos foram de opinião que o filme foi injustamente esnobado pela Academia no Oscar 2020. Eu não chegaria a tanto, mas concordo que é um filme bastante interessante, apresentando uma estética arrebatadora e original.              

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

 

“ASSALTO AO PODER” (“MARAUDERS”), coprodução Estados Unidos/Canadá, 1h37m, direção de Steven C. Miller, seguindo roteiro assinado por Chris Sivertson e Michael Cody. O filme é de 2017, mas só chegou agora até nós por intermédio da Netflix. O título em português ficou muito longe do que quis dizer o título original: “Marauders”, que na tradução literal quer dizer “Saqueadores”. Trata-se de um policial de ação centrado em uma investigação do FBI destinada a desbaratar uma quadrilha de assaltantes de banco. No primeiro assalto, praticado por bandidos mascarados, o gerente do banco é assassinado a sangue frio. No segundo, em outro banco, a vítima é um segurança. Um detalhe que surpreendeu os agentes foi que o dinheiro roubado havia sido entregue a uma instituição de caridade. Conforme a investigação vai avançando, o FBI descobre vários desdobramentos. Por exemplo, a execução das duas vítimas pode estar relacionado a um pelotão de soldados que lutou na Guerra do Golfo. As desconfianças também recaem contra o dono das agências bancárias assaltadas, que teria um caso conjugal com um importante senador. Mais uma possível versão diz respeito à corrupção da própria polícia, que teria roubado parte do dinheiro, talvez por um detetive cuja esposa está morrendo de câncer. E ainda tem o agente do FBI que chefia as investigações, que teve a mulher assassinada por um gângster. Enfim, graças ao roteiro extremamente confuso, cheio de pontas soltas, fica difícil entender o que está acontecendo. É tudo muito complicado. Além disso, as cenas de ação são muito mal executadas, inclusive com vítimas de tiros caindo no tempo errado. Tudo isso contribui para um resultado pífio, beirando o medíocre. E olha que o elenco não é ruim: Christopher Meloni (da série “Lei e Ordem”), Bruce Willis, Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Adrian Grenier, Alyshia Ochse, Chris Hill, Johnathon Schaech, Lydia Hull e David Gordon. Resumo da ópera: o filme é fraco, muito longe de merecer uma indicação entusiasmada.