“CHAMADA EXPLOSIVA” (“DHAMAKA”), 2021, Índia,
disponível na plataforma Netflix, 1h43m, direção de Ram Madhvani, que também
assina o roteiro com a colaboração de Puneet Sharma. Trata-se de uma refilmagem
(remake) do filme sul-coreano “The Terror Live” (título original é “Deu
Tae-ro Ra-i-Beu”), de 2013. No filme de Bollywood, a ação acontece em Bombaim.
O apresentador Arjun Pathak (Kartik Aaryan) está ao vivo em seu programa de notícias
na rádio, durante o qual abre espaço para ligações dos ouvintes. Um deles
ameaça explodir uma importante ponte da cidade. Arjun não lhe dá ouvidos,
pensando ser mais um maluco querendo aparecer. Só que dali a alguns segundos
uma violenta explosão ocorre na ponte, visível pelas janelas da emissora.
Prevendo a oportunidade de ganhar audiência para a TV, a editora Ankita
Malaskar (Amruta Subhash) providencia de imediato a montagem de um estúdio para
que Arjun entre ao vivo pela TV. O tal terrorista é então levado a sério e a
emissora abre espaço para que ele explique suas intenções. Ele conta que está
se vingando da morte do pai e outros dois trabalhadores que morreram, anos
antes, em um acidente no canteiro de obras da mesma ponte. E faz nova ameaça:
se um determinado ministro do governo não for ao programa e pedir desculpas,
ele explodirá mais uma parte da ponte. Arjun tenta levar o programa adiante
nesse clima de grande tensão, pressionado não só pelo terrorista, mas também
pela direção da emissora e pelas autoridades policiais, sem contar que sua
ex-esposa Soumya (Mrunal Thakur), repórter da TV, está presa no meio da ponte
com outros reféns. O suspense segue em ritmo acelerado até o desfecho, proporcionando
um ótimo entretenimento. O desfecho, porém, quase põe tudo a perder, exagerando
demais na dramaticidade e, para piorar, com uma irritante cantoria. O resultado
final, porém, pode ser encarado como um bom filme de suspense. Recomendo!