quinta-feira, 14 de setembro de 2023

 

“O SEQUESTRO” (“TAKE BACK”), 2022, Estados Unidos, 1h29m, em cartaz no Prime Vídeo, direção de Christian Sesma, seguindo roteiro assinado por Zach Zerries. Zara (Gillian Iliana Waters) vive uma rotina de muito trabalho como advogada e treinos de luta com o técnico e seu marido Brian (Michael Jai White). Tudo vira de cabeça pra baixo, porém, quando ela, especialista em artes marciais, desarma e derruba um homem que ameaçava matar a namorada em uma cafeteria. A ação é filmada e o vídeo começa a aparecer nas redes sociais. Zara vira uma celebridade, o que chama a atenção de um antigo desafeto, o asqueroso Patrick (o ainda mais desfigurado e intragável Mickey Rourke), chefão de uma quadrilha que sequestra meninas para serem vendidas para gangues do tráfico sexual. Zara tenta de todas as maneiras esconder o seu passado de vítima do mesmo Patrick, que agora quer se vingar do que ela lhe causou. Essa vingança chegou até a enteada de Zara, a adolescente Audrey (Priscilla Walker), sequestrada pela gangue de Patrick. Até o desfecho, Zara terá que se livrar de alguns capangas de Patrick e ainda tentar negociar a libertação de Audrey. Completam o elenco Paul Sloan, James Russo, Jessica Uberuaga, Chris Browning, Nick Vallelonga, Jay Giannone, Victoriya Dov e Jay Montalvo. Com exceção de algumas cenas de luta muito bem coreografadas e pitadas de suspense, o filme não traz atrativos que motivem uma recomendação entusiasmada. Como curiosidade, a atriz Gillian Waters é casada na vida real, desde 2015, com o ator Michael Jai White, seu marido no filme.     

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

 





“BRINCANDO DE DEUS” (“PLAYING GOD”), 2021, Estados Unidos, 1h35m, em cartaz no Prime Vídeo, roteiro e direção do jovem e talentoso cineasta Scott Brignac. Como cinéfilo amador, muitas vezes resolvo arriscar e assistir a um filme sem muitas referências. De vez em quando faço uma descoberta interessante e agradável. Foi o que aconteceu quando vi “Brincando de Deus”, um drama com pitadas de humor que me agradou bastante. Resumindo, o filme começa apresentando dois jovens irmãos gêmeos vigaristas, Rachel (Hannah Kasulka) e Micah (Luke Benward). Órfãos desde crianças, eles cresceram praticando pequenos furtos e depois partiram para golpes mais lucrativos. Chega o dia, porém, que os irmãos picaretas recebem a visita, não muito gentil, de um poderoso mafioso – ou será agiota? -, um tal de Vaughn (Marc Menchaca), a quem Micah deve uma grana preta. Caso contrário, a situação também poderá ficar preta para os irmãos. A luz no fim do túnel é o bilionário Ben (Alan Tudyk), que vive um período de luto por causa da morte da filha e fica obcecado em cobrar Deus pela tragédia. Ao ingressar em uma igreja e promover um escândalo, Ben acaba no noticiário, o que chama a atenção dos irmãos. Com a colaboração de um velho amigo, Frank (Michael McKean), Rachel e Micah resolvem dar um golpe no fragilizado bilionário. Golpe muito sujo aliás, pois, entre as muitas enganações, inventam um Deus de carne e osso para conversar com Ben. Aí a confusão está formada, prendendo a atenção do espectador até o final. Hannah Kasulka, além de bonita, é ótima atriz, assim como seu colega de cena Luke Benward, por sinal uma cópia do ator Jim Carrey quando moço. Garanto, o filme é muito interessante, inteligente e delicioso de assistir. Não perca!   

domingo, 10 de setembro de 2023

 

“UM DIA E MEIO” (“EN DAG OCH EN HALV”), 2023, Suécia, 1h34m, em cartaz na Netflix, direção do cineasta e ator libanês naturalizado sueco Fares Fares, que também assina o roteiro com a colaboração de Peter Smirnakos. O filme começa com um homem armado entrando em um centro médico e fazendo reféns funcionários e pacientes. A situação chegou ao conhecimento da Força-Tarefa Nacional, que enviou ao local uma equipe sob o comando do oficial Lukas (Fares Fares). Como o negociador oficial da polícia estava trabalhando em outra ocorrência, coube ao próprio Lukas conversar com homem, que logo veremos tratar-se de Artan (Alexej Manvelov), cuja ex-esposa, Louise (Alma Pöysti), é funcionária do centro médico. Artan quer recuperar a guarda da filha Cassandra, ainda um bebê. Artan exige ver a filha, agora aos cuidados dos pais de Louise em um pequeno sítio na zona rural. O policial Lukas solicita um carro para levar Artan e Louise até o sítio. Começa então um road movie, sendo que o carro dirigido por Lukas é o primeiro de um comboio formado por várias viaturas policiais. O suspense aumenta cada vez por causa do revólver sempre apontado para a cabeça de sua ex-mulher e pela expectativa do que irá acontecer quando Artan chegar ao local onde está a filha. “Um Dia e Meio” é um bom suspense, prende a atenção até o desfecho. Segundo os materiais de divulgação, a história é baseada em fatos reais, mas nem tudo. Segundo o próprio diretor, a única cena baseada em fatos reais foi aquela em que Artan invade o centro médico armado com um revólver para exigir a guarda da filha. O restante é fruto da imaginação de Fares Fares e do seu colaborador roteirista. Trocando em miúdos, é um bom suspense que merece ser conferido.