sexta-feira, 17 de março de 2023

 

"AQUELES QUE ME DESEJAM A MORTE” (“THOSE WHO WISH ME DEAD”), 2021, coprodução Canadá/Estados Unidos, 1h39m, em cartaz na Amazon Prime, direção de Taylor Sheridan (“Sicário: Terra de Ninguém”, “A Qualquer Custo”), que também assina o roteiro com Charles Leavitt. O filme é uma adaptação do romance homônimo escrito em 2014 por Michael Koryta. A diva Angelina Jolie errou feio ao escolher este filme de ação para sua volta ao cinema, depois de um período longe das telas. O filme é fraco, a começar pelo elenco mal escalado, principalmente os vilões, bonitões e com cara de bonzinhos, enquanto os mocinhos são mal encarados, com exceção, é claro, de Angelina. Ela interpreta a personagem Hannah, uma bombeira que trabalha em uma reserva ambiental em Montana. Sua principal função e de sua equipe é combater incêndios na floresta. Traumatizada por uma tragédia ocorrida há mais de um ano, Hannah é obrigada a proteger um garoto de 12 anos (Fin Little), cujo pai acabara de ser assassinado. O menino é perseguido pelos dois bandidos que mataram seu pai, pois, além de tê-los visto, ainda leva documentos que podem comprometer a organização criminosa à qual pertence a dupla. Alguns momentos tediosos e muito papo furado acontecem entre a bombeira e o garoto. Mas o pior mesmo é o que acontece com a esposa de um policial. Grávida de seis meses, ela enfrenta os bandidos, sai galopando em um cavalo pela floresta, sobe de escada em uma torre bem alta e ainda enfrenta um baita incêndio. E não perde o bebê... Ainda estão no elenco Jake Weber, Jon Bernthal, Nicholas Hoult, Aidan Gillen, Tyler Perry e Medina Senghore. Trocando em miúdos, Angelina Jolie continua linda de morrer - e não morre -, mas é pouco para salvar um filme que pouco acrescenta à sua carreira. Muito menos acrescenta para o espectador mais exigente.          

quarta-feira, 15 de março de 2023

 

“LUTA POR JUSTIÇA” (“JUST MERCY”), 2020, EUA, 2h17m, em cartaz na Amazon Prime, direção de Dentin Daniel Cretton, que também assina o roteiro com Andrew Lanham. A história é baseada em fatos reais descritos no livro “Just Mercy: A Story of Justice e Redemption”, escrito por Bryan Stevenson em 2014. Bryan conta sua própria experiência como advogado de 1988 até os anos 90. Recém-formado em Direito pela Universidade de Harvard, Bryan (Michael B. Jordan), resolveu abrir mão de uma carreira em escritórios renomados na Costa Leste dos Estados Unidos para se dedicar à defesa de condenados à morte no Estado do Alabama, recebendo um salário irrisório da organização ativista “Equal Justice Initiative”. Seu caso mais famoso foi a defesa do condenado negro Walter McMillian (Jamie Foxx), que aguardava a execução no corredor da morte acusado de ter assassinado uma jovem branca. Bryan dedicou-se a descobrir supostas falhas no processo investigativo e no julgamento que culminaram na condenação à morte de McMillian. Tarefa árdua e perigosa, mas Bryan não desistiu, principalmente por acreditar na inocência de McMillian. “Luta por Justiça” escancara de forma contundente as barbaridades e deficiências do sistema judicial e o racismo estrutural da sociedade norte-americana naquela época. O elenco é, sem dúvida, um dos principais trunfos do filme. Além das ótimas atuações de Michael B. Jordan e Jamie Foxx, o elenco conta ainda com a participação de Brie Larson, Rob Morgan, O’Shea Jackson, Tim Blake Nelson, Charlie Pye Jr., Drew Starkey e Kara Kendrick. Para quem for assistir, aviso não desligar antes dos créditos finais, pois os personagens reais são mostrados em fotos. Filmaço imperdível!     

 

domingo, 12 de março de 2023

 

“SOZINHA” (“ALONE”), 2021, Estados Unidos, 1h38m, em cartaz na Amazon Prime, direção de John Hyams, seguindo roteiro assinado por Mattias Olsson. Este é mais um daqueles filmes que você encontra meio escondido, não acredita que seja bom e resolve arriscar. Pois este suspense é muito bom, prende a atenção do começo ao fim, apesar de contar apenas com dois protagonistas, o vilão e a vítima, aparecendo um terceiro em rápida aparição. Méritos não apenas para o diretor, mas principalmente para o roteirista, que soube conduzir a história sem dar brecha para o espectador levantar da poltrona. Aliás, “Sozinha” é o remake do suspense sueco “Försvunnen”, de 2011, cujo roteirista é o mesmo dessa versão norte-americana. A vítima da história é Jessica Swanson (a bela e competente Jules Willcox), que vive uma depressão pós-viuvez e resolve sair pela estrada de mala e cuia – o destino não é revelado. No meio do caminho, ela se vê assediada por um sujeito bem estranho (Marc Menchaca, ótimo), que logo se revelará um psicopata bem maluco. Depois de idas e vindas, Jessica é sequestrada pelo sujeito e mantida refém em uma cabana isolada no meio da floresta. Ela consegue fugir, mas será perseguida o tempo inteiro, até o desfecho. A atriz se entrega tanto ao papel que acabou quebrando um pé durante as filmagens. Trocando em miúdos, “Sozinha” é um suspense eletrizante que vale a pena ser conferido. Filmaço!