sexta-feira, 13 de março de 2015

O suspense norte-americano “FREQUÊNCIA MORTAL” (“Dead in a Heartbeat”), de 2002, garante momentos de muita tensão e aflição. Nem pense em assistir se você tem instalado um marca-passo. A história é realmente sinistra. A fim de se vingar da renomada cirurgiã dra. Gillian Hayes (Penelope Ann Miller), a quem acusa de ser a responsável pela morte do filho alguns anos atrás, um especialista em explosivos começa a colocar microbombas nos aparelhos de marca-passo que a médica implanta em seus pacientes. Um dia, é claro, eles começam a explodir – talvez implodir fosse o termo mais adequado. Para investigar as mortes e tentar pegar o psicopata, entra em ação o tenente Tom Royko (o sumido Judge Reinhold), chefe do Esquadrão Antibombas de Seattle. Antes das vítimas irem para os ares, o maníaco avisa a polícia, que corre contra o relógio para tentar salvá-las. É nessa correria toda, SWAT no meio, que está o melhor do suspense. O psicopata (Timothy Busfield) não sossega enquanto não colocar as mãos na própria médica e aí também vai sobrar para o filho do tenente. Dirigido por Paul Antier, o filme, na verdade um telefilme, não nega ação do começa ao fim. Um bom programa para quem gosta de sofrer em frente à telinha. Um verdadeiro teste para cardíacos. 

quinta-feira, 12 de março de 2015

“COLT 45”, 2014, prova que o cinema francês achou a fórmula certa para fazer bons filmes policiais. Desta vez, a história envolve o jovem agente Vincent Milès (Ymanol Perset), encarregado do almoxarifado e da manutenção das armas do pelotão de polícia. Ele também é um exímio atirador. Tanto que vence todas as competições de tiro do seu esquadrão, incluindo aquelas provas de ação simulada. Embora convidado para ser um verdadeiro policial de rua, ele sempre preferiu ficar no posto em que está. Na oficina de sua casa, nas horas vagas, ele cria armas e munições especiais, como um cartucho que penetra no mais seguro colete à prova de balas. As habilidades de Milès chamam a atenção do misterioso policial Milo Cardena (Joey Starr). Depois de cometer um crime em legítima defesa, Milès será chantageado por Cardena, que na verdade é um policial corrupto e envolvido com uma gangue de traficantes e assaltantes. Para não denunciá-lo, Cardena exige que Milès forneça a ele e seu bando os seus poderosos cartuchos. A coisa toda foge ao controle e começam os assassinatos, inclusive de policiais. Com a ajuda do comandante Christian Chavez (Gérard Lanvin), a quem confessa sua ligação com Cardena, o jovem policial deixa a passividade de lado e parte para a ação. O filme tem a direção do belga Fabrice Du Welz e conta ainda no elenco com a bela Alice Taglioni (de “Paris-Manhattan”). O filme tem muita ação e suspense, além dos habituais clichês do gênero. Para quem curte filmes policiais, um programão. Sem dúvida, um filme de alto calibre.              

terça-feira, 10 de março de 2015


Sinistro, esquisito e perturbador. Não há maneira mais precisa para definir “QUANDO OS ANIMAIS SONHAM” (“Når Dyrene Drømmer”), Dinamarca, 2014. Trata-se de um drama de suspense e terror fantástico. Numa pequena comunidade costeira, a jovem Marie (Sonia Suhl) é discriminada por causa do que falam sobre a doença misteriosa da mãe, Mor (Sonja Richter), entrevada há anos numa cadeira de rodas. O pessoal da comunidade tem um pouco de medo dela. Marie trabalha numa pequena indústria de pescados e quase que diariamente é vítima de algum bullying violento por parte dos seus “colegas”. Com o tempo, Marie começa a sentir os mesmos sintomas da doença de sua mãe, como, por exemplo, crescimento de pelos em várias partes do corpo e sangue saindo  pelas unhas das mãos. Claro que boa coisa não vai sair daí. Far (Lars Mikkelsen), o pai de Marie, sabe exatamente o que vai acontecer, pois viveu o dilema que sua esposa enfrentou durante muitos anos. O filme marca a estreia em longas do diretor Jonas Alexander Arnby, que já trabalhou como assistente de Lars Von Trier. Estreou na Semana da Crítica do Festival de Cannes/2014 e também foi exibido na 38ª Mostra Internacional de São Paulo, sendo bem recebido tanto pela crítica como pelo público. Não deixa de ser um filme interessante.                                                            

segunda-feira, 9 de março de 2015


Quando a gente menos espera de um filme, aí é que ele surpreende. É o caso de “JULHO SANGRENTO” (“Cold in July”), EUA, 2014, direção de Jim Mickle. Com exceção de alguns atores conhecidos e a informação de que a história é baseada num livro escrito por Joe Lansdale, não há muitas referências. E não é que foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2014? O filme começa num suspense eletrizante, quando um homem desconhecido invade a casa de Richard Dane (Michael C. Hall) de madrugada. Dane apaga o bandido com um tiro, a polícia chega e encerra o caso como legítima defesa. Russel (Sam Sheppard), o pai do morto, sai da prisão em regime condicional e vai atrás da vingança pelo filho morto, ameaçando a família de Dane. Quando o chefe da polícia local Ray Price (Nick Damici) prende Russel, o filme dá uma reviravolta surpreendente, acrescentando ao suspense um pouco de policial noir e humor negro, com muita ação e violência. Não dá para entrar em detalhes para não estragar a surpresa. Só dá para dizer que a história vai envolver a máfia, policiais desonestos e até uma produtora de filmes pornográficos. Também só dá pra dizer que Dane, até então um pacato cidadão do bem e pai de família dedicado, acaba gostando da adrenalina de enfrentar bandidos e vai se divertir dando tiros. O filme também tem a presença do veterano ator Don Johnson, ótimo como Jim Bob, um investigador particular excêntrico. Entretenimento garantido!                                                                       

domingo, 8 de março de 2015

“THE BETTER ANGELS” (ainda sem tradução), 2014, é daqueles filmes que, aos 20 minutos do primeiro tempo, já tem gente abandonando a plateia. O primeiro sinal de que vem um filme esquisito está na menção, nos créditos, do nome do diretor Terrence Malick, que desta vez atuou como produtor. Mas dá na mesma, pois o diretor A. J. Edwards é tão pretensioso quanto. Na verdade, um discípulo do estilo de Malick (dos abomináveis “A Árvore da Vida” e “Amor Pleno”). Em "Amor Pleno", aliás, Malick contou com a ajuda de Edwards. “The Better Angels” é ambientado no início do século 19 no interior de Indiana e narra um período da infância de Abraham Lincoln. Apresenta Thomas Lincoln (Jason Clarke), o pai, como um homem severo e muitas vezes violento. O filme também aborda a doença e o falecimento da mãe biológica, Nancy Lincoln (Brit Marling), e o surgimento de Sarah Bush (Diane Kruger) como a segunda mãe de Ben (Braydon Denney). O filme é todo em P/B, tem poucos diálogos e a história é narrada in off por um primo que conviveu com Abraham Lincoln até este completar 21 anos de idade, quando saiu de casa e entrou para a história dos EUA. O filme é muito chato. Eu não marquei no relógio, mas a duração do filme é bem maior do que a 1h35 que vem nos créditos. A sensação, então, é que dura umas dez horas. Uma verdadeira bomba atômica. Perto desta, a de Hiroshima é um estalinho. De qualquer forma, os críticos mais afetados vão gostar e os estudantes de Cinema vão achar obra-prima. Nesse mundo, tem gosto pra tudo.                                                                                                                                 
“O MELHOR DE MIM” (“The Best of Me”), 2014, é mais um drama romântico adaptado de um livro do escritor Nicholas Sparks. Apesar da dosagem altíssima de água com açúcar, como todos os livros do glicêmico Spars, a história até que é bem elaborada e não tem lances muito fantasiosos. Quando eram jovens, Amanda Collier (Liana Liberato) e Dawson Cole (Luke Bracey) viveram uma intensa paixão, com direito à primeira vez dela. Vinte e um anos depois, os dois se reencontram na antiga cidade, Amanda vivida agora por Michelle Monaghan e Dawson por James Marsden. Entre idas e ao passado e vindas ao presente, o filme vai contar o drama de Dawson, criado por um pai violento e depois acolhido na casa de um senhor bonachão dono de uma oficina mecânica, Tuck (Gerald McRaney). Dawson tinha planos de casar com Amanda, cujo pai, um ricaço, foi totalmente contra e fez de tudo para impedir o relacionamento. Um acontecimento trágico, porém, levará Dawson a cumprir pena na prisão, o que o afastará de Amanda por um longo tempo. Com relação aos atores, o diretor Michael Hoffman pisou na bola ao escalar o ator australiano Luke Bracey para viver o jovem Dawson e James Marsden para o Dawson mais velho. Os traços de um e do outro são completamente diferentes. Nem uma plástica os tornaria parecidos. O ator Luke Bracey, aliás, parece muito mais velho do que Liana. Mas a escolha das duas atrizes foi um gol de placa: a bela e competente Michelle Monaghan realmente parece Liana mais velha. Um filme ideal para espectadores românticos crônicos.