O
suspense norte-americano “FREQUÊNCIA MORTAL” (“Dead in a Heartbeat”), de 2002, garante momentos de muita tensão
e aflição. Nem pense em assistir se você tem instalado um marca-passo. A
história é realmente sinistra. A fim de se vingar da renomada cirurgiã dra.
Gillian Hayes (Penelope Ann Miller), a quem acusa de ser a responsável pela
morte do filho alguns anos atrás, um especialista em explosivos começa a colocar
microbombas nos aparelhos de marca-passo que a médica implanta em seus
pacientes. Um dia, é claro, eles começam a explodir – talvez implodir fosse o
termo mais adequado. Para investigar as mortes e tentar pegar o psicopata,
entra em ação o tenente Tom Royko (o sumido Judge Reinhold), chefe do Esquadrão
Antibombas de Seattle. Antes das vítimas irem para os ares, o maníaco avisa a
polícia, que corre contra o relógio para tentar salvá-las. É nessa correria toda,
SWAT no meio, que está o melhor do suspense. O psicopata (Timothy Busfield) não
sossega enquanto não colocar as mãos na própria médica e aí também vai sobrar
para o filho do tenente. Dirigido por Paul Antier, o filme, na verdade um
telefilme, não nega ação do começa ao fim. Um bom programa para quem gosta de
sofrer em frente à telinha. Um verdadeiro teste para cardíacos.
sexta-feira, 13 de março de 2015
quinta-feira, 12 de março de 2015
“COLT 45”,
2014, prova que o cinema francês achou a fórmula certa para fazer bons filmes
policiais. Desta vez, a história envolve o jovem agente Vincent Milès (Ymanol
Perset), encarregado do almoxarifado e da manutenção das armas do pelotão de
polícia. Ele também é um exímio atirador. Tanto que vence todas as competições
de tiro do seu esquadrão, incluindo aquelas provas de ação simulada. Embora
convidado para ser um verdadeiro policial de rua, ele sempre preferiu ficar no
posto em que está. Na oficina de sua casa, nas horas vagas, ele cria armas e
munições especiais, como um cartucho que penetra no mais seguro colete à prova
de balas. As habilidades de Milès chamam a atenção do misterioso policial Milo
Cardena (Joey Starr). Depois de cometer um crime em legítima defesa, Milès será
chantageado por Cardena, que na verdade é um policial corrupto e envolvido com
uma gangue de traficantes e assaltantes.
Para não denunciá-lo, Cardena exige que Milès forneça a ele e seu bando os seus
poderosos cartuchos. A coisa toda foge ao controle e começam os assassinatos,
inclusive de policiais. Com a ajuda do comandante Christian Chavez (Gérard
Lanvin), a quem confessa sua ligação com Cardena, o jovem policial deixa a passividade
de lado e parte para a ação. O filme tem a direção do belga Fabrice Du Welz e
conta ainda no elenco com a bela Alice Taglioni (de “Paris-Manhattan”). O filme tem
muita ação e suspense, além dos habituais clichês do gênero. Para quem curte
filmes policiais, um programão. Sem dúvida, um filme de alto calibre.
terça-feira, 10 de março de 2015
Sinistro,
esquisito e perturbador. Não há maneira mais precisa para definir “QUANDO
OS ANIMAIS SONHAM” (“Når Dyrene Drømmer”), Dinamarca, 2014. Trata-se de um drama de
suspense e terror fantástico. Numa pequena comunidade costeira, a jovem Marie
(Sonia Suhl) é discriminada por causa do que falam sobre a doença misteriosa da
mãe, Mor (Sonja Richter), entrevada há anos numa cadeira de rodas. O pessoal da
comunidade tem um pouco de medo dela. Marie trabalha numa pequena indústria de
pescados e quase que diariamente é vítima de algum bullying violento por parte dos seus “colegas”. Com o tempo, Marie
começa a sentir os mesmos sintomas da doença de sua mãe, como, por exemplo, crescimento
de pelos em várias partes do corpo e sangue saindo pelas unhas das mãos. Claro que boa coisa não
vai sair daí. Far (Lars Mikkelsen), o pai de Marie, sabe exatamente o que vai
acontecer, pois viveu o dilema que sua esposa enfrentou durante muitos anos. O filme
marca a estreia em longas do diretor Jonas Alexander Arnby, que já trabalhou
como assistente de Lars Von Trier. Estreou na Semana da Crítica do
Festival de Cannes/2014 e também foi exibido na 38ª Mostra Internacional de São
Paulo, sendo bem recebido tanto pela crítica como pelo público. Não deixa de ser um filme interessante.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Quando
a gente menos espera de um filme, aí é que ele surpreende. É o caso de “JULHO SANGRENTO” (“Cold in July”), EUA, 2014, direção de Jim Mickle. Com
exceção de alguns atores conhecidos e a informação de que a história é baseada
num livro escrito por Joe Lansdale, não há muitas referências. E não é que foi
exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2014? O filme começa
num suspense eletrizante, quando um homem desconhecido invade a casa de Richard
Dane (Michael C. Hall) de madrugada. Dane apaga o bandido com um tiro, a
polícia chega e encerra o caso como legítima defesa. Russel (Sam Sheppard), o
pai do morto, sai da prisão em regime condicional e vai atrás da vingança pelo
filho morto, ameaçando a família de Dane. Quando o chefe da polícia local Ray
Price (Nick Damici) prende Russel, o filme dá uma reviravolta surpreendente,
acrescentando ao suspense um pouco de policial noir e humor negro, com muita ação
e violência. Não dá para entrar em detalhes para não estragar a surpresa. Só dá
para dizer que a história vai envolver a máfia, policiais desonestos e até uma
produtora de filmes pornográficos. Também só dá pra dizer que Dane, até então
um pacato cidadão do bem e pai de família dedicado, acaba gostando da
adrenalina de enfrentar bandidos e vai se divertir dando tiros. O filme também
tem a presença do veterano ator Don Johnson, ótimo como Jim Bob, um
investigador particular excêntrico. Entretenimento garantido!
domingo, 8 de março de 2015
“THE BETTER ANGELS” (ainda sem tradução), 2014, é daqueles filmes que, aos 20 minutos do
primeiro tempo, já tem gente abandonando a plateia. O primeiro sinal de que vem
um filme esquisito está na menção, nos créditos, do nome do diretor Terrence Malick,
que desta vez atuou como produtor. Mas dá na mesma, pois o diretor A. J.
Edwards é tão pretensioso quanto. Na verdade, um discípulo do estilo de Malick (dos abomináveis “A Árvore da Vida” e “Amor Pleno”). Em "Amor Pleno", aliás,
Malick contou com a ajuda de Edwards. “The Better Angels” é ambientado no
início do século 19 no interior de Indiana e narra um período da infância de
Abraham Lincoln. Apresenta Thomas Lincoln (Jason Clarke), o pai, como um homem
severo e muitas vezes violento. O filme também aborda a doença e o falecimento
da mãe biológica, Nancy Lincoln (Brit Marling), e o surgimento de Sarah Bush
(Diane Kruger) como a segunda mãe de Ben (Braydon Denney). O filme é todo em
P/B, tem poucos diálogos e a história é narrada in off por um primo que conviveu com Abraham Lincoln até este completar
21 anos de idade, quando saiu de casa e entrou para a história dos EUA. O filme
é muito chato. Eu não marquei no relógio, mas a duração do filme é bem maior do que a 1h35 que vem nos créditos. A sensação, então, é que dura umas dez horas. Uma
verdadeira bomba atômica. Perto desta, a de Hiroshima é um estalinho. De qualquer forma, os críticos mais afetados vão gostar e os estudantes de Cinema vão achar obra-prima. Nesse mundo, tem gosto pra tudo.
“O MELHOR DE MIM” (“The Best of Me”), 2014, é mais um drama romântico adaptado
de um livro do escritor Nicholas Sparks. Apesar da dosagem altíssima de água
com açúcar, como todos os livros do glicêmico Spars, a história até que é bem
elaborada e não tem lances muito fantasiosos. Quando eram jovens, Amanda
Collier (Liana Liberato) e Dawson Cole (Luke Bracey) viveram uma intensa
paixão, com direito à primeira vez dela. Vinte e um anos depois, os dois se
reencontram na antiga cidade, Amanda vivida agora por Michelle Monaghan e
Dawson por James Marsden. Entre idas e ao passado e vindas ao presente, o filme
vai contar o drama de Dawson, criado por um pai violento e depois acolhido na
casa de um senhor bonachão dono de uma oficina mecânica, Tuck (Gerald McRaney).
Dawson tinha planos de casar com Amanda, cujo pai, um ricaço, foi totalmente
contra e fez de tudo para impedir o relacionamento. Um acontecimento trágico,
porém, levará Dawson a cumprir pena na prisão, o que o afastará de Amanda por
um longo tempo. Com relação aos atores, o diretor Michael Hoffman pisou na bola
ao escalar o ator australiano Luke Bracey para viver o jovem Dawson e James
Marsden para o Dawson mais velho. Os traços de um e do outro são completamente
diferentes. Nem uma plástica os tornaria parecidos. O ator Luke Bracey, aliás,
parece muito mais velho do que Liana. Mas a escolha das duas atrizes foi um gol
de placa: a bela e competente Michelle Monaghan realmente parece Liana mais
velha. Um filme ideal para espectadores românticos crônicos.
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