O
drama romântico “DOIS LADOS DO AMOR”, que também recebeu o título “O
DESAPARECIMENTO DE ELEANOR RIGBY” (“The
Disappearance of Eleanor Rigby: Them”), é um drama romântico norte-americano de
2013. A história já havia sido contada em dois filmes anteriores, um sob o ponto de vista dela e outro sob o ponto de vista dele. Neste mais recente, o ponto de vista é de ambos. Daí o "Them". Vamos à história: o casamento de Eleanor Rigby (Jessica Chastain) com Connor Ludlow (James
McAvoy) vai bem até que um acontecimento faz desandar a relação. Ela sai de
casa, é vítima de um surto mental, tenta o suicídio e acaba voltando para a casa dos pais, Mary e Julian
Rigby (Isabelle Huppert e William Hurt). Connor não se conforma com a situação
e vai atrás de Eleanor na esperança de reatar o casamento. E assim vai o filme
inteiro: ele tentando a reaproximação. Os personagens são infelizes, à beira da
depressão. O filme é bem baixo astral. De qualquer forma, é mais uma produção
para demonstrar o talento da ruiva Jessica Chastain, atriz das mais
requisitadas atualmente pelo cinemão do Tio Sam, além de abrir espaço para a ótima Viola
Davis e para os veteranos William Hurt e a francesa Isabelle Huppert. Dirigido
por Ned Benson (“Heróis Imaginários”), o filme estreou no Festival de Cannes
2014 na Mostra “Um Certo Olhar”. Ah, o nome Eleanor Rigby tem tudo a ver com a
música dos Beatles, dos quais Mary e Julian eram fãs na juventude. Pena que a
música propriamente dita não esteja na trilha sonora.
sábado, 6 de junho de 2015
sexta-feira, 5 de junho de 2015
“O LIMITE DA SUBMISSÃO” (“The Duke of Burgundy”), 2014, é um drama psicológico inglês de
fundo erótico, esquisitão e sinistro. Conta a história de duas mulheres, Evelyn
(Chiara D’Anna) e Cynthia (Sidse Babett Knudsen), que moram juntas, são amantes
e adeptas dos mais estranhos jogos sexuais, típicos de mentes doentias. Além
disso, as duas mulheres são estudiosas de borboletas e mariposas, frequentando
palestras sobre o assunto na universidade local. Parece que o diretor Peter
Strickland – que também escreveu o roteiro - tentou fazer uma analogia entre a
relação das lésbicas e o ciclo de vida dos insetos, mas não tive inteligência
suficiente para entender. As cenas de sexo entre as mulheres são bastante contidas, sem nudez ou algo mais explícito. O filme é arrastado demais, monótono, lembrando às
vezes os antigos filmes do falecido diretor brasileiro Walter Hugo Khoury,
embora este trabalhasse com atrizes mais bonitas. O filme inglês é indicado
apenas àqueles espectadores que gostam de assistir a filmes diferentes e
excêntricos. Se depender da minha recomendação, fuja a galope...
quinta-feira, 4 de junho de 2015
“EFFIE GRAY”,
2014, direção de Richard Lexton (“Um Inglês em Nova Iorque”) é um drama de
época baseado num escândalo que abalou a sociedade inglesa em meados do Século
19. A atriz Emma Thompson leu a história e a adaptou para o cinema, escrevendo o
roteiro. Ela também atua no filme. A história começa com o casamento da jovem
escocesa Euphemia “Effie” Gray (Dakota Fanning) com o aristocrata inglês John
Ruskin (Greg Wise), pertencente a uma família da alta aristocracia e um consagrado crítico de arte da época. Ruskin é um marido
frio e insensível, não dá a mínima para a mulher. Tão frio e insensível que
durante anos não foi capaz nem de tocá-la, não consumando o casamento. Essa
infelicidade matrimonial, além do amor por John Everett Millais (Tom Sturridge),
um pintor pré-rafaelita que se tornaria famoso, fez com que “Effie” entrasse na
Justiça com pedido de divórcio. Além da belíssima fotografia – de Veneza e dos
cenários rurais da Escócia, especialmente - e da caprichada reconstituição de
época, o filme conta com um elenco de primeira linha. Além de Fanning, Thompson,
Sturridge e Wise, atuam Julie Walters, David Suchet, Derek Jacob, Claudia
Cardinale e Riccardo Scamarcio. Um filme para espectadores mais sensíveis.
terça-feira, 2 de junho de 2015
O
escritor norte-americano Philip Roth escreveu “The Humbling” em 2009. A
história do livro foi adaptada agora para o cinema, sob a direção de Barry
Levinson, e recebeu, no Brasil, o título de “O ÚLTIMO ATO” (“The Humbling”), trazendo no papel principal o grande Al
Pacino. Ele é Simon Axler, um famoso ator de teatro que tem um surto durante
uma peça, sofre um acidente e acaba numa instituição psiquiátrica. Quando sai
do hospital, recebe a visita de Pegeen Stapleford (a insuportável Greta Gerwig), filha de
antigos colegas de trabalho. Ela se declara a Simon, dizendo que desde criança
é apaixonada por ele. E ainda diz que continua apaixonada, apesar da sua
condição de lésbica assumida. O filme conta a história desse tumultuado
romance, como também a frágil condição psicológica do ator diante da velhice
iminente (no filme, o personagem de Pacino tem 65 anos de idade, enquanto o
ator, na vida real, tem 74). Simon passa grande parte do filme conversando com
seu terapeuta, Dr. Farr (Dylan Baker). O filme é verborrágico demais, com
muitos diálogos sarcásticos e bem-humorados, ao estilo Woody Allen. O elenco
conta ainda com Diane West (por sinal, atriz de muitos filmes de Allen), Kyra
Sedgwick e Nina Arianda. Só para lembrar: o diretor Barry Levinson é o mesmo de
“Rain Man”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 1988.
“OS ENCONTROS DA MEIA-NOITE” (“Les Rencontres d’Après
Minuit”) é um filme francês certamente adaptado de uma peça de teatro para o
cinema. Trata-se, na verdade, de um filme experimental, meio surreal, diálogos
sem sentido e nenhum compromisso com o espectador comum que está a fim apenas
de entretenimento. Minha paciência durou uns 30 minutos e se esgotou com tanta
bobagem. Toda a ação transcorre apenas num cenário, o apartamento de um casal
cuja empregada(o) é um travesti tarado. O casal, Ali (Kate Moran) e Matthias
(Niels Schneider), espera alguns convidados para uma festa. Os convidados são
um garanhão com fama de bem dotado, um adolescente, uma prostituta e uma
estrela. Os diálogos têm a profundidade de um pires, tudo muito doido e sem
nexo. O cenário é pós alguma coisa, talvez pós-modernista. O filme estreou durante
a Semana da Crítica no Festival de Cannes 2013 e marcou a estreia na direção de
longas do diretor francês Yann Gonzalez, mais conhecido por seus
curtas-metragem. Resumo da ópera: um filme chato, metido a besta, com a intenção
de ser cult, um surto de megalomania criativa.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Liam
Neesson continua batendo um bolão em filmes de ação, apesar dos 63 anos de
idade. Em “BUSCA IMPLACÁVEL 3” (“Taken 3”), França, 2014, o
último da trilogia iniciada em 2008, o ator irlandês mais uma vez não nega
fogo. Ele faz o ex-agente especial Bryan Mills, que cai numa cilada e é acusado
de ter assassinado a ex-mulher Lenore (a atriz holandesa Famke Janssen, em
grande forma aos 50 anos). Mills passa a ser caçado pela polícia,
comandada pelo detetive Franck Dotzler (o sempre competente Forest Whitaker),
e, ao mesmo tempo, tenta descobrir quem matou sua ex-esposa, o que vai levá-lo a enfrentar mafiosos russos comandados pelo temível Oleg Malankov (Sam Spruell). A trama ainda vai
envolver a filha de Mills, Kim (Maggie Grace), que também correrá perigo. O
filme é dirigido pelo francês Olivier Megaton – que também dirigiu o nº 2 da
série - e o roteiro foi elaborado pelo também diretor francês Luc Besson. Os
dois são especialistas em filmes de ação, o que é um aval e tanto. Para quem gosta de filmes com ritmo
alucinante, pancadaria, perseguições e tiros, este não decepciona. É ação o
tempo inteiro.
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